Todo ano é comemorado o Dia Internacional do Cão-Guia na última quarta-feira de abril. Este ano, a celebração foi no dia 27. Treinados especialmente para auxiliar pessoas com deficiência visual, eles são responsáveis por oferecer confiança, segurança e promover a autonomia e independência aos seus donos. “A importância do cão-guia é inestimável. Hoje ele é respeitado pela sociedade e sua presença em ambientes é garantida por lei. Além disso, causa interação social e, consequentemente, eleva a autoestima do usuário”, explica Marcelo Panico, Advocacy da Fundação Dorina Nowill para Cegos.
Confira abaixo algumas curiosidades sobre esse “cãopanheiro”:
1 – Posso brincar com eles?
Apesar de serem super fofos e dóceis, não devemos brincar com o cão-guia e muito menos oferecer qualquer petisco. Lembre-se de que ele está a trabalho e não deve se distrair. Na dúvida, pergunte à pessoa com deficiência visual se aquele é um momento adequado para interagir.
2 – Qualquer lugar deve aceitar o cão-guia?
A Lei n° 11.126 (2005) é clara: a pessoa com deficiência visual usuária de cão-guia tem o direito de ingressar e permanecer com o animal em todos os locais públicos ou privados de uso coletivo. Isso inclui restaurantes, táxis, ônibus, supermercados. Portanto, se você presenciar alguém tentando proibir a entrada do bichinho em algum lugar, reclame. Nossos amigos caninos podem entrar SIM.
3 – O cão-guia se aposenta?
Sim. O tempo de trabalho do cão-guia é de cerca de 8 anos. Depois disso ele se aposenta e pode ficar com seu tutor ou ser adotado por uma família com a qual ele já tenha afinidade.
4 – Como eles são treinados?
Ainda filhote, o cãozinho começa o processo de socialização com famílias voluntárias, que irão ensiná-los a conviver com outros seres humanos. Depois, o treinamento é feito por um adestrador especialista que ensinará comandos específicos, como desviar de obstáculos e esperar o momento certo para atravessar a rua.
Por fim, a própria pessoa que receberá o cão-guia passa por um treinamento com o animal para aprender a dar todas as instruções. O processo de treinamento é concluído quando o cão tem entre um ano e meio e dois anos.
5 – Qualquer raça pode ser treinada para cão-guia?
O labrador e o golden retriever são as raças mais utilizadas, mas também é possível treinar pastores alemães ou borders. Normalmente são escolhidos cachorros de temperamento dócil e de médio ou grande porte, pois eles precisam ter força para guiar seus humanos.
7 – Quanto custa um cão-guia?
De acordo com o Instituto Íris, uma das instituições especialistas em cães-guia no Brasil, o custo para preparar e doar um animal é de aproximadamente R$35 mil. Devido ao alto custo, o cão-guia ainda é um recurso pouco acessível – atualmente existem cerca de 150 deles no Brasil. O tempo de espera para receber um pode chegar a 3 anos.
8 – A Fundação Dorina trabalha com cães-guia?
Considerando que ainda são poucas as pessoas que têm condições de adquirir e manter um cão-guia, o suporte gratuito que a Fundação Dorina oferece há mais de 70 anos é voltado à produção e distribuição de livros acessíveis, além de serviços especializados para pessoas com deficiência visual e suas famílias nas áreas de educação especial, reabilitação, clínica de visão subnormal e empregabilidade.
Sobre a Fundação Dorina Nowill para Cegos
A Fundação Dorina Nowill para Cegos é uma organização sem fins lucrativos e de caráter filantrópico. Há 76 anos se dedica à inclusão social de crianças, jovens, adultos e idosos cegos e com baixa visão. A instituição oferece serviços gratuitos e especializados de habilitação e reabilitação, dentre eles orientação e mobilidade e clínica de baixa visão, além de programas de inclusão educacional e profissional.
Responsável por um dos maiores parques gráficos de braille no mundo, com capacidade de impressão de até 450 mil páginas por dia, a Fundação Dorina Nowill para Cegos é referência na produção e distribuição de materiais nos formatos acessíveis braille, áudio, impressão em fonte ampliada e digital acessível, incluindo o envio gratuito de livros para milhares de escolas, bibliotecas e organizações de todo o Brasil.
A instituição também oferece uma gama de serviços em acessibilidade, como cursos, capacitações customizadas, sites acessíveis, audiodescrição e consultorias especializadas. Com o apoio fundamental de colaboradores, conselheiros, parceiros, patrocinadores e voluntários, a Fundação Dorina Nowill para Cegos é reconhecida e respeitada pela seriedade de um trabalho que atravessa décadas e busca conferir independência, autonomia e dignidade às pessoas com deficiência visual.
(Fonte: Advice Comunicação Corporativa)