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“As Primaveras”: um clássico da poesia em edição que valoriza o livro original

Porto Alegre, por Kleber Patricio

Foto: divulgação.

“Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!” (Poema “Meus oito anos”, de Casimiro de Abreu).

O “poeta do amor e da saudade” viveu pouco, mas deixou um importante trabalho literário. Quando Casimiro de Abreu lançou As Primaveras, que viria a ser seu único livro, ele tinha apenas 20 anos, publicava poesia em jornais pelo menos desde os 17 e vinha de uma longa temporada em Portugal – onde ficou, contra a vontade, aprendendo a cuidar dos negócios da família. Menos de um ano após o lançamento, o poeta morreu, muito jovem e sem ver o sucesso que seu livro teria nos anos seguintes, tornando-se o livro de poesia mais editado do Brasil pelo menos até o início do Modernismo – com diversas edições em Portugal também.

A partir de 1870, as edições d’As Primaveras começaram a ser publicadas com alterações na estrutura, na ordem dos poemas e até em alguns títulos. Essas modificações são adotadas pela maioria das edições até hoje e tornaram-se o padrão quando se trata da obra do autor.

O volume preparado pela Isto Edições foi pensado para ser o mais fiel possível ao original – mesmo com atualização ortográfica: a editora contou com a colaboração da professora, pesquisadora e filóloga Elsa Pereira, da Universidade de Lisboa, que auxiliou no estabelecimento do texto e ainda escreve o posfácio – um artigo que fala exatamente sobre as modificações que o livro sofreu depois da morte de Casimiro.

Na última parte desta edição, há os seus poemas esparsos, tradicionalmente publicados junto com As Primaveras desde finais do século XIX, com indicação de fontes e datas originais.

As primaveras e outros poemas

Autor: Casimiro de Abreu

Isto Edições – Porto Alegre – 2021

Capa dura – 176p. – 16 x 23 cm

ISBN 978-65-995966-1-2

À venda no site da editora.

(Fonte: Assessoria de comunicação | Isto Edições)