O longa Fogaréu, de Flávia Neves, estreia na Mostra Panorama do Festival de Berlim. Bárbara Colen e Eucir de Souza são os protagonistas do filme, que tem roteiro baseado na história pessoal da diretora e produção da Bananeira Filmes e da MyMama Entertainment.
Na fronteira entre o real e o fantástico, entre o passado colonial e a modernidade avassaladora do agronegócio, a cidade de Goiás é palco do encontro entre a jovem Fernanda e suas secretas raízes. Ela volta para a casa de seu abastado tio após a morte de sua mãe adotiva, a fim de implodir certezas e deixar surgir a dolorosa verdade sobre sua origem.
Sobre a diretora | Flávia Neves estudou Cinema e Literatura na Universidade Federal Fluminense, e Roteiro e Técnica Meisner na EICTV – Escuela Internacional de Cine e TV, em Cuba. Aos 16 anos, dirigiu seu primeiro curta-metragem, Liberdade, exibido no FICA – Festival Internacional de Cinema Ambiental. Atuou também como assistente de direção e produtora em curtas-metragens e documentários para cinema e TV, antes e durante o curso universitário.
Em 2019, dirigiu e roteirizou a série Amanajé, o mensageiro do Futuro, exibida na TV Cultura. Fogaréu é seu primeiro longa-metragem de ficção. Atualmente, Flávia desenvolve o seu segundo longa, Tempo do Poder, com o apoio do Ibermedia. Com esse projeto, participou da residência na Cité Internacionale des Arts, em Paris, com bolsa concedida pelo Institut Français e pelo Projeto Paradiso.
Sobre a produtora Bananeira Filmes | Convidada em junho de 2018 para integrar a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Los Angeles, Vania Catani fundou a Bananeira Filmes em 2000 e desde então se tornou uma das mais prestigiadas produtoras de cinema brasileiro. Suas produções já receberam mais de 250 prêmios e foram exibidas em mais de 500 festivais, como Cannes, Veneza, Roterdã e mais outros 60 países.
Ao longo de 21 anos, a Bananeira produziu e coproduziu diversos curtas-metragens e mais de 25 longas, entre os quais estão os premiados Narradores de Javé (2003), de Eliane Caffé; A Festa da Menina Morta (2008), a primeira direção de Matheus Nachtergaele com estreia em Cannes; Feliz Natal (2008), uma parceria de sucesso com o diretor Selton Mello que se repetiu em O Palhaço (2011), visto por mais de 1,5 milhão de espectadores e indicado do Brasil para concorrer a uma vaga de melhor filme estrangeiro no Oscar de 2012, e em 2017, com O Filme da Minha Vida.
Os filmes Mate-me Por Favor (2015) de Anita Rocha da Silveira, e Zama (2017) da premiada dretora Lucrecia Martel, estrearam no Festival de Veneza. Zama foi indicado ao Sur 2017, o prêmio mais importante do cinema argentino, em 11 categorias, incluindo melhor filme, melhor diretor, melhor ator e melhor direção de arte. O filme também ganhou o Critics’ Choice no Festival de Roterdã em 2018, foi indicado par Melhor Filme Ibero-Americano no Goya 2018 e escolhido para representar a Argentina na disputa por uma vaga na categoria de melhor filme estrangeiro no Oscar de 2018. Em 2019, foi classificado como o 9º melhor filme do século pelo jornal britânico The Guardian e o melhor filme latino-americano da década pelo Remezcla.
Entre suas coproduções destacam-se La Playa (Colômbia), El Ardor (Argentina), e Jauja (Argentina), todos com estreia internacional em Cannes, além da sua mais recente coprodução com o México, O Baile dos 41, que ainda será lançado no Brasil.
Em 2021, estreou mundialmente Medusa, sua segunda produção com a diretora Anita Rocha da Silveira, na mostra Un Certain Regard do Festival de Cannes. Também foi exibido no Festival de Toronto; Festival de Guadalajara, onde recebeu o prêmio Maguey de melhor interpretação para Lara Tremouroux; Festival de Milano, onde ganhou o prêmio do público; Festival de Catalunya, onde ganhou o prêmio Queer Kong, e Melhor Direção, na competição Novas Visões; no Brasil, estreou na Mostra Internacional de São Paulo e, em seguida, no Festival do Rio, onde ganhou os prêmios de melhor atriz coadjuvante para Lara Tremouroux, Melhor Direção e o grande prêmio da noite Melhor Longa-Metragem Ficção.
A Bananeira finaliza no momento O Filme do Tênis, documentário sobre o primeiro disco solo do cantor mineiro Lô Borges, dirigido por Rodrigo de Oliveira e Vânia Catani; Fogaréu, estreia da diretora Flávia Neves, em coprodução com a Blue Monday (França) e selecionado pela CNC; Serial Kelly, dirigido por René Guerra e protagonizado por Gaby Amarantos e a série documental Adriano Imperador, original Paramount+ sobre o ícone da nação rubro-negra.
Além disso, desenvolve Incondicional – O Mito da Maternidade, documentário da Patrícia Froes; Super Poderes, de Anne Pinheiro Guimarães, Musa, de Mônica Demes e Casa Assassinada, de José Luiz Villamarim.
FOGARÉU
Brasil, 2022, 100min, cor
Direção: Flávia Neves
Roteiro: Flávia Neves e Melanie Dimantas
Fotografia: Luciana Basseggio
Montagem: Will Domingos
Produção Executiva: Tarcila Jacob, Elaine Azevedo e Silva
Produção: Bananeira Filmes, Mymama, Blue Monday Produtions, Caliandra Filmes, Kam Filmes, Canal Brasil
Elenco: Bárbara Colen (Fernanda), Nena Inoue (Mocinha), Eucir de Souza (Antônio), Fernanda Vianna (Arlette), Vilminha Chaves (Joana), Kelly Crifer (Tereza), Timothy Wilson (Ezequiel), Fernanda Pimenta (Paula), Allan Jacinto Santana (Pedro), Typyire Ãwa (Cacique)
Distribuição Brasil: ArtHouse.
(Fonte: Trombone Comunica)