O chamamento público para a 12ª edição do Festival Hercule Florence começou na segunda-feira (11). Neste ano, o tradicional evento, que fortalece Campinas como o berço da fotografia, será entre fevereiro e março e contará com exposições, atividades formativas on-line e exposições, instalações e atividades de convivência em espaços públicos ao ar livre em diferentes regiões da cidade. Todas as informações estão no site www.herculeflorence.com.br.
A iniciativa, que tinha como proposta inicial, antes da pandemia, estabelecer a sede das suas ações no Serviço de Saúde Dr. Cândido Ferreira, optou por descentralizar as atividades para evitar aglomerações, além de transferir outras para o modelo on-line. “Este ano, sem dúvida, tem sido desafiador organizar um festival cujo objetivo é a troca de experiências. Porém, acreditamos que, no novo formato, muitas pessoas que não tinham acesso a esse tipo de arte agora terão. Inclusive, uma curadora portuguesa dará um curso diretamente de Braga, em Portugal, uma oportunidade incrível para quem puder participar”, explica a coordenadora artística e produtora executiva Ana Angélica Costa.
As inscrições para as duas primeiras atividades preventivas (cursos preparatórios para outras iniciativas do Festival) podem ser feitas até 24 de janeiro, por meio da plataforma Sympla. O custo é de R$150,00.
Chamamentos | O primeiro chamamento, de 11 de janeiro a 7 de fevereiro, será para uma mostra de foto filmes e vai selecionar os 10 melhores trabalhos inscritos, que serão exibidos simultaneamente no Youtube e em uma praça ao ar livre. No mesmo prazo, será realizado o segundo chamamento, que contempla exposições em espaços públicos de Campinas. “As instalações ao ar livre têm como objetivo levar as ações para diferentes bairros da cidade, promovendo o acesso à fotografia e à arte contemporânea para uma camada mais ampla da população campineira, aquela que não costuma frequentar museus. Além disso, o estímulo às exposições em praças públicas ao ar livre, ao desmistificar o lugar das exposições de fotografia e artes visuais, também contribui com a diminuição da possibilidade de contágio por coronavírus, em uma atitude responsável da organização”, conta Ana.
Já o terceiro chamamento, com inscrições entre 20 e 31 de janeiro, será para vídeos de relatos que contem a experiência de professores com o ensino da fotografia em sala de aula. “Não estamos só falando de aulas de arte, mas do uso da fotografia em qualquer disciplina ou atividade do ensino regular”, explica a coordenadora. Os materiais selecionados farão parte do webnário Quem olha, o que vê? – A fotografia e o audiovisual em ações educativas, uma parceria do Festival Hercule Florence com a Faculdade de Educação da Unicamp. O webnário será transmitido via YouTube nos dias 20 e 27 de fevereiro, das 14h às 19h.
Sobre o Festival | Criado em 2007, o Festival Hercule Florence tem como matriz a invenção isolada da fotografia no Brasil, feita em Campinas, em 1833, por Hercule Florence, considerado o pai da fotografia. Esse fato desencadeou na cidade atitudes fotográficas no percurso dos séculos. Dessa cultura fotográfica, nasceram os grupos de fotografia e o festival, a partir da criação da Semana Hercule Florence. Mais de 120 mil pessoas e 80 fotógrafos brasileiros e estrangeiros já participaram do evento ao longo dos anos.