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Dia da Imigração Italiana: como celebrar a data e se conectar com essas origens sem sair de casa

Brasil, por Kleber Patricio

Imagem de Maite Rodríguez por Pixabay.

A maioria de nós já ouviu falar sobre as histórias dos nossos antepassados: como vieram ao Brasil, quais suas tradições, a característica mais marcante do seu povo. E você sabia que no dia 21 de fevereiro é celebrado o Dia do Imigrante Italiano? Instituída em 2008 para homenagear o maior movimento migratório internacional da história do país, a data remete à chegada do navio La Sofia em Vitória (ES), em 1874 – o que marca o início do processo de migração em massa de italianos para cá.

Segundo testes de ancestralidade realizados até agora pelo meuDNA, o brasileiro é formado por uma composição genética 61% europeia (principalmente da Península Ibérica – formada por Portugal e Espanha; seguido pelo Sul e Norte da Itália); 20,5% africana (dominada pelos países do oeste do continente, como Angola, Nigéria, Gâmbia, Gabão e Benin); 13,2% asiática (com predominância da costa leste formada por Japão e pelas Coreias) e, por fim, 5,3% americana (das nações nativas do sul).

Imagem de hikersbay por Pixabay.

Essa é a conclusão de um levantamento realizado pela healthtech, que atua com mapeamento genético e que disponibilizou ao mercado brasileiro o Teste de Ancestralidade para que as pessoas possam responder com mais conhecimento de onde elas vieram. Ele identifica as variações genéticas espalhadas pelo DNA de cada pessoa e compara com as variações características de diferentes povos e informações catalogadas em um extenso banco de dados. Nele, são consideradas 88 populações ao redor do mundo, em uma possibilidade do usuário experienciar a jornada do seu DNA até oito gerações anteriores – o equivalente aos bisavós dos tataravós.

Seja lá a porcentagem a mais ou a menos que você tem de antepassados italianos por conta da miscigenação do País, explorar o passado e a cultura dessa nação pode ser um bom passatempo para ocupar a mente e a agenda em tempos de pandemia e isolamento social. Confira abaixo nossas dicas remotas abaixo para se conectar com as suas origens sem sair de casa:

Imagem de Pexels por Pixabay.

Explore o Coliseu, a Catedral de Milão, a Torre de Pisa e o Museu Galileu | Desbrave o país virtualmente por meio da plataforma do Google Arts & Culture, em que é possível fazer uma visita online em imagens 360º em todos esses cartões postais italianos. Apenas um clique te separa do Coliseu, da Catedral de Milão, da Torre de Pisa e do Museu Galileu.

Prepare pratos típicos e aproveite para entender melhor o conceito de Slow Food | Em São Paulo, trattorias, osterias e cantinas italianas são pontos muito queridos pelos paulistanos. Comer uma boa massa, pizza, cannoli ou degustar um simples pão italiano com vinho de altíssima qualidade chegou a ser a forma preferida de se aproximar da cultura de uma das nações europeias que mais influenciou o estilo de vida do nosso país. Mas a culinária da Itália vai ainda além.

Experimente preparar com a família uma receita de Chiacchiere, pequenos doces de massa frita típicos na época de Carnaval e presentes no cotidiano da nação desde os tempos do Império Romano. Invista também no Arancini, bolinhos de arroz no estilo italiano ou, ainda, em uma receita caseira de Gelato – uma sobremesa congelada que nos remete ao sorvete, mas que, por essência, é servida em temperaturas ainda mais elevadas. Ele pode ser feito apenas de fruta (sorbet) ou à base de leite, mas sempre com ingredientes naturais e de preferência provenientes de pequenos produtores. E isso se conecta ao próximo ponto: você sabia que foi em Roma que nasceu a iniciativa Slow Food, hoje conhecida no mundo inteiro? O movimento visa aumentar a qualidade alimentar por meio dos princípios “bom, limpo e justo” para os consumidores, produtores e para o planeta. Vale também usar o tempo livre para pesquisar e se informar um pouco mais sobre esse princípio que vem ganhando cada vez mais adeptos no Brasil.

Foto: BernzBernz/Wikipedia.

Desbrave as obras da escritora italiana Elena Ferrante | Pode ser que você já tenha ouvido falar sobre ela, mas possivelmente você nunca a viu. Isso porque, na mesma medida em que Elena Ferrante é um sucesso, ela também é um mistério – seu nome é um pseudônimo que assina títulos que alcançaram sucesso editorial mundial, como é o caso da Série Napolitana de ficção, composta por quatro livros. Elena é considerada uma das autoras contemporâneas vivas mais importantes. Traduzidos para o português, os títulos dessa sequência (em ordem) são: A amiga genial, História do novo sobrenome, História de quem foge e de quem fica e História da menina Perdida. O enredo passa em Nápoles e contam a história de duas amigas (sendo uma delas a narradora Elena). Em um cenário pós-guerra e em uma vizinhança humilde elas constroem laços longe do clichê romantizado.

Desfrute o ócio criativo | Para finalizar, foi um sociólogo italiano, Domenico di Masi, que introduziu o conceito do ócio criativo, em um texto dos anos 2000. De maneira bem simplista, o que ele prega é a estruturação das atividades humanas em uma combinação equilibrada entre trabalho, estudo e lazer, o que lembra bastante o que vivenciamos nesse isolamento social, no qual a casa é o centro de tudo. Se quiser conhecer, O Ócio Criativo também é o nome do livro mais conhecido do sociólogo.