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Peça “Alaska” faz curta-temporada no Centro Cultural São Paulo

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: André Nicolau.

Escrita pela dramaturga estadunidense Cindy Lou Johnson, o drama “Alaska” ganha montagem inédita no Brasil sob direção de Rodrigo Pandolfo, que também está em cena ao lado de Louise D’Tuani. O espetáculo entra em cartaz no Centro Cultural São Paulo (Espaço Ademar Guerra) dia 10 de março, quinta-feira, 21h, em uma temporada curta até 27 de março de 2022.

A peça se passa no estado do Alaska. Enquanto uma nevasca cai do lado de fora, Henry (Rodrigo Pandolfo), uma figura solitária, é surpreendido por uma insistente batida na porta de sua cabana. Trata-se de uma visita desconhecida: Rosannah Deluce (Louise D’Tuani), uma jovem vestida de noiva que, após dirigir ininterruptamente por semanas, entra e se instala no local.

Segundo Pandolfo, trata-se de uma peça sobre cura. Sobre dois personagens que estão congelados pelos seus traumas a ponto de procurarem alguma forma de isolamento que os prive de viver em sociedade.  Ambos estão feridos pela cruel montanha russa da vida, fugindo de relacionamentos, compromissos, responsabilidades e, se possível, de qualquer outro contato humano. Eles se veem presos no mesmo espaço-tempo, longe de tudo e de todos, sendo obrigados a conviver com suas verdades para, quem sabe assim, alcançarem essa possível cura.

“Neste lugar solitário e gelado, eles vão se desvendando e se aproximando. Eles se afetam, numa relação de atração e repulsa”, conta Pandolfo. O diretor reforça que a relação do casal se passa em um tempo-espaço que não fica bem definido, podendo também servir como metáfora para esse encontro profundo que pode resultar na salvação do casal.

O cenário da peça exibe um chão coberto de neve, um tronco de madeira, um fogão e um baú. É neste lugar fumacento, quase onírico, que Henry e Rosannah acessam memórias, lembranças e também confusões sobre os motivos pelos quais foram traumatizados. “No texto há referências sobre um apagão branco, sobre a queda da neve, sobre um céu da mesma cor que o chão, dando a impressão de que as personagens voam, mas que ao mesmo tempo são atingidas pela gravidade e caem no chão gelado. Esse apagão branco pode ser lido como a paralisação em que eles se encontram”, diz Pandolfo.

O artista conta que é essa é primeira vez que dirige e atua num mesmo espetáculo. “A experiência está sendo ótima, mas também muito desafiadora – para ter essa visão do todo, me envolvo em dois tipos de ensaio: o ensaio para direção e outro para atuação”, conclui.

Sobre Rodrigo Pandolfo

Rodrigo Pandolfo é ator e diretor com formação técnica em Artes Cênicas pela CAL (Casa de Artes de Laranjeiras) e Graduado em Artes Dramáticas pela UniverCidade, na cidade do Rio de Janeiro.

No teatro, como ator, esteve em “Pi – Panorâmica Insana”, dirigido por Bia Lessa, “Concerto para João”, dirigido por Cassio Scapin, “Céus”, dirigido por Aderbal Freire Filho, “Galileu Galilei”, dirigido por Cibele Forjaz. “R&J, de Shakespeare ”, dirigido por João Fonseca, com o qual foi indicado ao Prêmio APTR e ganhou o Prêmio Ítalo Rossi de Melhor Ator, e “O Despertar da Primavera – O Musical”, dirigido por Charles Moeller e Cláudio Botelho, com o qual foi indicado aos Prêmios Shell e Arte Qualidade Brasil de Melhor Ator e ganhou o Prêmio APTR de Melhor Ator Coadjuvante. Também atuou em “Cine-Teatro Limite”, dirigido por Pedro Brício e Sergio Módena, com o qual foi indicado aos Prêmios Shell e APTR de Melhor Ator. Como diretor, assinou o espetáculo “A Moça da Cidade” e foi assistente de direção de “As Bruxas de Salém”, com direção de Antônio Abujamra e João Fonseca.

No cinema, integrou o elenco de “Chacrinha – O Velho Guerreiro”, “João, O Maestro”, “Minha Mãe é uma Peça 1, 2 e 3”, “Elis – O Filme”, “Faroeste Caboclo” e “O Concurso”. Em televisão, seus últimos trabalhos foram as séries “Verdades Secretas II”, “Vítimas Digitais”, da GNT, “Samantha”, da Netflix, “Rua Augusta”, da TNT, “Prata da Casa”, da Fox, “A Menina sem Qualidades”, da MTV, “Junto e Misturado”, da Tv Globo e as novelas: “Geração Brasil” e “Cheias de Charme”.

Sobre Louise D’Tuani

Louise D’Tuani é uma atriz formada em Cinema pela universidade Estácio de Sá. Na televisão, integrou os elencos de “Rock Story”, “Em Família”, “Malhação”, “Máscaras”, “Ribeirão do Tempo”, “Promessas de Amor”, “Mutantes – Caminhos do Coração”, “Luz do Sol” e “Prova de Amor”. Também participou das séries “Magnífica 70”, “Questão de Família”, “O Perrengue” e “Shippados”. No cinema, está no elenco de “Kardec” e “Velha roupa colorida”; no teatro, integrou os elencos de “O rei do mundo”, “A minha primeira vez” e “Confissões de Adolescente”.

FICHA TÉCNICA

Autor: Cindy Lou Johnson

Título Original: Brilliant Traces

Tradução: Luiza Vilela

Direção: Rodrigo Pandolfo

Elenco: Louise D’tuani e Rodrigo Pandolfo

Contrarregragem Performática: Gabs Ambròzia e Canafístula Lima

Assistente de Direção: Rael Barja

Preparação Corporal: Ana Paula Lopez

Cenografia: Miguel Pinto Guimarães

Desenho de Luz: Wagner Antonio

Figurinos: Jay Boggo

Trilha Sonora: Azullllllll

Operador de Luz: Dimitri Luppi

Operadora de Som: Jéssica Silva e Alírio Assunção

Cenotécnico: Bruno Portela

Fotografias: Patrícia Cividanes e André Nicolau

Identidade Visual: Patrícia Cividanes

Assessoria de Imprensa: Equipe D Comunicação – Berê Biachi e Canal Aberto – Márcia Marques

Produção: Corpo Rastreado – Leo Devitto

Administração: Os Satyros.

Serviço:

“Alaska”

De 10 a 27 de março de 2022, quinta a sábado, às 21 horas; e domingo, às 20h

Duração: 60 minutos

Classificação 14 anos

Local: CCSP – Centro Cultural São Paulo – Espaço Ademar Guerra – Porão – Rua Vergueiro, 1000 – Paraíso, São Paulo – SP

Entrada gratuita – Bilheteria abre 1 hora antes da sessão

70 lugares

A entrada no CCSP só será autorizada mediante uso correto de máscara e apresentação de carteirinha de vacinação contra Covid-19 atualizada.

(Fonte: Canal Aberto Assessoria de Imprensa)