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Felipe Câmara apresenta documentário musical “Porta Sonhos”

São Paulo, por Kleber Patricio

Imagens: divulgação.

Felipe Câmara apresenta seu mais novo trabalho em forma de documentário, o “Porta Sonhos”. Com 20 anos de carreira e centenas de projetos já lançados, o cantor vem compilando, há mais de 10 anos, muitos arquivos, composições e poemas – um verdadeiro blindado autoral – que será lançado com o apoio do ProAC Expresso Lei Aldir Blanc ainda esse ano.

O multiartista apresentará também dois videoclipes inéditos em todas as plataformas de streaming/vídeo. Um deles, o tão aguardado “Calcanhares”, uma das músicas mais aclamadas pelos fãs desde 2017 e uma autoria inédita, chamada “Japão”, ambas em formato de vídeo e música.

“A vida é cheia de gavetas e armários, externos e internos, onde guardamos nossos sonhos misturados aos medos e às inseguranças de não nos enquadrados em padrões e não sermos aceitos. Descobri que abrir as portas dos sonhos é como abrir-se de forma vulnerável e se mostrar imperfeito, lindo e em paz. Abrir a porta dos sonhos é me mostrar, inteiro, do jeito que sou, pra vocês”, comenta o artista.

Felipe Câmara por ele mesmo

Eu sou Felipe Câmara, tenho 37 anos. Sou advogado, cantor, compositor, tenho mais de 100 canções compostas, mais de 30 lançadas e mais de 7 milhões de plays nos players digitais. Toco diversos instrumentos, produzo, sou engenheiro de áudio e mixador de músicas. Já passei pelas bandas Fábrica Brasil, Ópera Mono e Folk na Kombi, tenho dois discos solos lançados e em 2021 completei 20 anos de carreira.

Minha carreira começou em 2001, com o lançamento do primeiro disco do Fábrica Brasil, aos 16 anos. O Fábrica Brasil começou quando nos encontrávamos para tocar em um bar na Rua dos Pinheiros. Participamos de um festival da FAAP e ganhamos em primeiro lugar. A banda durou 6 anos e foi a banda do sonho, da escola. Formada com meu irmão Eduardo Camara, Cadu Pereira e Daniel Rondon. O Fábrica Brasil foi uma grande escola para o meu aprendizado sobre o mercado fonográfico, os shows e tudo que envolvia estar em uma banda que tocou de quinta a domingo, sem descanso, por três anos.

Em 2006 o Fábrica Brasil resolveu parar as atividades e me reencontrei com antigos amigos de escola e formamos a banda Etanol, que no futuro se chamaria Opera Mono. Começamos a tocar despretensiosamente e me dediquei aos estudos na faculdade de direito, até que em 2009 fomos convidados pelo desembargador e compositor Otávio Toledo, que lançou a cantora Bruna Caram ao mercado musical, para participar de um show no Tom Jazz, extinta casa de shows em Higienópolis. Após a apresentação recebemos uma proposta do Otávio para gravarmos um disco e inscrevemos um edital para a Lei Rouanet. Começamos a trabalhar no edital e em 2010 conseguimos aprová-lo e captar 100% dos recursos necessários. Assim surgiu o Opera Mono.

O Opera Mono foi a experiência definitiva na minha vida para a profissionalização e a posterior decisão de focar as energias na carreira musical, deixando de advogar. Foi também a primeira experiência em um estúdio musical de alto nível com uma equipe fantástica. Regidos pelo produtor Alexandre Fontanetti, que posteriormente iria se tornar meu mestre e principal incentivador na carreira também de produtor musical, gravamos um belíssimo disco. Gravado e lançado em 2011 o disco foi a experiência que solidificou minha atuação enquanto profissional da música

Em alguns shows do Opera Mono conheci o Jonavo e ele me apresentou um projeto para alavancar a música folk no Brasil no final de 2012. No mesmo ano o Opera Mono decidiu parar. E o caminho natural foi me juntar ao Jonavo para o tal projeto de música folk. Jonavo me apresentou ao Bhezão e começamos a trabalhar no projeto. Em 2013 gravamos o que seria um piloto, ainda inédito, de um programa de música para youtube que aconteceria dentro de uma Kombi, a Kombi do meu pai. Fizemos o piloto com o falecido amigo e padrinho Tavito (Som Imaginário, Clube da esquina), compositor do sucesso “Casa no Campo” e com a Bárbara Rodrix, filha de seu grande parceiro Zé Rodrix (Sá, Rodrix e Guarabyra). O programa iria se chamar “Folk na Kombi”. Mas não era o que o destino tinha reservado pra nós. No fim de 2013, fomos convidados pelo grande compositor Alexandre Lemos para participar de um show beneficente em Itamonte/MG. Lá, o Alexandre sugeriu que devêssemos formar um grupo musical para divulgar nossas músicas e não apenas um programa documentado do que seria a música folk. E assim o Folk na Kombi surgiu.

Em 2014 gravamos nosso primeiro DVD com direção de Maria Silva Siqueira Campo e direção de fotografia de Júnior Malta. O primeiro single “Dançar eu vou” foi lançado no Natal e pra nossa surpresa foi um fenômeno. Alcançamos milhares de plays em poucos dias.

Carreira solo

Em 2018 lancei meu primeiro trabalho solo, o “Patu”, realizei o espetáculo “Patu em casa”, em que eu me apresentava na sala casa das pessoas, e também um projeto de financiamento coletivo em que arrecadei a importância de R$29.500,00 (vinte e nove mil e quinhentos reais).

Com esses recursos, viajei de carro e fui tocando em diversos locais, do Rio de Janeiro, onde nasci, até Buenos Aires na Argentina.

Além da vida nos palcos, eu trabalho com gravações de álbuns e o mundo mágico dos estúdios. Com 15 anos me interessei pela tecnologia para gravações e comecei a estudar as formas de registrar minhas músicas em casa. Quando comecei o processo de gravar meu disco, o “Patu em casa”, senti a necessidade de ir pra um estúdio. Aluguei um estúdio que estava desativado na casa de um amigo. Lá eu iniciei o processo de trabalho como produtor musical e trabalhei com artistas e músicos como Selma Fernands, Rico Ayade, Thomas Meira, Edu Capello, Raul Misturada, Folk na Kombi, Nô Stopa, Duas Casas, Filó Machado, Duofel, Dandara, Rhaissa Bittar, Gabriel Bortolatto, Daniel Conti, Mateus Crippa, dentre outros.

Em menos de um ano, em setembro de 2018, fui convidado pelo produtor Alexandre Fontanetti para integrar o quadro de produtores e engenheiros do estúdio Space Blues em São Paulo. Ali dei um salto na qualidade das produções e trabalhei com nomes como Nando Reis, Zeca Baleiro, Melim, Arnaldo Antunes, Chico César, Grupo Rumo, Premeditando o Breque, Ná Ozzetti, Palavra Cantada, As Baías, Céu, Raul de Souza, Ana Rafaela, César Lacerda, Noa Stroeter, Josyara, Siba, Fafá de Belém, Tetê Espíndola, Filipe Catto, Arthur Nogueira, Lirinha, Odair José, Marcio Arantes, Pupillo e Rodolfo Stroeter, entre outros. Em 2020 ganhei um Grammy com a cantora Céu e seu disco “APKÁ!” e, ao longo da carreira, recebi mais seis indicações ao Grammy Latino.

(Fonte: Débora Coneglian Assessoria de Imprensa)