Nesta sexta, 18/6, entra no catálogo do streaming da Supo Mugam Plus o lançamento inédito O Leão dorme esta noite (França/Japão, 2017, de Nobuhiro Suw e protagonizado por Jean-Pierre Léaud, o eterno Antoine Doinel de Os Incompreendidos, de Pauline Etienne.
O longa conta a história de Jean, um ator preso ao passado, que descobre que sua atual filmagem está inesperadamente suspensa por um período indefinido. Ele aproveita para visitar um velho amigo e se instala, clandestinamente, em uma casa abandonada no Sul da França, onde Juliette, o grande amor de sua vida, viveu. Um grupo de jovens amigos, cineastas novatos, tropeça na mesma casa e decide que é o local perfeito para o próximo filme de terror caseiro deles.
Ainda nesta semana, estreia na plataforma quatro filmes restaurados do grande diretor húngaro e vencedor do Oscar István Szabó. São eles, Pai (1966), Confiança (1980), Mephisto (1981) e Coronel Redl (1985).
Já na última sexta-feira de junho (25) é a vez do lançamento inédito Algo Acontece, de Anne Alix (França, 2018) com Lola Duenas e Bojena Horackova. No enredo, Irma, que não parece encontrar seu lugar no mundo, cruza com Dolores, uma mulher livre que tem a missão de escrever um guia de viagem em uma área esquecida da Provença. A improvável dupla cai na estrada e descobre um mundo mais complexo e uma humanidade calorosa, lutando para existir.
Completam a lista das estreias do mês de junho dois clássicos húngaros em versão restaurada: O Meu Século 20, de Ildikó Enyedi (1989), vencedor da Câmera de Ouro do Festival de Cannes, e Praça Moscou, de Ferenc Török (2008), além de 8 curtas de animação restaurados, também da Hungria.
As estreias na Supo Mungam Plus acontecem todas as sextas-feiras do mês. Disponível para todo o Brasil e focada em cinema independente e de arte, a plataforma é uma janela cinematográfica virtual para diversas histórias e culturas, lançando filmes inéditos, clássicos restaurados, obras cult e joias do cinema mundial.
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Confira as estreias e sinopses:
18 de junho
O Leão Dorme Esta Noite, de Nobuhiro Suwa (Le lion est mort ce soir, França/Japão, 2017, 103 min, Drama), com Jean-Pierre Léaud, Pauline Etienne, Maud Wyler, Arthur Harari, Isabelle Weingarten e Louis-Do de Lencquesaing. Sul da França. Dias atuais. Jean, um ator preso ao passado, descobre que sua atual filmagem está inesperadamente suspensa por um período indefinido. Ele aproveita para visitar um velho amigo e se instala, clandestinamente, em uma casa abandonada onde Juliette, o grande amor de sua vida, viveu. Um grupo de jovens amigos, cineastas novatos, tropeça na mesma casa e decide que é o local perfeito para o próximo filme de terror caseiro deles. Jean e as crianças se encontrarão cara a cara, mais cedo ou mais tarde. Estrelado por Jean-Pierre Léaud, o eterno Antoine Doinel de Os Incompreendidos e outros filmes de François Truffaut.
O Cinema de István Szabó
Pai, de István Szabó (Apa, Hungria, 1966, 88 min, Drama), com Miklós Gábor, András Bálint, Dániel Erdély, Klári Tolnay, Katalin Sólyom e Zsuzsa Ráthonyi. Budapeste, década de 50, os anos mais sombrios da era stalinista. Desde a morte de seu pai, um menino preencheu o vazio paterno com uma série de fantasias. Quando atinge a idade adulta, ele luta para viver de acordo com a imagem heroica que criou. Considerado um dos melhores filmes europeus sobre amadurecimento, Pai ganhou o Prêmio Especial do Júri no Festival de Locarno e promoveu o nome do diretor Szabó internacionalmente.
Confiança, de István Szabó (Bizalom, Hungria, 1980, 105 min, Drama), com Ildikó Bánsági, Péter Andorai, Zoltán Bezerédi, Judit Halász, Ildikó Kishonti e Tamás Dunai. Este drama extremamente poderoso explora a natureza do amor, confiança, lealdade e traição nascidos sob o peso de circunstâncias excepcionais. Ambientado na Segunda Guerra Mundial, a história envolve um casal fugindo dos nazistas. Aclamado pela crítica e considerado um dos melhores trabalhos de Szabó, Confiança ganhou o Urso de Prata de Melhor Direção no Festival de Berlim e foi indicado ao Oscar de Melhor Filme Internacional.
Mephisto, de István Szabó (Mephisto, Hungria, 1981, 144 min, Drama), com Klaus Maria Brandauer, Ildikó Bánsági, Krystyna Janda, Rolf Hoppe, György Cserhalmi e Péter Andorai. Um ator ambicioso e talentoso, um político motivado e sem escrúpulos, um formidável mecanismo de distorção ideológica. Com Mephisto, István Szabó disse algo fundamental sobre poder, política e arte na Europa Central durante a Segunda Guerra Mundial. O filme ganhou o Oscar de Melhor Filme Internacional, os prêmios de Melhor Roteiro e da Crítica no Festival de Cannes, entre muitos outros.
Coronel Redl, de István Szabó (Oberst Redl, Hungria, 1985, 144 min, Drama/Biografia), com Klaus Maria Brandauer, Armin Mueller-Stahl, Gyula Benkő, Hans Christian Blech, Gudrun Landgrebe e László Mensáros. Alfred Redl se suicidou em 1913, logo antes do início da Primeira Guerra Mundial. O herói de Szabó é um soldado que se esconde atrás de uniformes. A queda de seu país, o colapso do Império Austro-Húngaro e seu fiasco pessoal antecipam uma série de outros eventos do século 20. Coronel Redl ganhou o Prêmio do Júri no Festival de Cannes e foi indicado ao Oscar de Melhor Filme Internacional.
25 de junho
Lançamento inédito: Algo Acontece, de Anne Alix (França, 2018, 101 min, Drama), com Lola Duenas e Bojena Horackova Avignon. Irma, que não parece encontrar seu lugar no mundo, cruza com Dolores, uma mulher livre que tem a missão de escrever um guia de viagem em uma área esquecida da Provença. A improvável dupla cai na estrada e descobre um mundo mais complexo e uma humanidade calorosa, lutando para existir. Para as duas, a viagem se torna uma jornada decisiva. Estrelado por Lola Dueñas (Volver e Mar Adentro).
Clássicos da Hungria – Parte 1 (todos em versão restaurada)
O Meu Século 20, de Ildikó Enyedi (Hungria, 1989, 102 min, Drama), com Dorotha Segda, Oleg Yankovsky, Paulus Manker, Gábor Máté e Péter Andorai. Dora e Lili são suas irmãs gêmeas que foram separadas na infância. Suas vidas seguiram caminhos opostos; Dora é uma pseudoaristocrata e Lili é uma anarquista. No mesmo momento que chega o século XX, as duas voltam para a Hungria e seus caminhos se reconectam no Expresso do Oriente por meio do misterioso Sr. Z. Vencedor da Câmera de Ouro do Festival de Cannes.
Praça Moscou, de Feren Török (Hungria, 2001, 88 min, Comédia/Drama), com Gábor Karalyos, Erzsi Pápai, Eszter Balla, Vilmos Csatlós, Simon Szabó e Bence Jávor. 1989 é um ano importante na história política da Hungria. No entanto, Petya e seus amigos não se importam. Eles estão prestes a se formar no ensino médio. As únicas coisas importantes para eles são as festas, garotas e ganhar dinheiro fácil. E, claro, passar na próxima prova com as perguntas que vazaram. Melhor Primeiro Filme na Semana do Cinema Húngaro.
Animações da Hungria – Curtas-metragens
A Insaciável Abelinha, de Gyula Macskássy (A telhetetlen méhecske, Hungria, 1958, 16 min). Uma vespa se aproveita de uma abelhinha insaciável, que deixa de coletar néctar para a colmeia modernizada apenas para comê-lo sozinha. Exibido no Festival de Cannes.
O Lápis e a Borracha, de Gyula Macskássy e György Várnai (A ceruza és a radír, Hungria, 1960, 10 min). Por ser um filme de animação que reflete sobre o processo de fazer um desenho animado, os personagens-título são as duas ferramentas básicas dos animadores: o lápis e a borracha. Como Dom Quixote e Sancho Pança, os dois conquistam as folhas em branco. Melhor Animação no Festival de Karlovy Vary.
Duelo, de Gyula Macskássy e György Várnai (Párbaj, Hungria, 1960, 10 min). Representando o duelo da razão vs. retrocesso, progresso científico vs. guerra, o filme apresenta a luta do Cientista contra Marte, o deus da guerra. Menção Especial no Festival de Cannes.
O Diário, de György Kovásznai (A napló, Hungria, 1966, 10 min). Em uma história no estilo de Jules e Jim, o filme é um retrato de um dia na vida de três jovens da capital húngara que estão visitando as cenas típicas do centro de Budapeste dos anos 60. Exibido no Festival de Cannes.
O Ano de 1812, de Sándor Reisenbüchler (Az 1812-es év, Hungria, 1972, 12 min). Usando colagens recortadas, a poderosa animação do diretor Reisenbüchler foi composta com 1812, de Tchaikovsky e inspirada em Guerra e Paz, de Tolstói. Menção Especial no Festival de Cannes.
A Mosca, de Ferenc Rofusz (A légy, Hungria, 1980, 3 min). Composto por 4.000 desenhos em giz de cera, A Mosca apresenta os últimos três minutos na vida de uma mosca. Exibido no Festival de Cannes. Vencedor do Oscar de Melhor Animação em Curta-metragem.
Moto Perpetuo, de Béla Vajda (Moto perpetuo, Hungria, 1981, 8 min). Palma de Ouro de Melhor Curta no Festival de Cannes, o filme se passa em um elevador em constante movimento, repleto de cenas que vão desde situações cotidianas a histórias de tabloides e o confuso drama da alta política.
Cuidado com os Degraus!, de István Orosz (Vigyázat lépcső!, Hungria, 1989, 5 min). O filme retrata os espaços paradoxais de M. C. Escher, sem saída, e os residentes de um prédio em ruínas em Peste em meio aos ornamentos do socialismo em colapso. O filme foi feito pouco antes da queda do muro em 1989. Exibido no Festival de Berlim.