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Exposição explica relação entre o circo e o modernismo brasileiro

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Claudio Kirner/Pixabay.

A Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo anuncia a exposição itinerante “O Circo Modernista”, com temporada até 1º de maio no Centro Cultural da Juventude (CCJ). A mostra traça um panorama dos movimentos artísticos de vanguarda no início do século XX em sua aproximação com o circo.

A ênfase é o Brasil dos anos 1920, quando, em São Paulo, os poetas e artistas modernistas Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Mário de Andrade, Menotti del Picchia e Yan de Almeida Prado se aproximaram do circo através do palhaço Piolin. A mostra é composta de instalação cenográfica, texto, fotografias, áudio e audiovisual e tem como fonte o acervo do Centro de Memória do Circo.

A exposição também oferece um zoom no modo de produção circense ao focar a trajetória das famílias Pereira, Pinto, Queirolo e Seyssel. Essas famílias, na década de 1920, eram responsáveis pelos dois mais importantes Circos Pavilhões, como eram chamados os circos fixos na cidade de São Paulo. Enquanto a Família Queirolo administrava seu próprio circo, as famílias Pinto, Pereira e Seyssel se reuniram no Circo Alcebíades, armado no Largo do Paissandu, em histórica temporada ocorrida entre 1925 e início de 1929.

A história dessas quatro famílias, em suas várias gerações, se entrelaça com a do circo da cidade de São Paulo e do próprio país. Autênticas representantes de um modo de produção circense tipicamente brasileiro que tem no palhaço seu principal artista, essas famílias tornaram-se dinastias de palhaços. Da família Pereira, destacam-se os palhaços Alcebíades e Fuzarca. Da Pinto, Piolin e Ankito. Da Queirolo, Chicharrão, Torresmo, Chic-Chic e Harris. E da família Seyssel, os famosos Pimentinha e Arrelia, com seu bordão repetido à exaustão por todo o país: “Como Vai? Como Vai? Como Vai? Muito Bem! Muito Bem! Muito Bem!”

A exposição tem curadoria de Verônica Tamaoki, coordenadora do CMC, em parceria com o programa Sou de Circo, com assistência de curadoria de Henrique Vasques e Ícaro Mourão, projeto expográfico de Renato Figueiredo, cenotecnia de Fábio Jerônimo, design gráfico de Antonio Kehl e direção de produção de Roberta Castro.

Sobre o Centro de Memória do Circo

O Centro de Memória do Circo da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo é a única instituição de toda a América Latina consagrada exclusivamente à memória e cultura circense. Inaugurado em 2008, tem como missão resgatar, reunir, pesquisar, preservar e difundir o circo brasileiro – sua história, suas artes, seus artistas, seus saberes. Entre os reconhecimentos que lhe foram concedidos, o CMC recebeu a Ordem do Mérito Cultural, do Ministério da Cultura, em 2015, e em 2016 o título Memória do Mundo Brasil, da Unesco, concedido para o Arquivo Circo Garcia, que se encontra sob sua guarda.

Serviço:

Centro Cultural da Juventude

Avenida Dep. Emílio Carlos, 3641, Vila Nova Cachoeirinha

Redes sociais: @ccjuventude.

(Fonte: Assessoria de Imprensa | Prefeitura de São Paulo)