Notícias sobre arte, cultura, turismo, gastronomia, lazer e sustentabilidade

Mostra leva acervo do MAM de São Paulo ao Instituto CPFL

Campinas, por Kleber Patricio

Tarsila do Amaral, Paisagem, 1948, óleo sobre papel sobre papelão. Coleção MAM São Paulo, doação Carlo Tamagni, 1967. Foto: Romulo Fialdini.

Entre 14 de setembro e 10 de dezembro, o Museu de Arte Moderna de São Paulo leva obras emblemáticas de seu acervo ao Instituto CPFL, em Campinas. Com curadoria de José Armando Pereira da Silva, a mostra, intitulada “Arte Moderna na Metrópole: 1947-1951 – Acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo” convida o público a conhecer a consolidação da cultura modernista brasileira. Originalmente programada para ter início em abril de 2020, a exposição foi adiada em razão da pandemia da Covid-19.

A seleção eleita por José Armando traz 45 obras do acervo do Museu, assinadas por Aldo Bonadei, Alfredo Volpi, Bruno Giorgi, Clóvis Graciano, Emiliano Di Cavalcanti, Emídio de Souza, José Antônio da Silva, Lívio Abramo, Lucia Suané, Mário Zanini, Mick Carnicelli, Oswaldo Goeldi, Paulo Rossi Osir, Raphael Galvez, Rebolo Gonsales, Roger Van Rogger, Sérgio Milliet, Tarsila do Amaral e Victor Brecheret. Trata-se de uma retrospectiva de exposições ocorridas na Galeria Domus, ponto de referência no cenário artístico paulistano da primeira metade do século XX.

O Brasil passava pelo processo de redemocratização e nova constituição depois de 15 anos de governo de Getúlio Vargas, e São Paulo se consolidava na condição de metrópole com dois milhões de habitantes – ambiente propício para o surgimento de polos culturais.

osé Antonio da Silva (Sales de Oliveira, SP, Brasil, 1909 – São Paulo, SP, Brasil, 1996) – “Procissão”, 1948 – óleo sobre tela – 36,4 x 46,9 x 4 cm.
Coleção MAM São Paulo, doação Carlo Tamagni, 1967. Foto: Romulo Fialdini

Um ano antes da inauguração do MAM, em 1947, nascia a Galeria Domus, espaço fundado pelo casal de imigrantes italianos Anna Maria Fiocca (1913–1994) e Pasquale Fiocca (1914–1994), cuja atuação contribuiu para impulsionar o mercado de arte moderna da época.

“Durante os cincos anos de funcionamento da galeria, o movimento artístico ganhou novas instâncias com a instalação do Museu de Arte de São Paulo, dos Museus de Arte Moderna no Rio e em São Paulo, da Bienal e dos Salões Paulista e Nacional de Arte Moderna. O panorama se diversificou com novas tendências. Esse dinamismo, que elevava alguns artistas da Domus para um nicho histórico, conduzia outros para o foco de debates”, explica o curador.

Gerente executiva do Instituto CPFL, Daniela Pagotto explica: “A arte é uma ferramenta de transformação de realidades, pois resgata a nossa identidade cultural e a nossa história. Vamos receber uma nova exposição, em parceria com o MAM São Paulo, para celebrar o centenário do modernismo no Brasil. Essa é uma importante programação para que a população da região metropolitana de Campinas visite as obras de grandes nomes deste movimento. Também teremos uma agenda de arte e educação voltada para atender escolas e grupos de visitas guiadas”.

Mário Zanini (São Paulo, SP, Brasil, 1907 – São Paulo, SP, Brasil, 1971) – “Rua de Angra dos Reis”, 1940 – óleo sobre tela, 68,3 x 52,3 x 3,5 cm. Coleção MAM São Paulo, doação Carlo Tamagni, 1967. Foto: Romulo Fialdini.

“O espírito moderno que predominava na década de 1940 foi decisivo para a fundação do MAM e, agora, por meio desta parceria com o Instituto CPFL, lançamos um olhar ao passado para refletir acerca da função dos museus e das instituições artísticas na atualidade. Para ampliar a experiência da exposição, o MAM Educativo realizará diversas atividades abertas ao público, iniciativa que reitera o compromisso pedagógico do Museu também em suas itinerâncias”, afirma Elizabeth Machado, presidente do MAM São Paulo.

Serviço:

Arte Moderna na Metrópole: 1947-1951 – Acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo

Curadoria: José Armando Pereira da Silva

Local: Galeria de Arte do Instituto CPFL

Realização: Museu de Arte Moderna de São Paulo

Endereço: Rua Jorge de Figueiredo Corrêa, 1632 – Chácara Primavera, Campinas

Período expositivo: 14 de setembro a 10 de dezembro de 2022

Horário de funcionamento: segunda a sexta-feira, das 9h às 18h; sábado e feriados: 10h às 16h; domingo – fechado

Agendamento de visitas: monitoriainstitutocpfl@gmail.com

Telefone: (19) 99818-4607 WhatsApp| (19) 3756-8000.

(Fonte: a4&holofote comunicação)