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Especialista aponta dicas e cuidados para empresários que decidiram apostar no e-commerce

Brasil, por Kleber Patricio

Imagem de justynafaliszek por Pixabay.

O mercado de comércio eletrônico já era uma tendência mesmo antes da pandemia – em 2019, o segmento girou em torno de R$75 bilhões. Com a pandemia, certamente ocorreu um aumento de compras pela internet e ele se manterá. A previsão de faturamento para 2020 está apontando para algo em torno de R$111 bilhões, 49% mais do que em 2019.

De acordo com Ricardo Monteiro, gestor de marcas pela ESPM, desenvolvedor fullstack em webdesign e e-commerce e sócio da DMK Group no Brasil e Estados Unidos, empresa especializada em registros de marcas e patentes, o comércio eletrônico está ligado diretamente com o dia a dia das pessoas, isso porque os usuários estão extremamente conectados nos celulares e nas redes sociais. “É nessas redes em que ocorre a maior parte das publicidades para as lojas online. A facilidade de poder comprar, de onde estiver, um produto de qualquer lugar do país ou do mundo, certamente faz a diferença”, aponta.

O especialista explica que, além da diversidade de produtos, o comércio eletrônico permite uma competitividade maior, o que possibilita ao consumidor consultar milhares de lojas e escolher a que oferece o melhor produto pelo preço mais atrativo.

E quem estiver interessado neste mercado precisa, em primeiro lugar, moldar o método de negócio para a internet, analisando questões práticas e levando em consideração também o pós-venda, como ocorrerá o manuseio da mercadoria, envio e emissão de notas fiscais entre outros custos tradicionais. “É fundamental elaborar suas políticas de trocas e termos de uso”, alerta Ricardo.

O investimento para plataforma de venda em si é muito variável. Depende muito do tipo de produto e alcance das vendas, entre outros fatores. Porém, o investimento para iniciar loja virtual é extremamente menor, se comparando para abrir um negócio tradicional, com locação de sala, estrutura e pessoas. Com certeza, para quem for investir em uma loja virtual, é muito interessante e recomendado possuir uma sessão ou página institucional falando mais sobre sua marca, empresa e seu negócio. Isso ajudará a passar mais segurança para o consumidor de quem ele está comprando.

Qualquer pessoa pode iniciar as vendas online sem ter uma plataforma ou site próprio, apenas realizando vendas por meios de marketplaces, como Mercado Livre por exemplo. “É o jeito mais rápido de iniciar suas vendas online. Divulgando seus produtos em sites como Mercado Livre, Submarino etc., o custo é extremamente baixo; o vendedor consegue visibilidade em grandes sites, mas na contramão disso, não é possível personalizar a loja, o cliente não estabelece uma conexão com a marca e o empresário sofre um pouco com a baixa recorrência”, alerta Ricardo.

Cuidados com a agência de correio

Quando as empresas vendem produtos que usualmente são simples e permitidos despachar na agência dos correios, por exemplo, torna-se mais fácil a venda e, inclusive, alguns custos de frete.

Normalmente, produtos mais frágeis ou alimentos tendem a ser um pouco mais complicados para fazer envios. Com vinhos e espumantes, por exemplo, muitas empresas preferem utilizar transportadoras especializadas para fazer os envios, pois enviar este tipo de produto através dos Correios é impensável.

Ricardo enfatiza que o principal fator de cálculo de frete hoje são o peso e as dimensões. “Os empresários devem procurar boas empresas de transportes que cumpram os prazos e entregam com segurança as mercadorias. Para o consumidor final, quem estará fazendo a entrega em si é a empresa do e-commerce, e não a terceirizada. É o momento chave da venda online, onde tudo deve ocorrer com agilidade e segurança”, destaca.

Outra dica é procurar diversas transportadoras e trabalhar com mais de uma, já que algumas podem oferecer custos diferentes para determinadas regiões do país. Assim, a empresa conseguirá ofertar um frete mais competitivo no mercado.