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SAAE Indaiatuba participa de projeto piloto de remoção de fósforo no tratamento de efluentes

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Laboratório onde estão sendo realizados os testes de efluentes. Fotos: divulgação.

O Serviço Autônomo de Água e Esgotos (SAAE) de Indaiatuba vem participando nos últimos meses, de um projeto inovador na remoção de fósforo no tratamento de efluentes na Estação de Tratamento de Esgotos Mário Araldo Candello (ETE MAC).

Desenvolvido pela empresa BRTech Soluções Tecnológicas em parceria com a Universidade Federal de São Carlos e Universidade Federal do ABC, o projeto contempla o desenvolvimento de um produto à base de argila e compostos químicos que prometem remover até 97% de fosfato presente nos efluentes. A pesquisa é supervisionada pela Dra. Flávia Camargo Alves Figueiredo e também conta com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

O produto é aplicado na etapa final de tratamento do efluente, tendo como resultado um composto rico em fósforo e nitrogênio que poderá ser utilizado de acordo com a atual legislação, permitido para uso em cultivos agrícolas e florestais na condição de fertilizante orgânico, como condicionador de solo ou substrato para plantas ou ainda como matéria prima na produção desses insumos e sua utilização segura na agricultura. “Os resultados obtidos até agora são promissores. Fico feliz que a nossa ETE MAC esteja contribuindo para este importante projeto”, comenta o superintendente do SAAE, engº Pedro Claudio Salla.

A Agência das Bacias Hidrográficas do Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), que engloba a região de Indaiatuba, evidenciou em seu Plano de Bacias a necessidade da inclusão dos parâmetros Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), Oxigênio Dissolvido (OD), nitrogênio, fósforo e coliformes termotolerantes para a adequação da qualidade das águas dos recursos hídricos das Bacias PCJ ao uso atualmente demandado e à preservação da vida aquática. Os parâmetros fósforo total e coliformes termotolerantes serão destaque na próxima revisão de metas da Agência, o que evidencia a necessidade de que os municípios tenham um tratamento adequado para a remoção de nutrientes.

“O lançamento de esgotos em corpos aquáticos ocasiona a degradação dos recursos hídricos, incluindo o enriquecimento em fósforo e consequente poluição de tais ambientes, tendo como consequência o crescimento de algas, que em algumas ocasiões, podem ser tóxicas. Tal cenário compromete os usos de rios, lagos e reservatórios, com consequências danosas para a vida aquática, saúde humana e manutenção das atividades econômicas”, conclui a Dra. Flávia Figueiredo.

(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)