Atualmente, o Jockey Club de São Paulo passa por um processo de completo restauro de suas instalações, tombadas pelo patrimônio histórico. Desde o início do mês de julho, profissionais especializados em restauro de obras tombadas pelo patrimônio histórico se dedicam a analisar e retirar peças do pórtico de entrada principal do clube. Como em um intrincado quebra-cabeças, as lâminas de vidro e esquadrias vão sendo desmontadas e restauradas sem alterar suas características originais, para muito em breve serem recolocadas em seu local de origem.
O mesmo processo deverá acontecer com as paredes: raspadas, lixadas e pintadas em suas cores originais, de acordo com técnicas especializadas no restauro de construções históricas.
O projeto de restauração do Jockey Club, que incluirá desde os pórticos de entrada até os salões de apostas, marquise e arquibancadas, é coordenado pela organização social Elysium Sociedade Cultural, vencedora do processo de concorrência com incentivos obtidos pela Lei Rouanet.
Segundo Benjamin Steinbruch, que além do Jockey Club lidera também um dos mais importantes grupos industriais do Brasil, “esse restauro prepara o Jockey Club para reviver seus dias de glória, mas desta vez como uma opção de lazer inclusivo, que manterá seu glamour, mas será acessível a todos os paulistanos e turistas que visitem a cidade”, garante Steinbruch. “Temos muitas áreas para passeio que não custam nada e são cenários lindíssimos.”
As obras de restauro serão realizadas em seis fases distintas, começando pelo pórtico de entrada principal. “O mais curioso é que para muitas pessoas a própria obra de restauração já pode ser considerada uma atração”, afirma Wolney Unes, coordenador do processo na Elysium Sociedade Cultural e engenheiro responsável pela obra. “Engenheiros, arquitetos, designers, historiadores e estudantes, além de toda população, é claro, poderão ver como esse restauro se desenvolve em todas as suas etapas.”
A expectativa é de que essa primeira fase das obras seja finalizada até outubro de 2020, com um custo estimado de R$2 milhões.
Sobre o Jockey Club de São Paulo
Fundado em 14 de março de 1875 sob o nome de Club de Corridas Paulistano, ainda no bairro da Mooca, o Jockey Club de São Paulo se mudou para o Hipódromo Cidade Jardim em 1941, onde hoje ocupa uma área de 600 mil m² às margens do Rio Pinheiros, na cidade de São Paulo. O clube é aberto ao público e oferece atrações como corridas de cavalo, eventos, restaurantes, bares e áreas de caminhada.
O projeto arquitetônico do Jockey Club de São Paulo foi feito pelo brasileiro Elisário Bahiana, sendo mais tarde alterado pelo arquiteto francês Henri Sajous.