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Fundação Dorina Nowill para Cegos indica 5 filmes que retratam protagonistas com deficiência visual

São Paulo, por Kleber Patricio

Cena de “Hoje eu quero voltar sozinho”. Foto: divulgação.

No dia 21 de setembro, comemora-se o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, data importante que celebra os avanços já ocorridos na sociedade em relação a esse tema e que serve para lembrar os direitos que ainda precisam ser conquistados. Pensando no significado desse dia, a Fundação Dorina Nowill para Cegos, que atua em prol da autonomia e inclusão das pessoas cegas e com baixa visão, selecionou 5 filmes que retratam a história — ficcional ou real — de personagens protagonistas com deficiência visual.

Confira:

Hoje eu quero voltar sozinho (2014)

Leonardo é um adolescente que nasceu com deficiência visual e Giovanna é sua amiga inseparável. Na escola, Leo senta-se na primeira carteira com a máquina de escrever Braille e o lugar atrás do menino está sempre vazio, devido ao barulho que produz ao escrever. O adolescente sonha em ter uma vida com mais autonomia e viajar, mas é constantemente impedido pelos instintos superprotetores de sua mãe. Tudo muda com a chegada do aluno novo, Gabriel, deixando a vida do protagonista menos solitária. Juntos, descobrem novos sentimentos e passam por experiências características da idade. Filme disponível no catálogo da Netflix.

Margarita com Canudinho (2014)

Laila é uma estudante de música da Universidade de Deli. A jovem indiana possui paralisia cerebral e, por isso, precisa da ajuda de sua mãe para algumas atividades. Laila, então, encontra uma oportunidade de mudar-se para Nova York, para continuar seus estudos e sua mãe a acompanha para garantir sua segurança. Já nos Estados Unidos, Laila conhece Khanum, uma jovem ativista paquistanesa com deficiência visual e começa um processo de descobertas pessoais. Filme disponível no catálogo da Netflix.

Ray (2004)

A cinebiografia protagonizada por James Foxx conta a história do incomparável Ray Charles. O artista estadunidense perdeu a visão aos 7 anos e, motivado por sua mãe, aprendeu a tocar piano. Dono de sucessos como Hit the Road Jack e I Can’t Stop Loving You, o músico estava vivo no começo das gravações do filme e participou do processo, ajudando James Foxx a treinar e regravando algumas músicas. Filme disponível para aluguel no Looke.

Demolidor – O Homem sem medo (2003)

Matt Murdock perdeu a visão durante a infância, enquanto salvava um idoso que seria atropelado por um caminhão que transportava resíduos radiativos. A substância cegou o menino e, ao mesmo tempo, lhe conferiu sentidos sobre humanos. Com a habilidade de perceber tudo que acontece ao seu redor, Matt torna-se então um super-herói disposto a combater duplamente o crime: de dia, ele atua como advogado e, à noite, se transforma no Demolidor. O ‘homem sem medo’ surgiu pela primeira vez nos quadrinhos da Marvel na década de 60 e hoje tem sua história contada tanto pelo filme homônimo de 2003, quanto pela série da Netflix.

O Milagre de Anne Sullivan (1962)

Helen Keller nasceu com surdocegueira, condição que tornava a comunicação com a criança extremamente difícil para sua família despreparada. Quando Helen gritava, a mãe entregava doces para que ela parasse, sem saber o que a filha realmente queria comunicar. Aos 7 anos, Helen conheceu a educadora Anne Sullivan, que introduz a linguagem através do tato na vida da menina. Helen Keller é uma personagem real e que, com a ajuda da comunicação através do tato e alfabeto Braille, torna-se escritora e luta pelos direitos de pessoas com deficiência. Filme disponível para aluguel na Apple TV.

Sobre a Fundação Dorina Nowill para Cegos

Há mais de 70 anos, A Fundação Dorina Nowill para Cegos trabalha para que crianças, jovens, adultos e idosos cegos e com baixa visão sejam incluídos em diferentes cenários sociais. A instituição oferece serviços gratuitos e especializados de habilitação e reabilitação, dentre eles orientação e mobilidade e clínica de visão subnormal, além de programas de inclusão educacional e profissional. Responsável por um dos maiores parques gráficos de Braille no mundo, com capacidade de impressão de até 450 mil páginas no sistema por dia, a Fundação Dorina Nowill para Cegos é referência na produção e distribuição de materiais nos formatos acessíveis Braille, áudio, impressão em fonte ampliada e digital acessível, incluindo o envio gratuito de livros para milhares de escolas, bibliotecas e organizações de todo o Brasil. A instituição também oferece uma gama de serviços em acessibilidade, como cursos, capacitações customizadas, sites acessíveis, audiodescrição e consultorias especializadas. Contando com o apoio fundamental de colaboradores, conselheiros, parceiros, patrocinadores e voluntários, a Fundação Dorina Nowill para Cegos é reconhecida e respeitada pela seriedade de um trabalho que atravessa décadas e busca conferir independência, autonomia e dignidade às pessoas com deficiência visual. Mais detalhes: www.fundacaodorina.org.br.