O desmatamento na Amazônia cresceu 34% de agosto de 2019 a julho de 2020 em comparação com o mesmo período anterior, segundo as informações provenientes do Deter, programa do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). O valor total da área desmatada entre agosto de 2018 e julho de 2019 já havia sido superado este ano no início de junho.
Os dados do mês de julho de 2020 revelam uma destruição no bioma considerável – são mais de 1500 km² devastados em 30 dias. De fato, estamos perdendo, aos poucos, nossa biodiversidade e, se continuarmos nesse ritmo, corremos grande risco de zerarmos nossa maior reserva natural do mundo, que exerce grande influência na regulação climática mundial.
Já no pantanal, áreas queimadas ultrapassam dois milhões de hectares – tamanho referente a 10 vezes as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro juntas.
Por isso é de extrema importância reforçar e promover ações que visem o meio ambiente e traga conscientização a todos. O Dia da Natureza (4 de outubro) tem servido justamente para fazer com que possamos mudar nossos pensamentos, hábitos e consumos, tanto dentro de casa, quanto em um ambiente organizacional. Uma boa maneira para começar a diminuir os impactos negativos na natureza é plantando uma árvore.
Além disso, outras medidas podem ser tomadas, como:
– Separar adequadamente o lixo. Dessa forma, é possível que a coleta seletiva recolha os resíduos e faça a reciclagem. Caso a coleta não esteja disponível no local em que você mora, basta entregar em cooperativas;
– Desperdiçar menos água com banhos demorados;
– Evitar o consumo excessivo de carne, pois a produção causa vários danos ambientais, inclusive o gasto excessivo de água;
– Optar por produtos produzidos por meio da agricultura orgânica, que são livres de agrotóxicos;
– Prefira não utilizar automóveis. Dê preferência a bicicletas, transporte público ou até mesmo a uma caminhada;
– Compre produtos de empresas que estão envolvidas com programas de responsabilidade socioambiental.
É preciso pensar no futuro, principalmente aquele que queremos deixar para a próxima geração, e preservar a riqueza de recursos que temos hoje para não faltar amanhã.
Fonte: Marcus Nakagawa é professor da ESPM; coordenador do Centro ESPM de Desenvolvimento Socioambiental (CEDS); idealizador e conselheiro da Abraps (Associação Brasileira dos Profissionais de Sustentabilidade) e palestrante sobre sustentabilidade, empreendedorismo e estilo de vida. Vencedor do Prêmio Jabuti 2019/Economia Criativa com o livro 101 Dias com Ações Mais Sustentáveis para Mudar o Mundo e coautor dos livros Marketing para Ambientes Disruptivos e Nosso mundo: não temos plano B. www.marcusnakagawa.com.