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Projeto Conexão Araucária anuncia restauração ecológica de 190 ha de vegetação nativa no Sul do País

Piraí do Sul, por Kleber Patricio

Plantio de mudas. Fotos: divulgação/SPVS.

O projeto Conexão Araucária anuncia a restauração ecológica de mais de 190 hectares de vegetação na região Sul do País. Desenvolvido pela Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), a iniciativa conta com financiamento do BNDES e Japan Tobacco International (JTI) para recuperar 335 hectares de Mata Atlântica na Floresta com Araucária remanescentes, dividida em quatro etapas de execução pré-estabelecidas, das quais duas já foram concluídas.

A parceria entre as instituições deu início ao projeto de conservação no ano de 2017 e já promoveu a restauração de uma área total equivalente a 238 campos de futebol. Na primeira etapa, foram recuperados 46 hectares na Floresta Nacional de Piraí do Sul, no Paraná. “Com a conclusão da segunda etapa do projeto, no primeiro semestre de 2021, já foram recuperados cerca de240 hectares, incluindo o Parque Ambiental Salto da Pedreira e áreas de preservação permanente (APPs) nas propriedades de produtores integrados da JTI”, afirma Alessandra Xavier, técnica em conservação da SPVS.

Nas propriedades rurais aconteceram mobilizações com produtores integrados da JTI para apresentar o projeto e convidá-los a participar. A equipe técnica da SPVS visitou as áreas e identificou em quais propriedades foi necessário restaurar e adequar à legislação ambiental.

Monitoramento das áreas.

“Somente nas Áreas de Preservação Permanente dentro das propriedades dos produtores integrados, atingimos a marca de cerca de 180 hectares recuperados. O produtor recebeu todo o apoio para a restauração da APPs, desde material de cerca e mudas, até a execução das atividades de plantio de mudas e cercamento”, afirma Clayton Kuiawa, supervisor de Agronomia da JTI.

A restauração ecológica promove diversos benefícios ao meio ambiente e às populações que circundam as áreas recuperadas, como, por exemplo, a formação de pequenos corredores ecológicos para que animais silvestres possam circular livremente, regulação dos serviços ecossistêmicos e melhoria na qualidade e quantidade de água nas nascentes, córregos e riachos. “Com o plantio de mudas, inclusive com espécies que hoje são raras e ameaçadas de extinção, iniciamos o processo de recuperação da vegetação nativa e, em algumas áreas, já é possível observar uma melhora significativa na restauração da biodiversidade e no fluir das nascentes”, afirma Vitória Yamada, coordenadora do projeto.

Conexão com a sustentabilidade | A conservação e recuperação da biodiversidade é um assunto de grande importância em todo o mundo. Para a JTI, a sustentabilidade é um de seus pilares de atuação e está diretamente conectado à cadeia do tabaco. “Até o momento, restauramos 161 áreas de preservação permanentes nas propriedades de produtores integrados da JTI. Isso representa 19 mil metros lineares de cerca e mais de 92 mil mudas nativas”, afirma Kuiawa.

Proprietário Pedro Micalski e técnica do Projeto Conexão Araucária.

Áreas onde a biodiversidade é preservada se diferenciam por desenvolver proteção natural maior em relação a pragas e enriquecendo o solo, melhorando a qualidade da produção do tabaco.

Próximos passos | Para as duas próximas etapas do Conexão Araucária está prevista a restauração ecológica de 95 hectares de Mata Atlântica, sendo 75 na Reserva Particular do Patrimônio Natural Meia Lua, no município de Ponta Grossa/PR, com início em outubro, e mais 20 hectares serão restaurados em APPs em propriedades de produtores integrados da JTI.

“Para isso, nossos técnicos de agronomia estão buscando novos interessados em participar do projeto. Além dos benefícios ecológicos, que se refletem num futuro melhor para as futuras gerações, o produtor ainda recebe um documento com o qual o proprietário pode regularizar a situação das APPs no órgão ambiental”, afirma Clayton.

Sobre a SPVS | A Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) que há mais de 36 anos desenvolve projetos inovadores na área de conservação da natureza. As iniciativas desenvolvidas pela SPVS têm por estratégia garantir que investimentos e esforços sejam direcionados para ações prioritárias e efetivas que consistam na manutenção do patrimônio natural brasileiro.