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OSMC celebra o Dia do Trabalhador com concerto na Concha Acústica do Taquaral

Campinas, por Kleber Patricio

O maestro convidado Eder Paolozzi. Foto: divulgação.

A Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas apresenta no dia 1º de Maio, Dia do Trabalhador, um concerto gratuito na Concha Acústica do Taquaral. O evento começa às 18h, com entrada pelo portão 3 da Lagoa. O maestro convidado é Eder Paolozzi, regente titular da Nova Orquestra e da Funk Orquestra. No repertório, obras de Carlos Gomes, clássicos, músicas românticas e seleção de sambas.

Este será o primeiro concerto do ano da Orquestra na Concha. O último foi o de Natal. O maestro convidado Eder Paolozzi também já regeu a Orquestra Sinfônica de Campinas em 2019, no concerto em homenagem ao Mês da Consciência Negra com a participação do rapper Criolo e o lendário sambista Nelson Sargento.

O concerto se inicia com a “Abertura da Ópera Fosca”, uma das mais importantes obras de Carlos Gomes. “Fosca” é a segunda ópera de Gomes, quando apresentada no Teatro alla Scala de Milão fez tanto sucesso que teve quinze recitais. Esta obra, de 1873, foi dedicada ao seu irmão José Pedro de Sant’Anna Gomes.

A apresentação segue com as ‘Danças Polovetsianas’, da ‘Ópera do Príncipe Igor’, do compositor Aleksandr Borodin. Ele, como tantos outros compositores, tornou-se conhecido do grande público por adaptações de suas obras para canções populares. Os norte-americanos Robert Wright e George Forrest adaptaram a “Dança Deslizante das Donzelas” desta ópera em “Stranger in Paradise” para o musical Kismet, canção esta que teve muito sucesso na voz de Tony Bennett.

Na sequência, será a vez das ‘Danças Eslavas’ de Antonin Dvorák, que trazem os ritmos das músicas folclóricas da Morávia e da Boêmia, sua terra natal. Para alguns críticos, sua obra é a mais completa recriação de uma linguagem nacional no estilo sinfônico tradicional.

As ‘Danças Húngaras’ de Johannes Brahms acompanham o compasso da alegria e são baseadas em temas húngaros concluídos em 1879. As ‘Danças’ estão entre as obras mais populares de Brahms e foram as mais lucrativas para o compositor.

No programa também consta uma das valsas mais ouvidas no mundo: a famosa “Danúbio Azul”, de Johann Strauss II. O compositor entrou para a história da música clássica como o “Rei da Valsa”. Sua fama sobreviveu ao tempo. Ainda hoje é lembrado pelos acordes de “No Belo Danúbio Azul”, usados na trilha sonora do clássico do cinema “2001 – Uma Odisséia no Espaço” (1968), filme de Stanley Kubrick (1928-1999), um dos maiores diretores do mundo.

A “Marcha Radetzky” (que é de Johann Strauss I, pai de Strauss II) também está no repertório. Ela foi composta e dedicada ao Marechal de Campo Joseph Radetzky von Radetz. Foi apresentada pela primeira vez em 31 de agosto de 1848 em Viena e logo se tornou popular entre os soldados em marcha.

As obras do compositor e arranjador brasileiro, Cyro Pereira, também serão apresentadas a partir de temas de Tom Jobim: as ‘Jobinianas’ e também as fantasias sobre obras de Luiz Gonzaga em sua ‘Gonzaguianas’. Cyro Pereira foi o maestro dos famosos Festivais da Record e cofundador da Jazz Sinfônica.

Para encerrar, a ‘Seleção 3 Sambas’, com arranjo do maestro e compositor brasileiro Luiz Arruda Paes. Destaque para os sambas ‘Marina’, de Dorival Caymmi; ‘Samba de Verão’, de Marcos Valle e ‘Aquarela do Brasil’, de Ary Barroso.

Serviço:

Concerto 1º de Maio – Dia do Trabalhador

Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas

Concha Acústica do Taquaral

Av. Heitor Penteado, s/nº – Campinas (SP)

Entrada pelo Portão 3

18 horas

Gratuito

Regente – Eder Paolozzi

Programa

Carlos Gomes

Abertura “Fosca”

Aleksandr Borodin

Danças Polovetsianas n⁰ 17

Antonin Dvorak

Danças Eslavas, Op. 46 – n⁰ 1 e 8

Johannes Brahms

Danças Húngaras nº 1 e 5

Johann Strauss II

Danúbio Azul

Johann Strauss II

Pizzicato Polka

Johann Strauss I

Radetzky March

Cyro Pereira

Jobiniana

Cyro Pereira

Gonzaguiana

Arruda Paes

Seleção 3 Sambas

Sobre Eder Paolozzi

Eder Paolozzi é um dos protagonistas do cenário de renovação da música clássica no Brasil. Ele é regente titular da Nova Orquestra e da Funk Orquestra.

Estudou regência em Milão no prestigiado Conservatório Giuseppe Verdi, e violino no Trinity Laban Conservatory of Music and Dance, em Londres. No Brasil, estudou regência com Isaac Karabtchevsky.

Em 2014, ganhou prêmio no Festival Música Riva na Itália e foi convidado a reger a Orquestra Sinfônica da Armênia, em Yerevan.

No Brasil, esteve à frente da Orquestra Sinfônica Cesgranrio, como diretor artístico e regente titular. Também atuou como regente convidado em algumas das principais orquestras do país, como a Orquestra Petrobras Sinfônica, Orquestra Sinfônica da Bahia, Orquestra Sinfônica do Recife e Orquestra Sinfônica de Porto Alegre.

(Fonte: Secretaria de Comunicação | Prefeitura de Campinas)