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Staedtler conta a história e a importância da escrita à mão

São Paulo, por Kleber Patricio

Imagine se ninguém mais escrevesse à mão. Os escritórios poderiam ser um pouco mais arrumados, mas também ficariam vazios, sem notas autoadesivas urgentes penduradas. Não teriam mensagens divertidas espalhadas nem lembretes ou mensagens de boas-vindas. O “eu te amo” na mesa da cozinha se perderia, algumas palavras poderiam nunca ter sido ditas e outras esquecidas. Para relembrar o valor da expressão da escrita, a Staedtler Brasil – uma das mais antigas empresas industriais da Alemanha e um dos principais fabricantes e fornecedores mundiais de produtos de escrita, coloração, desenho e criatividade – conta um pouco sobre a história e importância da escrita à mão.

Significado da escrita à mão | “No Dia Mundial da Escrita à Mão, chamamos atenção para a importância dessa expressão”, diz Britta Olsen, Head Global de Marca e Comunicações da Staedtler. “A mídia digital está se tornando cada vez mais importante em nosso trabalho diário e vida pessoal e a caligrafia muitas vezes sai de nosso foco. Tendências como anotações em esboços e letras à mão mostram como isso é relevante para nós hoje. E que alegria essa forma de expressão nos traz”, completa.

Facilitação e personalização da escrita à mão | A habilidade de escrever continua a evoluir ao longo da vida. Não apenas o ajuste anatômico ao instrumento de escrita que desempenha um papel, mas também as habilidades cognitivas que são desenvolvidas com o aprender a escrever. Se as primeiras experiências de escrita das crianças forem com – por exemplo – giz de cera grosso e colorido, elas serão capazes de desenhar formas quando começarem a escola. Hoje, canetas e lápis também levam em consideração requisitos específicos até mesmo para as mãos das crianças menores. Na idade escolar, as crianças geralmente estão mais familiarizadas com os instrumentos de escrita e os movimentos tornam-se automáticos. Esse processo continua na idade adulta, pois a escrita à mão fica cada vez mais personalizada e atesta o desenvolvimento individual do escritor.

O diário de viagem de Rudolf Kreutzer de 1909 está armazenado no Arquivo Corporativo Staedtler. Para melhor legibilidade, os diários foram transcritos. Direitos de imagem: Staedtler Mars GmbH & Co. KG.

Autenticidade e emoção | Levando para um lado mais emocional, o toque pessoal da escrita – seja fácil de ler ou não – o diferencia da digitação. “Sua autenticidade e espontaneidade é o que torna as notas tão únicas. Em um pedaço de papel, não há verificação ortográfica nem padronização. É difícil de superar a autenticidade dos recados ou votos pessoais”, comenta Britta Olsen, Head de Marca e Comunicações da Staedtler.

Alguns diários de viagem, como os do cientista natural Alexander von Humboldt e a especialista em borboletas Margaret Fountaine, são relatórios, documentação e análises valiosas hoje. Não só as palavras escritas nos diários de viagem têm valor, mas também os desenhos que os pesquisadores colocaram nas entrelinhas – esboços detalhados que são mantidos até hoje. Isso torna os diários de viagem não apenas relevantes para a ciência, mas também únicos como uma digital.

No Brasil, foi encontrado um pacote com manuscritos, alguns inéditos, do poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade que trazia um conjunto de 61 páginas numeradas, com poesias datadas de 1923 a 1968, abrangendo diversas fases da obra do poeta. Como Drummond publicou o primeiro livro, Algumas Poesias, em 1930, alguns dos escritos são anteriores ao início de sua carreira pública. Com certeza, esse achado traz à tona bons momentos literários do país. Além dele, Olavo Braz dos Guimarães Bilac, poeta, jornalista e membro-fundador da Academia Brasileira de Letras, também deixou seus manuscritos e um deles foi apresentado na mostra cultural da Fundação Biblioteca Nacional, que trouxe o poema Estuário ao público, para reforçar – mais uma vez – quão importante, essencial e duradoura é a escrita à mão.

Escrita à mão e caligrafia | Não apenas a escrita, mas também suas formas de arte, têm uma longa tradição. Por exemplo, a arte da escrita, a caligrafia, tem sido parte integrante da cultura da escrita religiosa por séculos e continua a ser muito popular hoje. Mesmo na Idade Média, a fusão artística das letras era considerada uma decoração distinta dos livros e de suas páginas. Em Nuremberg, surgiram alguns artistas que destacaram a reputação da cidade como um “centro estilístico” para ilustrar livros. Hoje, a escrita à mão é uma tendência valorizada globalmente. “Estamos constantemente melhorando nossa linha de produtos para caligrafia, dicas criativas e tutoriais”, explica Britta Olsen. “Apresentamos esta forma de arte especial a pessoas de todas as idades e apoiamos sua criatividade.”

O significado da escrita à mão mudou com o tempo. Hoje é mais um ato de espontaneidade e de valor. “Seja para pedir ao seu colega para fechar a porta ao sair do escritório ou um bilhete de amor na mesa da cozinha. No dia 23 de janeiro, gostaríamos de reforçar que é importante tomar um tempo para escrever à mão”, finaliza a Head de Marca e Comunicações da Staedtler.

Para mais informações: https://www.staedtler.com.br.