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Guimarães Rosa é tema das comemorações de um ano da Padoca Filosófica

São Paulo, por Kleber Patricio

Imagem: divulgação/Padoca Filosófica.

Vamos juntos nesta travessia: “a colheita é comum mas o capinar é sozinho” — este é o mote do aniversário da Padoca Filosófica, localizada em uma vila singela na região de Pinheiros, que completa seu primeiro ano de existência, recheado de boa comida, e arte, o alimento da alma. A casa traz para suas paredes uma nova instalação de azulejos assinados pelos cartunistas Cássio Loredano, Jean Galvão e pelo artista visual Marcos Beccari, e reforça o espírito profundamente cultural da casa.

Os ares filosóficos se expandem para além da decoração. Iniciando este novo ciclo, a casa convida ao mergulho em Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, escritor mineiro membro da Academia Brasileira de Letras, consagrado como um dos maiores escritores da língua portuguesa. Na complexa obra, ao descrever sentimentos universais situados no árido sertão brasileiro, Guimarães imerge o leitor em uma imensa riqueza de reflexões filosóficas. Pensando nisso, a Padoca aproveita sua própria ocasião especial para também celebrar este marco da literatura brasileira que completa 65 anos em 2021 e inicia uma ciranda de leitura de leitura mensal de Guimarães Rosa, a se estender ao longo do próximo ano para a introdução e o aprofundamento da obra do autor.

As discussões acontecerão mensalmente online e contam com a participação de verdadeiras autoridades no tema, que se debruçam e esmiúçam a palavra do autor, como a pesquisadora Walnice Galvão, ensaísta e crítica literária com tese de doutorado dedicada ao estudo de Guimarães, ou o ator e roteirista Odilon Esteves, presente em filmes como Luna e Cada Dia uma Vida Inteira, também sendo um grande admirador do autor.

A parte gastronômica entra na comemoração com a cesta Os Caminhos do Sertão (R$190 + R$45, livro opcional), com um pão de fermentação Natural & Grãos, feito com blend de farinhas francesas; um Queijo Minas Frescal da Padoca, acrescido com zathar e azeite português da região do Alentejo; o Miguilim, doce de Leite da Padoca, produzido artesanalmente com leite fresco e receita gentilmente cedida pela mineira Dona Ana, de Cordisburgo — terra de Guimarães Rosa; a cachaça mineira Caminhos de Rosa e, por fim, o Bolo Diadorim, cremoso de mandioca mansa, queijo de minas e coco fresco, receita para marcar o aniversário da casa. Tudo é embalado em sacola ecológica, feita com fibras naturais. A cesta é acompanhada pelo livro de Guimarães e por um dos azulejos comemorativos.

Sobre a Padoca Filosófica | Um espaço que convida a pensar, sonhar, comer e amar. É assim que a Padoca Filosófica se define, com sua massa de fermentação natural que, assim como a filosofia, exige tempo e demanda paciência, e cujo cardápio se rende às leis da natureza, respeitando a sazonalidade dos insumos e se traduz em uma verdadeira curadoria cultural. Já em funcionamento, abre ao público de segunda a domingo, das 8h às 22h.

Localizada na entrada de uma antiga vila na Rua Ferreira de Araújo, em Pinheiros, a novidade foi criada por Paulo Abbud e sua esposa Cláudia Belintani Abbud — que também são os proprietários do consagrado árabe Farabbud —, em parceria com o empresário Rodrigo Danezi. Possui 38 lugares divididos em dois ambientes, entre uma varanda a céu aberto e um arejado salão com o balcão de pedidas. O cardápio foi pensado para atender a quatro diferentes momentos: café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar.

Serviço:

Padoca Filosófica

Endereço: Rua Ferreira de Araújo, 320 – Pinheiros – São Paulo/SP

Telefone: (11) 4305-0320

Capacidade: 38 lugares

Horário de Funcionamento: segunda a domingo, das 8h às 22h

Formas de pagamento: VISA, Master, Alelo, Elo, Amex, Diners, Sodexo

Facebook: /padocafilosoficaoficial

Instagram: @padocafilosofica

Site: www.padocafilosofica.com.br.