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43ª Mostra Internacional de Cinema é destaque na cena cultural de São Paulo em outubro

São Paulo, por Kleber Patricio

Coletiva de imprensa da 43ª Mostra de Cinema em São Paulo. Foto: Mario Miranda Filho/Agência Foto.

A 43ª edição da tradicional Mostra Internacional de Cinema fortalece o olhar para o cinema brasileiro. Apesar de os filmes de abertura e encerramento do evento, que ocorre em São Paulo de 17 a 30 de outubro, não serem nacionais, o primeiro é produzido por Rodrigo Teixeira e baseado no livro de Fernando Morais Os Últimos Soldados da Guerra Fria e o segundo é dirigido por Fernando Meirelles.

Outros títulos que levaram o nome do país para o exterior em festivais estrangeiros também fazem parte da programação, como quatro longas que serão exibidos no Theatro Municipal – A Vida Invisível, Abe, Babenco – Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou e Três Verões.

Apresentação do filme “Caminhos Magnétykos” com o produtor Rodrigo Areias, o ator Ney Matogrosso e a produtora no Instituto Moreira Salles em outubro de 2018, na 42ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Foto: Mario Miranda Filho/ agenciafoto.com.br.

Neste ano, a Mostra exibe cerca de 300 títulos de variados países e estilos em mais de 27 locais, entre cinemas, espaços culturais, CEUS e museus espalhados pela capital paulista, incluindo exibições gratuitas e ao ar livre.

O vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes, Parasita, de Bong Joon-ho, o do Urso de Ouro no Festival de Berlim, Synonyms, de Nadav Lapid e a Concha de Ouro no Festival de San Sebastián, Pacificado, de Paxton Winters, serão exibidos durante a 43ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. Além deles, também estão confirmados na programação Honeyland, de Ljubomir Stefanov e Tamara Kotevska, vencedor do Grande Prêmio do Júri da seção World Cinema de documentários no Festival de Sundance, e Os Tubarões, de Lucia Garibaldi, prêmio de melhor direção na seção World Cinema – Dramatic do mesmo festival.

Do Festival de Cannes, integram a programação da Mostra O Paraíso Deve Ser Aqui, de Elia Suleiman, prêmio Menção Especial do Júri, O Jovem Ahmed, dos irmãos Dardenne, vencedor do prêmio de Melhor Direção, e O que Arde, de Oliver Laxe, vencedor do Prêmio do Júri na mostra Um Certo Olhar.

A produtora de cinema, cineasta, curadora e apresentadora de televisão brasileira Renata de Almeida durante a coletiva. Foto: Mario Miranda Filho/Agência Foto.

Entre os longas que foram exibidos no Festival de Berlim, a Mostra exibe Deus É Mulher, Seu Nome É Petúnia, de Teona Strugar Mitevska, vencedor do Prêmio do Júri Ecumênico, Viajante da Meia-noite, de Hassan Fazili, vencedor do Prêmio do Júri Ecumênico da Mostra Panorama e Meu Verão Extraordinário com Tess, de Steven Wouterlood, menção especial na seção Generation K.

A seleção também traz 12 obras indicadas por seus respectivos países para concorrerem a uma vaga ao Oscar® de melhor filme estrangeiro:

Alemanha: System Crasher, de Nora Fingscheidt

Argélia: Papicha, de Mounia Meddour

Argentina: A Odisseia dos Tontos, de Sebastián Borensztein

Austrália: Empuxo, de Rodd Rathjen

Brasil: A Vida Invisível, de Karim Aïnouz

Colômbia: Monos, de Alejandro Landes

Coreia do Sul: Parasita, de Bong Joon-ho

Equador: La Mala Noche, de Gabriela Calvache

Macedônia: Honeyland, de Ljubomir Stefanov e Tamara Kotevska

Noruega: Cavalos Roubados, de Hans Petter Moland

Palestina: O Paraíso Deve Ser Aqui, de Elia Suleiman

República Tcheca: O Pássaro Pintado, de Václav Marhoul

MOSTRA BRASIL

Cerca de 60 longas brasileiros serão exibidos na 43ª Mostra. Eles integram as seções Apresentação Especial, Competição Novos Diretores e Perspectiva Internacional. Os filmes que estão na Perspectiva Internacional são inéditos em São Paulo, assim como os da Competição Novos Diretores, que exibe títulos de cineastas que contam com até dois longas no currículo. Os filmes da competição concorrem ao Troféu Bandeira Paulista de Melhor Filme, dado pelo Júri Internacional da 43ª Mostra. Entretanto, todos os brasileiros da Perspectiva Internacional e da Competição Novos Diretores concorrem ao Prêmio do Público da Mostra, que inclui o Troféu Bandeira Paulista de Melhor Filme Brasileiro.

Debate após a exibição do filme “O Bravo Guerreiro” de Gustavo Dahl, na 42ª Mostra Internacional de Cinema/São Paulo, em outubro de 2018. Na foto, Ismail Xavier, Arthur Autran, Ana Maria Magalhães e Ana Paula Sousa. Crédito da foto: Claudio Pedroso/Agênciafoto.

Todos os diretores que tiveram títulos selecionados para a Mostra Brasil poderão inscrever um novo projeto para concorrer a um prêmio oferecido pelo Projeto Paradiso, uma iniciativa do Instituto Olga Rabinovich. A bolsa, no valor de R$30 mil, é destinada ao roteirista do projeto em fase de desenvolvimento e inclui ainda mentoria nacional, consultoria internacional e participação no Workshop Audience Design do TorinoFilmLab no Brasil. O anúncio do ganhador será feito no encerramento da Mostra.

Neste ano, o festival também promove sessões que serão seguidas de debates especiais com os respectivos diretores e/ou produtores, na própria sala, com duração de uma hora após a exibição. Os títulos que integram a série Encontros são: Depois a Louca Sou Eu, Diz a Ela que Me Ouviu Chorar, Irmãos Freitas, Passagens, Amazônia Sociedade Anônima e A Grande Muralha Verde.

Mais informações:

Site: www.mostra.org

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Twitter: @mostrasp

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