Dando continuidade à Temporada 2021, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp se apresenta entre quinta-feira (11/nov) e sábado (13/nov) na Sala São Paulo sob o comando de sua regente de honra, a norte-americana Marin Alsop, que vem pela primeira vez ao Brasil neste ano. Os concertos terão também a presença da pianista venezuelana Gabriela Montero, Artista em Residência da Temporada 2020-2021. O repertório das performances reúne duas obras de compositores russos: o Concerto nº 1 Para Piano, de Tchaikovsky – com Montero como solista – e a peça Sheherazade, de Rimsky-Korsakov. A apresentação de sexta-feira (12/nov), às 20h, será transmitida ao vivo direto da Sala, no YouTube da Osesp. Montero, por sua vez, se apresenta sozinha na Sala no domingo (14/nov), às 18h, na série Recitais Osesp.
Fá, Ré Bemol, Dó e Si Bemol são as famosas quatro notas que abrem o Concerto para Piano de Tchaikovsky. Ao serem entoadas em fortíssimo pelas trompas, apresentam-se, ao mesmo tempo, como célula geradora de toda a peça e também como síntese reveladora de seu caráter, grandioso e imponente. O piano entra em cena, ocupando todas as regiões da tessitura: acordes densos, graves e agudos, um ritmo ternário. A célebre melodia que se segue – e que deriva da célula inicial –, curiosamente, jamais será literalmente retomada. Tal procedimento, incomum à época, ainda hoje é objeto de controvérsias entre os analistas. Composto entre o final de 1874 e os primeiros meses de 1875, o Concerto obteve grande sucesso em sua estreia em Boston, nos Estados Unidos, em 25 de outubro do ano em que foi finalizado, com Hans von Bülow ao piano e Benjamin Johnson Lang na regência.
Já Sheherazade, a composição mais famosa de Nikolai Rimsky-Korsakov, foi inspirada pela coleção As Mil e Uma Noites, que enfileira lendas e contos populares da Ásia e do Oriente Médio. Nesse livro famosíssimo, o sultão Shahryar, enlouquecido pela traição da primeira esposa, decide ter uma mulher a cada noite e matá-la na manhã seguinte. Ele só não contava com a esperteza de uma das noivas, Sheherazade. Antes de adormecerem, ela sugere ao soberano que escute uma história que irá embalar seus sonhos. Essa se completa apenas no dia seguinte, quando é emendada em outra, e depois em mais outra. Ao cabo das mil e uma noites do título, Shahryar está completamente seduzido pela narrativa e pela esposa e desiste de seu intento sinistro.
Estes concertos fazem parte da série Mulheres na Música, na qual a Osesp celebra o talento das mulheres na música clássica a partir da presença em nossa programação de grandes representantes contemporâneas, como Isabelle Faust, Gabriela Montero e Marin Alsop, entre outras.
Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp | Criada em 1954, é uma das mais importantes orquestras da América Latina. Desde 2020, tem o suíço Thierry Fischer como seu diretor musical e regente titular, tendo sido precedido, de 2012 a 2019, pela norte-americana Marin Alsop, que agora é regente de honra. Em 2016, a Osesp esteve nos principais festivais da Europa e, em 2019, realizou turnê pela China. No mesmo ano, estreou projeto em parceria com o Carnegie Hall, com a Nona Sinfonia de Beethoven cantada ineditamente em português. Em 2018, a gravação das Sinfonias de Villa-Lobos, regidas por Isaac Karabtchevsky, recebeu o Grande Prêmio da Revista Concerto e o Prêmio da Música Brasileira.
Marin Alsop | Regente titular da ORF Radio-Symphonieorchester Wien e regente titular e curadora do Ravinia Festival de Chicago, é regente de honra da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp, diretora musical laureada e fundadora do programa OrchKids da Orquestra Sinfônica de Baltimore, após 14 anos como sua diretora musical. Além do trabalho constante com as orquestras Filarmônica de Londres e Sinfônica de Londres, ela dirige regularmente as orquestras de Paris, Cleveland, Filadélfia, La Scala e da Leipzig Gewandhaus. Ávida intérprete de obras do nosso tempo, foi diretora musical do Festival Cabrillo de Música Contemporânea por 25 anos. Primeira e única regente a receber uma MacArthur Fellowship, Alsop também foi homenageada com o Crystal Award do Fórum Econômico Mundial e recebeu muitos outros reconhecimentos por sua trajetória. Já gravou para Decca, Naxos e Sony Classical. Para promover e incentivar a carreira de regentes mulheres, em 2002 ela fundou a Taki Alsop Conducing Fellowship.
Gabriela Montero | Nascida na Venezuela e formada pela Academia Real de Música de Londres, Gabriela Montero já se apresentou com as orquestras Gewandhaus de Leipzig e Philharmonia (Londres); as Filarmônicas de Roterdã, da Rádio Holandesa e Real de Liverpool; e as Sinfônicas de Chicago, Viena, Sydney e Birmingham, entre muitas outras. Seu álbum Bach and Beyond (Warner Classics, 2006) obteve dois prêmios Echo Klassik. Em 2016, realizou uma bem-sucedida turnê por festivais europeus ao lado da Osesp.
A série Mulheres da Música conta com o patrocínio do J.P. Morgan e apoio da Ticket Log por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Realização: Fundação Osesp, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.
PROGRAMA
TEMPORADA OSESP: MARIN ALSOP E GABRIELA MONTERO
ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
MARIN ALSOP REGENTE
GABRIELA MONTERO PIANO
Nikolai RIMSKY-KORSAKOV | Sheherazade, Op. 35
Pyotr Il’yich TCHAIKOVSKY | Concerto nº 1 Para Piano em Si Bemol Menor, Op. 23
Serviço:
11 de novembro, quinta-feira, às 20h
12 de novembro, sexta-feira, às 20h – Concerto Digital
13 de novembro, sábado, às 16h30
[14 de novembro, domingo, às 18h – Recitais Osesp: Gabriela Montero]
Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16 – São Paulo/SP
Taxa de ocupação limite: 840 lugares
Recomendação etária: 7 anos
Ingressos: entre R$50,00 e R$100,00
Bilheteria (INTI): neste link
(11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h.
Cartões de crédito: Visa, Mastercard, American Express e Diners.
IMPORTANTE: Desde o início de setembro, para frequentar a Sala São Paulo, é preciso apresentar o comprovante de vacinação contra a Covid-19 – ao menos da 1ª dose, de acordo com o calendário de imunização da cidade de cada um. Essa medida está de acordo com o Decreto Nº 60.488, publicado em 27 de agosto de 2021 no Diário Oficial do município. A obrigatoriedade é válida para estabelecimentos e serviços do setor de eventos com público superior a 500 pessoas -a lotação máxima da Sala atualmente é de 638 lugares, obedecendo ao Protocolo de Segurança. A comprovação é necessária para todos que frequentam a Sala: público, artistas e funcionários.
Como apresentar o certificado de vacinação:
1 – Levando o comprovante original em papel;
2 – Mostrando o comprovante digital, disponível nas plataformas e-SaúdeSP, ConectSUS e Poupatempo.
Informações úteis:
– Quem se recusar a apresentar o documento não poderá ingressar na Sala São Paulo, uma vez que a instituição fica sujeita a penalidades e interdição.
– Crianças de até 12 anos que ainda não foram contempladas pelo calendário de vacinação podem acessar o espaço normalmente.
– Vacinados fora do país devem apresentar o comprovante original.
– Quem não pode tomar a vacina por alguma diretriz médica deve apresentar documento que ateste essa impossibilidade.
A Osesp e a Sala São Paulo são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.
(Fonte: Fabio Rigobelo | Fundação Osesp)