“O Terceiro Setor tem um papel importante no desenvolvimento social. Quanto mais oportunidades são difundidas, mais pessoas conseguem melhor se estabelecer dentro da economia, ajudando o sistema a girar mais rápido” – é o que defende Leonardo Coelho, CEO do Instituto BH Futuro.
De acordo com uma pesquisa da Markstein, 70% dos consumidores se dizem interessados em saber o que as marcas estão desenvolvendo como ações de responsabilidade social e ambiental. “Para os consumidores, com cada vez mais acesso a diferentes informações, está cada dia mais nítido o interesse nos gastos das instituições que apoiam”, avalia.
Na mesma pesquisa, 44% dos consumidores entrevistados disseram estar dispostos a pagar mais caro por produtos e serviços se tal acréscimo resultar na manutenção contínua dos projetos sociais e ambientais das empresas. “O consumidor na era pós-pandemia é cada vez mais crítico. Houve um crescimento muito grande das plataformas digitais, aliado ao surgimento de novos canais de informação e fortalecimento de influencers. Com esse grande fluxo de conteúdo, é normal buscar estar próximo ao tipo de ideia que se apoia. Isso também é normal em relação ao consumo, onde os compradores buscam marcas aliadas de seus ideais”, reflete Leonardo.
Para ele, nesse cenário de alto crescimento digital e de aumento crítico do consumidor, projetos sociais se fazem indispensáveis para o ‘mindset’ das empresas. “Avalie, se um projeto favorece o crescimento social e econômico, o consumidor está ligado em quem apoia projetos e a economia ganha com isso, por que não investir? – É uma conta simples”, pontua o gestor.
Ainda de acordo com a pesquisa da Markstein, 74% dos consumidores disseram que grandes empresas que realizam ações sociais têm a autopromoção como primeiro objetivo. Além disso, 73% afirmaram acreditar que tais programas são desenvolvidos para compensar os danos que as mesmas corporações causam. “Existe uma relação de causa e efeito. Seja qual for a motivação da companhia, o efeito imediato é o crescimento social dos atendidos pelo projeto. Claro, o ideal seria que as motivações fossem sempre puras. Porém, o Terceiro Setor precisará de mais investimento em 2021. A pandemia esgotou recursos e é necessário promovermos um crescimento igualitário da sociedade, pensando em um futuro mais forte”, conclui.