Notícias sobre arte, cultura, turismo, gastronomia, lazer e sustentabilidade

“O movimento dos órgãos e sua importância para a saúde”, por Laís Mori Sério

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Foto: divulgação.

Que movimentar-se é importante para saúde, todos já sabem. Mas geralmente quando falamos em movimento, logo pensamos nas atividades físicas, em movimentos de braços e pernas, estímulos da musculatura do abdômen, glúteos; enfim, não pensamos que todas estruturas que compõem nosso organismo devem se mexer. Sim: os intestinos têm seus movimentos, o estômago, os rins; enfim, todos os nossos órgãos se movimentam e devem movimentar-se para cumprirem suas funções.

Um órgão é saudável quando é móvel e isso acontece por suas membranas serosas, fáscias e ligamentos que as rodeiam. Toda perda de mobilidade, fixação ou aderência a outra estrutura modifica o movimento visceral e favorece o aparecimento de disfunções como constipação intestinal, refluxo gastresofágico, azia etc. Já alterações de ordem hepática tendem a gerar sintomas como sensação de boca amarga, alterações na coloração das fezes e urina, tonturas e dores de cabeça.

E como essa mobilidade pode ficar alterada? As cicatrizes, por exemplo, podem ser um dos fatores que influenciam na mobilidade visceral. As cesárias, as cirurgias de redução de estômago, cirurgias de próstata e intervenções intestinais são alguns exemplos. Outro fator que pode influenciar na mobilidade visceral é qualquer condição patológica que acometa a víscera – hepatite, cirrose, gastrite, infecções urinárias ou doenças respiratórias. Uma inflamação, por exemplo, irá gerar um cuidado do organismo para com aquela região. Isso quer dizer que a tendência é de que o organismo proteja a região inflamada para que ela possa se recuperar mais facilmente. Os músculos ao redor tendem a ficarem mais tensos, assim como os tecidos conectivos, que acabam alterando a mobilidade visceral. A circulação do sangue no local fica dificultosa, tornando o processo de nutrição tecidual e a cicatrização mais lentos. O tratamento osteopático visa identificar o transtorno e devolver o movimento natural do órgão, auxiliando no processo de auto cura do organismo.

Laís Mori Sério é fisioterapeuta formada pela PUC-Campinas (Crefito nº 124205-F), especialista em Osteopatia pela Escuela de Osteopatia de Madrid com experiência clínica e cursos de extensão nos Estados Unidos e colabora periodicamente com o site.