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Organização contribui para o desenvolvimento humano e impacta mais de 2 mil pessoas em favela de Curitiba

Curitiba, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação.

A vontade de impactar pessoas é a essência de Kauanna Toppa, fundadora da Organização de Desenvolvimento do Potencial Humano (ODPH). Em 2009, a jovem, com apenas 16 anos, deu início ao projeto social que mudaria muitas vidas em uma favela de Curitiba (PR). Foi na praça da Vila Torres que tudo começou. Kauanna se reunia diariamente com crianças a fim de tirá-las da rua e realizar atividades que potencializassem suas aptidões para incluí-las em um mundo promissor e de oportunidades. Em 2016, ela teve a oportunidade de apresentar sua trajetória no TEDx, uma das maiores conferências de disseminação de ideias inovadoras.

Com 12 anos de existência, a ODPH já impactou mais de 2 mil pessoas e, atualmente, conta com dez voluntários que atuam em áreas estratégicas. Muito mais do que levar educação e cultura para crianças, a ODPH acredita no potencial humano, independente de idade ou gênero. Lá, jovens podem aprender sobre empreendedorismo, enquanto famílias e a comunidade têm a possibilidade de participar de palestras e receber apoio assistencial.

O público já atingido é dividido em 625 crianças e adolescentes, nas ações educacionais e culturais, e 1.780 adultos, nas ações assistenciais. Sediada na comunidade Vila Torres, em Curitiba (PR), a organização busca contribuir com o crescimento de crianças e adolescentes em extrema pobreza e vulnerabilidade social, atuando com fortalecimento de vínculos na área social, educacional e cultural. “Buscamos fazer com que a comunidade seja valorizada, que as pessoas tenham perspectiva de vida e que sejamos uma oportunidade para que todos possam desenvolver habilidades que contribuam com seu desenvolvimento individual. Precisamos derrubar os muros que foram criados pela desigualdade e mostrar que a favela tem muita potência, pessoas capazes e que precisam ser reconhecidas”, afirma a fundadora da ODPH, Kauanna Toppa.

A evolução e o crescimento de quem passa pela ODPH são nítidos, já que o suporte dado se torna um incentivo para buscarem suas realizações, como é o caso da jovem Mayara Silva, moradora da Vila Torres. Com apenas 13 anos, Mayara faz parte do Balé Teatro Guaíra, uma das maiores companhias de dança do país. A oportunidade surgiu por meio da participação no Programa Cultivando Sonhos.

Aos 4 anos, Mayara tinha o sonho de se tornar uma dançarina profissional. Após notar que a menina tinha um grande talento para a dança clássica, Kauanna resolveu ajudar. Em um evento social, a fundadora da ODPH viu a oportunidade de compartilhar sobre o talento e o sonho de Mayara, comum dos profissionais do balé do Teatro Guaíra que estava presente, que acabou se interessando pela história. Após isso, a jovem conseguiu um teste, sem nunca ter pisado em um palco, e foi aprovada. Está seguindo para se tornar uma bailarina profissional em breve. “Tudo começou quando eu assistia Barbie todos os dias e via as bailarinas. Comecei a dançar e minha mãe foi vendo que eu gostava daquilo, foi quando entrei na ODPH. Um dia eles fizeram um caderno, eu escrevi meu sonho (ser bailarina), eles viram e me ajudaram”, afirma Mayara.

Primeiro emprego

Outro exemplo do impacto gerado pela ODPH na vida de cada pessoa que passa pela organização é o Gabriel Alexandre da Conceição Pereira, de 22 anos. Ele foi mais um jovem que precisou de apenas uma chance para “virar o jogo”. Gabriel começou a frequentar o projeto a partir de uma leitura na praça. “A oportunidade veio quando ainda nem era a ODPH. Eu estava na rua quando fui convidado pela Kauanna a participar de uma leitura em meio à praça, achei a ideia legal e fui; a partir daí, comecei a frequentar todos os dias”, relembra.

Kauanna Toppa, fundadora da Organização de Desenvolvimento do Potencial Humano (ODPH).

Após a experiência na ODPH, o jovem retornou alguns anos depois para ser voluntário, foi quando surgiu a proposta de entrar no mercado de trabalho. O meu primeiro emprego foi conquistado graças à organização e foi numa empresa de engenharia que na época era parceira da ODPH. “Foi uma das melhores experiências da minha vida, tive muito aprendizado, acesso a cultura e a leitura. Depois que passei pela ODPH me senti confiante para enfrentar o mundo e buscar meus objetivos”, finaliza Gabriel, que atualmente é assistente de pós-vendas.

Conheça alguns dos projetos oferecidos pela ODPH

Atualmente, a organização desenvolve seu trabalho por meio do programa Cultivando Sonhos e dos projetos Aprendiz em Ação, SemeAção e o Conecta, impactando não só crianças e adolescentes, mas também adultos. Cada um dos projetos é focado em uma fase da vida, contribuindo com o desenvolvimento de todos.

No Aprendiz em Ação, educação e cultura são levadas para as crianças no contraturno escolar. O aprendizado é por meio de oficinas pedagógicas com temas relevantes. Já o SemeAção tem  o objetivo de proporcionar o desenvolvimento e estimular habilidades e competências, inserção no mercado de trabalho e empreendedorismo para pré-adolescentes entre 12 e 14 anos. E o Conecta oferece atividades, palestras, oficinas e cursos esporádicos para as famílias e moradores da Vila Torres, para que tenham contato com novas possibilidades e oportunidades.

Sobre a ODPH

A Organização de Desenvolvimento de Potencial Humano (ODPH) é uma Organização da Sociedade Civil que há 12 anos atua na comunidade Vila Torres, em Curitiba (PR). Seu objetivo principal é criar possibilidades de aprendizagem que estimulem a criatividade e o desenvolvimento humano, com o propósito de potencializar as habilidades e competências de crianças, adolescentes, jovens e adultos. O trabalho é desenvolvido por meio do programa Cultivando Sonhos e dos projetos Aprendiz em Ação, SemeAção e o Conecta. A ideia principal é alcançar todas as fases do desenvolvimento humano, da infância à fase adulta de ambos os gêneros e ainda, envolver diferentes núcleos de organizações da sociedade e transformar vidas. Para mais informações, acesse o site https://www.odph.org.br/ ou entre em contato pelo telefone (41) 99571-8760.

(Fonte: DePropósito Comunicação de Causas)