No ano em que a dama da inclusão, Dorina de Gouvêa Nowill, completaria 100 anos, a fundação que leva o seu nome tem muitos motivos para comemorar. Afinal, o projeto idealizado por essa visionária abriga hoje a maior editora braille da América Latina, realiza inúmeros atendimentos por dia e ainda recebeu um Leão de Prata em Cannes com o inovador Lego Braille Bricks. Justamente por isso, pela continuidade desse legado e como parte das comemorações, a Fundação Dorina Nowill para Cegos realiza, dia 10 de novembro, no restaurante Oliva Preta (Av. das Nações Unidas, 13797 – Cj. Morumbi, Bl. 2 e 3) sua já tradicional Feijoada do Bem.
Com início ao meio dia, o evento beneficente é uma oportunidade de viabilizar a manutenção dos serviços prestados gratuitamente às pessoas com deficiência visual e suas famílias. “Além de saborear um prato delicioso e tipicamente brasileiro, os presentes vão poder ajudar a Fundação, contribuindo para melhorar a qualidade de vida das pessoas que nos procuram”, explica Alexandre Munck, superintendente executivo da Fundação Dorina.
Os ingressos custam entre R$60 e R$150 e já estão sendo vendidos pelo site fdnc.org/dobem. Quem adquirir os convites terá direito a uma cartela de bingo, além do cardápio completo: feijoada com carnes selecionadas e cozidas em baixa temperatura, arroz, couve manteiga, linguiça toscana, surpresa de banana, farofa especial, molho levemente picante e laranja. Para completar, água mineral com e sem gás, refrigerantes, sucos, cervejas e, claro, caipirinhas.
Sobre a Fundação Dorina Nowill para Cegos
Há mais de 70 anos, A Fundação Dorina Nowill para Cegos trabalha para que crianças, jovens, adultos e idosos cegos e com baixa visão sejam incluídos em diferentes cenários sociais. A instituição oferece serviços gratuitos e especializados de habilitação e reabilitação; dentre eles, orientação e mobilidade e clínica de visão subnormal, além de programas de inclusão educacional e profissional. Responsável por um dos maiores parques gráficos de braille no mundo, com capacidade de impressão de até 450 mil páginas no sistema por dia, a Fundação Dorina Nowill para Cegos é referência na produção e distribuição de materiais nos formatos acessíveis braille, áudio e impressão em fonte ampliada e digital acessível, incluindo o envio gratuito de livros para milhares de escolas, bibliotecas e organizações de todo o Brasil. A instituição também oferece uma gama de serviços em acessibilidade, como cursos, capacitações customizadas, sites acessíveis, audiodescrição e consultorias especializadas. Contando com o apoio fundamental de colaboradores, conselheiros, parceiros, patrocinadores e voluntários, a Fundação Dorina Nowill para Cegos é reconhecida e respeitada pela seriedade de um trabalho que atravessa décadas e busca conferir independência, autonomia e dignidade às pessoas com deficiência visual.
Mais detalhes: www.fundacaodorina.org.br.
Sobre o Centenário de Dorina Nowill
Nascida em maio de 1919, na capital paulista, Dorina de Gouvêa Nowill ficou cega repentinamente, aos 17 anos, em consequência de uma doença não diagnosticada. A partir da perda completa da visão, ela começava a fazer história e a construir os pilares da instituição que, no futuro, levaria seu nome e sua causa. Dorina Nowill foi a primeira aluna cega a frequentar um curso regular no Brasil. Posteriormente, viajou para os Estados Unidos, onde fez cursos de especialização na Michigan State Normal School e no Teacher’s College. De volta ao país, percebendo a carência de livros em braille, criou a então Fundação para o Livro do Cego no Brasil, atual Fundação Dorina Nowill para Cegos, que iniciou suas atividades em 1946 com a produção e distribuição de publicações acessíveis por este sistema, dando início ao que hoje é uma das maiores imprensas braille do mundo em capacidade de produção. À frente do seu tempo, Dorina Nowill também foi responsável pela articulação e implementação de importantes políticas públicas nacionais, amplo espaço de fala e representatividade internacional, como sua participação na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em 1981. Dorina Nowill faleceu em agosto de 2010, aos 91 anos, deixando um legado que permanece e segue adiante por meio dos colaboradores, conselheiros, parceiros, patrocinadores e voluntários da instituição. Em 2019, é celebrado o centenário dessa mulher que desempenhou um importante papel na luta pela inclusão de pessoas com deficiência visual.
Serviço:
Restaurante Oliva Preta
Endereço: Av. das Nações Unidas, 13797 – Cj. Morumbi, Bl. 2 e 3
Horário: das 12 às 17h
Venda de ingressos: online pelo link.