A 10ª Mostra 3M de Arte, programada para setembro deste ano, anuncia o adiamento. Agora, a Mostra deve ocorrer de 7 de novembro a 6 de dezembro no Parque do Ibirapuera, zona sul de São Paulo. Viabilizada pelo patrocínio da 3M via Lei Federal de Incentivo à Cultura, com dez instalações diferentes regidas sob o tema Lugar comum: Travessias e coletividades na cidade, a Mostra optou por adiar sua data pensando na segurança de seus visitantes, trabalhadores e artistas.
Sob curadoria de Camila Bechelany, 10 projetos serão dispostos pelo parque. Das 10 obras, quatro foram selecionadas via edital. Neste ano, as inscrições estiveram abertas de 20 de abril a 25 de maio e 338 instalações foram inscritas – 222 a mais que o edital do ano anterior. 84 cidades participaram, além de três cidades fora do país.
O edital inicialmente teria somente três artistas selecionados; porém, com a grande procura, acabou selecionando quatro ao todo. Os demais foram escolhidos de acordo com a proposta da Mostra pela curadora e por um time de jurados composto por Camilla Rocha Campos (artista, professora e escritora) e Eva González-Sancho Bodero (co-curadora da primeira edição da Bienal de Oslo 2019-2024), que participaram ativamente da escolha junto à curadora.
Foram selecionados via edital Maré de Matos (SP), Narcíso Rosário (PI), Coletivo Foi à Feira (SP e ES) e a dupla Gabriel Scapinelli e Otávio Monteiro (SP). Os convidados para a Mostra são Camila Sposati, que frequentemente combina desdobramentos estéticos a procedimentos científicos; Cinthia Marcelle, que trabalha com fotografia, vídeo e instalação, encenando usos improváveis de materiais, artefatos e procedimentos da vida cotidiana; Diran Castro, artista atuante de maneira transversal no terreno das artes visuais, produção de textos e mediação; Lenora de Barros, grande expoente brasileira da poesia visual; Luiza Crosman, que cria obras de natureza especulativa, tomando emprestados conceitos da Teoria do Design Contemporâneo e da Mídia; e Rafael RG, artista que costuma combinar fontes documentais e afetivas para a construção de seus trabalhos, em geral por meio do uso de arquivos institucionais ou pessoais associados a narrativas íntimas.
Essa é a primeira vez que as obras da Mostra ocupam o Parque Ibirapuera. Nos últimos três anos elas foram expostas no Largo da Batata, zona oeste da capital. O objetivo de democratização da arte segue o mesmo, com a ideia de promover a participação do coletivo em espaço público durante o período de um mês de permanência. Este ano, esperam-se receber obras interativas acessíveis tanto para adultos quanto para crianças.