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CLAI Campinas promove uma semana de programação cultural online gratuita

Campinas, por Kleber Patricio

Colagem de xilogravura pelo Ateliê Xilomóvel. Foto: Ligia Minami.

Aulas, performances, intervenções urbanas, demonstração de técnicas e exibições de fotofilmes e videoartes ao alcance de uma tela – o Circuito Livre de Arte Independente (CLAI) Campinas, que será realizado nos dias 17 e 18, de 20 a 25 e em 29 deste mês, oferece atividades pra variados interesses. Todo o conteúdo, produzido por artistas visuais da cidade, será transmitido de graça pelas redes sociais e apenas uma atividade exigirá inscrições prévias.

O CLAI é formado por 17 espaços e iniciativas autogeridas ligados às artes visuais e tem foco no fortalecimento do setor a partir do trabalho colaborativo. O projeto é organizado por Ana Angélica Costa (artista e gestora da Casa de Eva), Maíra Endo (editora-curadora do Hipocampo) e Teresa Mas (arquiteta e gestora do Instituto Pavão Cultural) e foi viabilizado com recursos da Lei Federal 14.017, de 29 de junho de 2020 (Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc).

Performance com Cecilia Stelini. Foto: Mateus Stelini.

O projeto original previa a realização do evento CLAI na Praça, com atividades gratuitas em áreas públicas, mas o agravamento da pandemia exigiu a adaptação ao virtual. Outra ação, o CLAI Aberto, um roteiro de visitas aos espaços participantes, foi convertida em um mini documentário em vídeo incluído na programação online. Os espaços do CLAI foram mapeados e sua localização pode ser conferida no Google Maps e no perfil da rede no Instagram (@claicampinas). A versão impressa será lançada futuramente e incluirá os percursos de bicicleta e transporte coletivo até eles.

Confira a agenda e os artistas participantes:

AGENDA CLAI 

Canais de transmissão:

https://www.instagram.com/claicampinas/

http://bit.ly/Youtube_CLAI.

A única atividade que exige inscrição é a performance coletiva do dia 25 e toda a programação é gratuita. Ao final da agenda, há uma lista com os fotofilmes e videoartes que serão exibidos nas sessões Festival Hercule Florence e Hipocampo.

17/4 | sábado

11h às 11h40 – Videoaula Tudo é Desenho (ou pelo menos pode ser…), com o artista visual Marcelo Moscheta, do Ateliê/8. Inspirado em escritos de artistas como Cildo Meireles, Richard Long, De Kooning e outros, a aula aberta vai tratar do desenho e sua realização em diferentes suportes, técnicas e formatos, com proposições de simples realização, acessível e prática. Classificação livre. Transmissão pelo Youtube e Instagram, participação do artista pelo chat e registro disponibilizado depois pelos mesmos canais.

17h – Videoarte 128 dias, da artista visual Estefania Gavina, do Ateliê CASA. A partir da proposta original da intervenção Divindades Inumanas, que seria desenvolvida coletiva e presencialmente, a artista explora em seu jardim e ateliê fragmentos de instantes da vida cotidiana, construindo poeticamente seu olhar para o tempo presente e a finitude da vida. Duração: oito minutos, mais o tempo de uma conversa entre Estefania Gavina e a artista e professora Ana Helena Grimaldi. Classificação livre. Transmissão via Instagram e YouTube (estreia), com participação da artista pelo chat.

18/4 | domingo

13h às 17h – Intervenção urbana: pintura mural com o artista visual Fabiano Carriero, do Ateliê Folha, e participação da artista visual Eduarda Ribas. Pintura ao vivo de um mural em espaço público. As pinturas de Carriero trazem arquétipos de nossa brasilidade, levando as cores e dores do povo para a rua. Classificação livre. Transmissão ao vivo pelo Instagram.

20/4 | terça-feira

20h às 21h – Fotofilme: Sessão Festival Hercule Florence I. Fotofilmes são vídeos em que a linguagem cinematográfica se integra à imagem estática da fotografia. Para o Festival foram selecionados 30, que serão exibidos em três sessões. A comissão de seleção foi formada por Ana Costa Ribeiro, Érico Elias e Mariana Atauri. O Festival tem como matriz e inspiração a invenção isolada da fotografia no Brasil por Hercule Florence, em Campinas (1833) e acontece na cidade no mesmo período do CLAI. Classificação livre. Transmissão ao vivo pelo Instagram e YouTube (estreia) e depois ficará disponível nos mesmos canais.

21/4 | quarta-feira

20h às 21h – Fotofilme: Sessão Festival Hercule Florence II. Transmissão ao vivo pelo Instagram e YouTube (estreia) e depois ficará disponível nos mesmos canais.

22/4 | quinta-feira

20h às 21h – Fotofilme: Sessão Festival Hercule Florence III. Transmissão ao vivo pelo Instagram e YouTube (estreia) e depois ficará disponível nos mesmos canais.

23/4 | sexta-feira

20h às 21h – Videoarte: Sessão Hipocampo. Seleção de peças produzidas por dez artistas visuais entre 1991 e 2017. O Hipocampo dedica-se à construção de um acervo público, multidisciplinar e digital, hoje formado por cerca de 250 peças de mais de 40 colaboradores. Classificação livre. Transmissão ao vivo pelo Instagram e Youtube.

24/4 | sábado

14h30 às 17h30 – Oficina Impressão e colagem de painel em lambe-lambe, com os artistas Luciana Bertarelli, Marcio Elias e Simone Peixoto, do Xilomóvel Ateliê Itinerante. Oficina ao vivo com demonstração da impressão de xilogravuras e criação de um painel de 3 x 3 metros em lambe-lambe com colagem de impressões em monotipia e xilogravura. Classificação livre. Transmissão ao vivo pelo Instagram e YouTube, com registro posterior disponibilizado nos mesmos canais.

18h às 18h20 – Performance Consumindo Kairós, com o artista visual MIRS Monstrengo, do Estúdio Casa Ímpar. MIRS propõe uma performance ao vivo, trazendo elementos simbólicos coletivos e de sua poética que tratam de diferentes concepções da ideia de tempo nos dias atuais. Classificação livre. Transmissão ao vivo no YouTube e Instagram e registro disponibilizado depois nos mesmos canais.

25/4 | domingo

11h – Videoaula Câmeras Obscuras, com Ana Angélica Costa, artista visual e gestora da Casa de Eva. A partir da proposta original da intervenção Uma árvore com frutos estranhos, em que uma série de pequenas câmeras obscuras pendem dos galhos de uma árvore, será explicado o processo de formação da imagem pelo princípio da câmera obscura. Classificação livre. Duração: 15 minutos mais o tempo de uma conversa entre Ana Angélica e a cineasta Andrea Pasquini. Transmitida ao vivo no Instagram e YouTube e depois disponibilizada nos mesmos canais.

17h às 17h40 – Performance coletiva Tempo Corpo versus Tempo Virtual, com a artista experimental Cecília Stelini, do AT|AL 609 – lugar de investigações artísticas. Uma ação que questiona a presença física e a presença virtual de um corpo, evidenciando situações que nos são impostas. Quando o corpo físico é realmente necessário? Realizada pela plataforma Zoom em tempo real com participação do público. Inscrições gratuitas: link na bio do @claicampinas no Instagram, sem limite de participantes. Classificação livre. Transmissão ao vivo pelo Instagram e YouTube.

29/4 | quinta feira

20h – Mini documentário sobre os Espaços Membros do CLAI. Vídeo que mostra os espaços e iniciativas participantes do CLAI e substitui o CLAI Aberto, evento que faria a visitação presencial aos espaços em um passeio de bicicleta. Transmissão pelo YouTube, com participação dos gestores dos espaços pelo chat. Duração: 30 minutos.

FOTOFILMES DA SESSÃO FESTIVAL HERCULE FLORENCE

Dia 20/4

Cego Cidade (2020) – Kauan Oliveira

Concreto e Bruto (2020) – Tony Queiroga

Linha do Tempo – Uma história sobre a fotografia (2020) – Sérgio Silva

Imagens de acesso (2020) – Gu da Cei

Écfrase – frases de mãe (2018) – Gsé Silva

Massacre (2019) – Jean-Michel Rolland

Os sonhos já encontraram outro tempo (2020) – Pedro Carcereri

Palmira: a cidade inventada (2019) – Cauê Nunes

Dia 21/4

Transitório (2020) – Isabela Senatore

Domesticado (2020) – Michel de Oliveira

Polvorosas (2020) – Malu Teodoro e Thaneressa Lima

Dead see (2020) – Tetsuya Maruyama

Fluxus Fungus (2020) – Tuane Eggers

Frame rate (2020) – Tairo Lisboa e Failon Aletos

Despedida remota (2020) – Solange Quiroga

Tormenta (2018) – Flávio Edreira

Ter terra para o tempo (2020) – Matheus Dias

(In)Flama o coração da América do Sul (2020) – Mari Gemma De La Cruz

Loess (2015) – Marise Maués

Ventanas en el paisaje: el mundo al revés (2020) – Dirceu Maués

Dia 22/4

Aguado (2020) – Gabriela Miranda e Matheus Brant

Ana & Copacabana (2020) – Edem Ortegal

Rejunte (2019) – Giulia Baptistella

Somente após o descanso (2020) – Sihan Felix

Tocaia (2020) – Míriam Ramalho

Homens-ilhas (2020) – Marcelo Maia, Juscelino Bezerra, Claudia Tavares e Sônia Góes

Próxima paragem (2020) – Florence Weyne Robert

Quintal de Mariza (2020) – Beatriz Miranda (co-direção Larissa Armstrong)

Sobrevivências (2020) – Mario Victor Bergo Crosta

Um (2017) – Victor Galvão

VIDEOARTES DA SESSÃO HIPOCAMPO

Original Cópia (2014) – Irma Brown

Inconsciente Inconsistente (2014) – Cacá Toledo

Rosto de Álcool (2017) – Desali

Buraco Negro (2015) – Ali do Espírito Santo

Autoterrorismo (2016) – Marcelo Beso

Confortável (1998) – Marco Paulo Rolla

I miss you (2017) – Hifacybe

Ruídos Ruinosos (2010) – Alexandre Silveira

Inmortales (2015) – Marina Mayumi

É a questão (1991) – Ricardo Basbaum

Ficha Técnica do CLAI Campinas

Produção executiva: Maíra Costa Endo

Produção: Camilla Torres, Paula Monterrey e Teresa Mas

Artistas: Ana Angélica Costa, Cecília Stelini, Estefania Gavina, Fabiano Carriero, Eduarda Ribas, Luciana Bertarelli, Marcio Elias, Simone Peixoto, Marcelo Moscheta e MIRS Monstrengo.

Design gráfico: Rhelga Westin

Transmissões ao vivo: Anderson Kaltner

Captação, edição e roteiro do mini documentário: Gabriella Zanardi e Lorran dos Santos

Tratamento e trilha sonora: Lorran dos Santos

Espaços de arte participantes: Silvia Matos Ateliê de Criatividade; Casa de Eva; Instituto Pavão Cultural; Xilomóvel Ateliê Itinerante e Nave na Mata, em Barão Geraldo; Fêmea Fábrica, Estúdio Casa Ímpar, Atelie/8 e Torta, no Centro; Ateliê Oráculo e Ateliê Folha, na Vila Industrial; Rabeca Cultural e Tote Espaço de Arte, em Sousas; Clubinho Eulina, no Jardim Eulina; Ateliê CASA, na Chácara da Barra; AT|AL 609, no Cambuí e Hipocampo, espaço virtual/on-line.