Relatório executivo do Instituto Alana realizado em cooperação com a Unesco traz análise de políticas públicas e ferramentas para apoiar gestores, diretores e comunidades escolares
São Paulo
Alcançar a equidade de gênero no mercado de trabalho da ciência e da tecnologia, assim como em outros setores da sociedade, ainda exige um grande esforço e compromisso coletivo. No Brasil, as mulheres representam mais da metade da população (51,5%), mas ainda são minoria nos postos de trabalho formais, com apenas 39% presentes no setor da tecnologia.
Essa disparidade é ainda mais evidente quando se observa a participação das mulheres negras na área, que correspondem a apenas 11,5% do percentual de contratações, conforme dados do relatório mais recente disponibilizado pela Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais (Brasscom).
O documentário “CIBERNÉTICAS”, dirigido por Graziela Mantoanelli, é um exemplo de iniciativa que surge em um contexto de mobilização por mais projetos e iniciativas culturais que visibilizem e promovam a presença de mulheres em setores ainda subrepresentados. Produzido pela Deusdará Filmes com patrocínio da Unisys, o filme apresenta a trajetória de diferentes mulheres no mercado da tecnologia, além de encorajar a chegada de novos talentos femininos no setor.
“As mulheres são responsáveis por grandes contribuições na área da tecnologia e algumas das invenções mais importantes no mundo sem incentivo algum. Imagine se elas fossem incentivadas”, destaca a diretora Graziela Mantoanelli. “E o documentário é uma ferramenta potente de diálogo social que permite nos lançar em reflexões mais profundas e complexas sobre diferentes temas”, complementa.
O filme já coleciona nominações em 11 festivais nacionais e internacionais, com premiações de melhor documentário no alemão Berlin Indie Film Festival, no espanhol After Life Film Festival e no indiano 2 11 17 International Film Festival. Mais de 220 mil pessoas foram impactadas no primeiro ano de lançamento.
Tarefa pendente
São inúmeras as pesquisas que revelam e escancaram a invisibilidade feminina em diversas áreas. Em geral, as mulheres na ciência, tecnologia, engenharia e matemática publicam menos, recebem salários menores e não progridem tanto quanto os homens em suas carreiras, já avaliou o Instituto de Estatística da Unesco. “Ainda que a igualdade de gênero esteja consagrada no Direito Internacional desde 1948, apesar de décadas de ativismo e de ter um Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU dedicado especificamente a ela, a igualdade de gênero permanece sendo ‘a tarefa pendente de nosso tempo’”, comenta Helen Silvester, diretora regional do British Council nas Américas, em relatório produzido em parceria com a Unesco.
Um dos setores críticos desse universo é o de inteligência artificial, que vive uma rápida expansão, mas que, segundo a ONU em 2018, as mulheres representavam apenas 22% dos profissionais que trabalhavam na área em todo o mundo. “Esta lacuna é visível em todos os 20 principais países com maior concentração de funcionários de IA e é particularmente evidente na Argentina, Brasil, Alemanha, México e Polônia, onde menos de 18% das mulheres profissionais possuem competências em IA”, explica a Unesco.
Em relação à iniciativa privada, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU e as estratégias ESG têm mobilizado empresas e incentivadores culturais a buscarem caminhos de aproximação e engajamento com processos de transformação social em torno da temática. “Na jornada da transformação tecnológica, a equidade de gênero é a chave para desbloquear o potencial máximo da inovação. Na Unisys, acreditamos que as empresas têm o poder e a responsabilidade de criar um ambiente inclusivo, onde todas as vozes são ouvidas e valorizadas. Ao apoiar iniciativas como o documentário ‘Cibernéticas’, estamos comprometidos em catalisar a mudança e capacitar as mulheres a liderarem e moldarem o futuro da tecnologia”, diz Aildes Monteiro, Project Manager na Unisys.
#PorMaisMulheresNaTecnologia
Mais do que um documentário, “CIBERNÉTICAS” também é um projeto expandido que engloba conteúdos para aprofundar a temática do filme e conhecer a contribuição de mulheres na tecnologia. O projeto é composto por uma temporada completa de cinco episódios do DD CAST, podcast da produtora Deusdará e parte das ações educativas integradas ao projeto.
“Quando falo sobre esse assunto específico da tecnologia em CIBERNÉTICAS, desejo que as mulheres que entrem em contato com os conteúdos produzidos possam se enxergar ali, entender que as barreiras existem, mas que todas nós podemos uma fortalecer a outra e reivindicar nossos espaços”, destaca a diretora.
Além de explorar as dificuldades do setor para o público feminino e o papel da educação na formação das profissionais do futuro, a iniciativa também incide contra o chamado Efeito Matilda, fenômeno social em que a contribuição das mulheres na ciência e na tecnologia é ignorada ou minimizada. “Não deveria haver essa diferença de que mulher não gosta de computação e de tecnologia. Se você for pensar no passado e no início da computação, a primeira programadora foi uma mulher”, comenta Ana Carolina Salgado, diretora de planejamento de programas especiais da Sociedade Brasileira de Computação e uma das entrevistadas do segundo episódio do podcast do filme, presente nas principais plataformas de áudio.
Disponível na Globoplay, o documentário também já impactou mais de 500 estudantes e educadores em exibições e debates gratuitos em escolas públicas e privadas de todo o país, por meio da plataforma Doc Station Play, que facilita a mediação cultural em instituições de ensino. “A gente precisa formar as crianças desde cedo, porque só tendo essa diversidade de olhares é que vamos conseguir minimizar um pouco do impacto social da computação e da tecnologia que está sendo feita principalmente por pessoas brancas, homens e geralmente héteros”, enfatiza ao longo do filme Soraya Roberta, doutoranda em Ciência da Computação e uma das personagens principais do documentário. Saiba mais.
Sobre Graziela Mantoanelli | Diretora executiva da Deusdará Filmes, Graziela Mantoanelli dirigiu “De peito aberto” (2019) e “Apurando o olhar” (2018). Cocriou e atuou em “Comer o quê?” (2015) e “Igual” (2016). Como produtora executiva, realizou quatro temporadas do programa “Idade Mídia”, para o Canal Futura, os filmes “À distância” (2015), “Prazeres & pecados” e “Ódio” (2013). Como atriz, trabalhou durante 10 anos com teatro documental e intervenções urbanas, como criadora-intérprete do grupo OPOVOEMPÉ, conquistando importantes prêmios e atuando internacionalmente. É mestre em saúde pública pela Universidade de São Paulo.
Sobre Doc Station Play | Plataforma de streaming especializada em documentários, possui um programa educativo chamado EducaDoc, que realiza circuitos educativos a partir de uma curadoria de documentários de seu catálogo. Também atende demandas por exibição gratuita em ambiente escolar ou comunitário sem finalidade comercial, além de facilitar e fazer a mediação cultural dos filmes em escolas de todo o Brasil.
Sobre a Deusdará Filmes | Produtora audiovisual especializada em documentários, a Deusdará cria, desde 2007, conteúdos transformadores para todas as plataformas. Realiza filmes, séries e programas de TV próprios e em parceria com agentes da indústria criativa, organizações sociais e empresas. Comunica a partir de narrativas inclusivas, compromisso ético com a justiça social e a diversidade.
(Fonte: Golin Brasil)
Na próxima sexta-feira (22) às 15h acontece a oficina de jongo “Raízes que chamam”, no Centro de Referência em Atenção à Pessoa com Deficiência (Centro PcD). O evento é realizado por meio da lei de incentivo Paulo Gustavo e conta com o apoio da Prefeitura de Indaiatuba por meio da Secretaria da Cultura. A entrada é gratuita e a oficina é aberta ao público.
O objetivo é levar a experiência do jongo de forma inclusiva de forma a que todos que participarem tenham o conhecimento da ancestralidade da prática e vivenciem a cultura afro-brasileira. Na cidade, quem representa esta dança é o grupo Filhos da Semente, com a mestre Jociara Souza, filha de mestre que trouxe o jongo de Barra do Piraí, interior do Rio de Janeiro no Vale do Café.
Sobre o Jongo | O Jongo é uma manifestação cultural popular afro-brasileira reconhecida como patrimônio imaterial pelo Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Serviço:
“Raízes que chamam”
Data: 22 de março de 2024
Horário: 15h
Local: Centro de Referência em Atenção à Pessoa com Deficiência – Rua da Caixa D’água, 162 (Jardim Santa Cruz – Indaiatuba/SP)
(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)
O Projeto USHAN apresenta o espetáculo “Ao redor da Lua” no dia 19 de março de 2024 (terça-feira), às 20h, no Centro da Terra, em Perdizes, em São Paulo. O destaque fica por conta da sonoridade do koto, manipulado ao vivo por Lorena Hollander, além de performances com tecidos e espada inspiradas no clipe “Lunar”. Artes visuais de Carol Costa e Cleverson Salvaro ambientam o espetáculo, com Samuel Bueno no baixo e Martin Simon na bateria, além da participação especial de Sue-Elie.
Criado em 2019, em São Paulo, pela multiartista Lorena Hollander, USHAN mescla sons orgânicos e eletrônicos. A voz, aliada à synths, guitarras, batidas e sons orgânicos e processados e também do koto (harpa japonesa), vai do experimental à psicodelia, do rock ao eletrônico, com os elementos da natureza e forças que ‘re regem’ o universo, o tempo e o espaço.
Com vocal, guitarra, baixo e bateria, o grupo vai além do convencional, com Lorena tocando koto e manipulando sons ao vivo. Influenciada por Pink Floyd, Radiohead, Mutantes, Gal Costa e Alice Coltrane, USHAN lançou “Banho de Lua”, em 2022, com vídeos e singles disponíveis nas plataformas digitais e no site oficial.
Sobre o espaço
O Centro da Terra é um espaço cultural independente brasileiro, sem fins lucrativos. A programação é dirigida a todos os públicos e tem como foco produções, apresentações e ações de formação em Música, Cinema, Artes Cênicas e Visuais que priorizem a linguagem contemporânea, e que dialoguem com a pesquisa da Kompanhia do Centro da Terra.
O espaço foi criado e é gerido pela Kompanhia do Centro da Terra, associação sem fins lucrativos fundada em 1989 por Ricardo Karman que, além de produzir e apresentar seus espetáculos, apoia e incentiva artistas emergentes, projetos independentes e grupos que dialogam com sua produção e pesquisa.
A escolha da programação é feita por uma equipe de curadores que, a partir de suas pesquisas autorais, trazem para o Centro da Terra trabalhos experimentais de artistas emergentes e/ou consagrados, lançamentos, remontagens, temporadas pós estreia e projetos especiais.
As instalações abrangem um teatro com palco italiano, um ateliê, uma praça de convivência com um café, além de um terraço e salas multiuso. O teatro está situado doze metros abaixo da superfície terrestre. Foi inaugurado no dia 3 de setembro de 2001, após dez anos de obras e escavações no quarto e quinto subsolos de um edifício, no bairro do Sumaré. Seu nome vem da sua localização subterrânea e é, também, uma homenagem ao espetáculo Viagem ao Centro da Terra realizado, em 1992, pela Kompanhia do Centro da Terra.
Serviço:
Espetáculo “Ao redor da Lua” com projeto USHAN
Dia 19 de março de 2024 (terça-feira), às 20h
Voz, koto, synth e guitarra: Lorena Hollander
Baixo: Samuel Bueno
Bateria: Martin Simon
Guitarra e sampler: Sue-Elie Andrade-Dé
Cenário: Cleverson Salvaro
Projeção e mapping: Carol Costa
Luz: Morim Lobato
Produção: Luz Nava
Local: Centro Da Terra – Rua Piracuama, 19 – Perdizes – São Paulo – SP
Telefone: (11) 3675-1595
Site: https://centrodaterra.org.br
Como chegar: https://maps.app.goo.gl/9sZVn991sAZ8fbY28
valor: R$31,00 – R$73,00 – ingresso consciente (bilheteria funciona em horário comercial e 2h antes do início do espetáculo, pela internet no site Sympla – com 10% taxa de serviço). Compre aqui: https://tinyurl.com/4ewnyu2s
Redes sociais:
USHAN @ushanoficial/
Centro da Terra @centro.da.terra.
(Fonte: Marmiroli Comunicação)
O Turismo Gastronômico é forte no Estado de São Paulo e repleto de comidas típicas em todas as suas regiões. Esta modalidade de turismo serve, muitas vezes, de motivo para as viagens que vão além da contemplação de paisagens e da interação dos atrativos. O patrimônio alimentar local é um chamariz para os turistas que sentem prazer e ficam favorecidos em conhecer novos sabores. São experiências gratificantes que fazem valer uma viagem, até as mais distantes.
A diversidade e a excelência dos pratos paulistas provocam o ensejo das viagens frente a cardápios que sempre dão muita água na boca. Segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o Estado de São Paulo dispõe de 365.429 restaurantes e 167.101 bares, totalizando 532.530 estabelecimentos para todos os gostos e bolsos.
Ainda de acordo com a entidade, o segmento movimenta R$250 milhões por ano no país e se tornou uma das principais motivações de viagens, de acordo com a Organização Mundial do Turismo (OMT). Com a crescente popularidade dos restaurantes, eventos culinários e programas de televisão dedicados à culinária, a gastronomia tem um impacto econômico cada vez mais significativo e importante, pois fornece trabalho e alimento para milhões de pessoas.
Um alimento que é quase unânime quando o tema é sabor com certeza é o pão, que é o mais antigo, mais sagrado e o mais democrático, pois o pão é vida e as padarias são lugares muito concorridos e evoluíram ao longo dos anos. Por isso, em parceria com o Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria de São Paulo (Sindipan), a Secretaria de Turismo e Viagens do estado de São Paulo (Setur-SP) destacou as 150 melhores padarias paulistas e assim surgiu o Guia Turístico das Padarias do Estado de São Paulo. Sucesso. Acesse o guia no link www.turismo.sp.gov.br/guia-turistico-das-padarias.
Falando em preferência, uma cidade concorrida em nome de sua gastronomia é Araçatuba, a 518 km da capital paulista e que ficou muito conhecida por conta da criação do prato intitulado Cupim Casqueirado. Há décadas, esse é o prato que é a cara de Araçatuba e é o mais pedido nos restaurantes e, em meses de alta temporada e férias, os estabelecimentos chegam a vender seis toneladas de cupim por mês, o que marca a sua gastronomia e dinamiza o turismo e a economia local.
O cupim é uma carne específica do Brasil, principalmente desta região, por conta da alta presença da raça Nelore e Zebuína, e existe em Araçatuba há mais de 35 anos. Tem mais: sempre vem acompanhado de mandioca, salada (rúcula, tomate e cebola), molho, farofa e vinagrete. Outro bom atrativo deste destino para os visitantes, é a Prainha; na verdade, Praia Municipal Milton Camargo, uma opção de lazer da cidade que se aproveita da água do Rio Tietê.
Muito procurado, o Espeto de Rojão é uma iguaria culinária típica de Ribeirão Grande, município do interior do Estado de São Paulo a 239 km da Capital. Este famoso prato é feito à base de carne suína – geralmente pernil ou lombo – amarrada a um espeto de madeira de eucalipto com o formato sugestivo de um cilindro de fogos de artifício, donde advém seu nome.
O Espeto de Rojão deve ser assado em braseiro. Esta tradição começou há mais de 150 anos no município e foi mantida pelos descendentes dos criadores da receita com grande destaque na culinária regional. É reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial de Ribeirão Grande por fazer parte da história e cultura das famílias ribeirão grandenses e devido à visibilidade que este prato típico agrega ao nome do município, promovendo seu reconhecimento e o aumento do fluxo de turistas.
Mais um atrativo, desta vez natural, em evidência desta cidade, são os Encanados de Ribeirão Grande, estruturas ou muralhas de pedras construídas nas margens dos rios e ribeirões onde eram feitas as lavagens do ouro. Trata-se da maior evidência da antiga exploração de ouro do período colonial deixada pelos antepassados na região.
Famosas são as Coxinhas Douradas de Bueno de Andrada, distrito de Araraquara a 273 km da capital, um lugar com uma estação ferroviária, uma igreja e uma pracinha que ficou famoso depois do escritor Ignácio de Loyola Brandão publicou uma crônica sobre as coxinhas.
Desse dia em diante, Bueno de Andrada virou sinônimo de coxinhas douradas. A pequena mercearia do interior virou reportagem em diversos sites e em programas de televisão sobre culinária. São quase 20 sabores de coxinha, desde a tradicional de frango, que por sinal é a mais famosa, até sabores diferentes. Entre as diferentes, a de frango sem colorau, pernil com bacon, brócolis com catupiry e outras. Este destino está localizado a 11km da cidade de Araraquara. Tem 1.700 habitantes, mas é bastante movimentado. Um dos locais que geram o movimento é o famoso Bar e Mercearia Freitas, que vende as Coxinhas Douradas.
Trata-se de uma coxinha diferente. Preparada com recheio abundante e temperos especiais. Crocante por fora, mas com massa macia por dentro. A mais atraente aos olhos e saborosa ao paladar. E, para fomentar o potencial turístico da cidade e o cicloturismo na região, foi construído um ponto de encontro para os turistas que visitam o distrito, com foco nos ciclistas. As melhorias abrangem uma área de mil quadrados, valorizando o ambiente histórico no entorno da estação ferroviária.
Bragança Paulista, município a 82 km da capital paulista, é bem destacada por ser a Capital Nacional da Linguiça Artesanal. O título se deve pela tradição e pela qualidade de seus produtos. Criado em 2011, o festival é hoje o maior evento gastronômico de Bragança Paulista. Organizado pela Associação dos Produtores de Linguiça de Bragança Paulista (Albrag), o evento apresenta ao público as maiores novidades e inovações na produção de linguiças artesanais e uma vasta opção de pratos, lanches e petiscos. Todos eles criados com um ingrediente obrigatório: a Linguiça de Bragança.
Neste destino há linguiça de todos os tipos: com pimenta, sem gordura, com alho, ou ainda, com ervas, por exemplo. Vale saber que elas são servidas em sanduíches, hambúrgueres, escondidinhos, tapiocas, entre outros tipos de pratos.
O festival acontece sempre no mês de setembro no recinto do Posto de Monta e reúne dezenas de produtores da famosa especiaria, recebendo perto de 30 mil pessoas e comercializando mais de mil quilos de linguiça nos dias de festa. A entrada é gratuita.
Considerado o cartão postal de Bragança, o Lago do Taboão é ponto de encontro de esportistas, amantes da natureza, estudantes e pessoas que apreciam boas baladas e happy hours. Com pista de cooper, ciclismo, praças de esporte, anfiteatro aberto e muitas árvores, ao longo de seus quase três mil metros de extensão, é o local ideal para quem procura lazer, sossego e diversão.
Circuito das Frutas
As frutas são um capítulo à parte da boa gastronomia pelo Estado de São Paulo. Em um levantamento realizado junto aos empreendimentos produtivos na região do Circuito das Frutas, foram identificados mais de 100 tipos de frutas, em produção, muitas delas em pouca escala, mas que compõem a experiência turística oferecida na região.
O Circuito, que é um conhecido e procurado roteiro turístico, é formado por 10 municípios: Atibaia, Indaiatuba, Itatiba, Itupeva, Jarinu, Jundiaí, Louveira, Morungaba, Valinhos e Vinhedo. Eis as principais frutas desta região: Acerola, Ameixa, Amora, Caqui, Figo, Goiaba, Jabuticaba, Lichia, Maracujá, Morango, Nectarina, Pera, Pêssego, Ponkan, Seriguela e Uva Niágara.
Como todos os municípios deste Circuito são próximos à Capital, é possível visitar mais de uma cidade em um só dia, num perfeito bate-e-volta, e passar o dia no campo e até colher frutas direto do pé. São divertidos e belos passeios juntos à natureza.
Capital paulista: gastronomia diversa
A gastronomia é um fator preponderante de engrandecimento da Capital, com mais de 11 milhões de habitantes, e de acordo com o relatório World’s Best Cities, realizado pela consultoria Resonance Consultancy, o município de São Paulo foi eleito o terceiro melhor destino gastronômico do mundo.
Sendo um polo gastronômico gigantesco com muitas influências culturais, respira e inspira culinária diariamente. Eventos, festas, solenidades em geral expandem paladares e colocam a cidade em destaque no panorama mundial.
Conta a história que a típica comida de São Paulo tem suas raízes na mistura das influências dos indígenas, portugueses e africanos. Depois, principalmente do final do século 19 para frente, o caldeirão paulista foi ganhando e se apropriando de ingredientes e pratos trazidos pelos diversos imigrantes que foram se fixando por aqui.
O polpetone dos italianos, o cuscuz dos nordestinos, as esfihas dos árabes e o cupim na telha dos bandeirantes são apenas alguns exemplos que mostram como a culinária paulista tradicional é diversa, saborosa e muito procurada. São Paulo tem algumas tradições culinárias: quartas e sábados são dias de feijoada; domingo e quinta as massas são as estrelas e sexta os pescados são os eleitos. Já o tradicional prato que protagoniza o almoço dos paulistanos às segundas-feiras agora é, oficialmente, um patrimônio.
O Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) reconheceu o Virado Paulista como patrimônio cultural imaterial, de modo a preservar esta tradição e fortalecer sua importância para a história do estado.
Suas origens, segundo registros, foram as expedições dos bandeirantes. Desde então e até hoje, é preparado com arroz, tutu de feijão, bisteca, ovo frito, torresmo e banana frita. Grande certeza: estas são as comidas típicas de São Paulo, as mais procuradas e consumidas tanto por moradores, como por visitantes: Sanduíche de Mortadela, Comidas Árabes, Coxinha, Pizza, Pastel de feira, Pão na Chapa, Hambúrguer, Picadinho de Carne, Polpetone, Cuscuz Paulista, Virado Paulista, Sanduíche de Pernil e Brigadeiro.
(Fonte: Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo)
No dia 27 de março, será inaugurada a exposição “Krajcberg & Zanine”, na Galeria Athena, que une, pela primeira vez, obras do artista Frans Krajcberg (1921–2017) e do arquiteto e designer José Zanine Caldas (1919–2001), que foram amigos e se influenciaram mutuamente. A relação dos dois é pouco conhecida e até hoje nunca havia sido feita uma exposição sobre o assunto. A mostra, que é realizada em parceria com a Diletante42, explora, em um diálogo inédito, os pontos de contato entre as obras destes dois grandes nomes da cultura brasileira ressaltando a preocupação de ambos com o meio ambiente. Na ocasião também será inaugurada a exposição “Pandro Nobã: Caminho de volta”, na Sala Casa.
“Krajcberg e Zanine foram muito amigos e tiveram uma convivência muito próxima com a natureza. Existe um diálogo entre as suas obras, e a ideia da exposição é apresentar o melhor de cada um deles, com peças importantes e extremamente representativas”, diz Liecil Oliveira, um dos sócios da Galeria Athena.
A exposição apresentará cerca de 20 peças, entre esculturas de Krajcberg dos anos 1960 e 1970 e itens de mobiliário e também uma escultura de Zanine, dos anos 1970 e início de 1980. Com produções bem diversas, os dois têm em comum o uso sustentável da madeira e a preocupação com o meio ambiente já na década de 1970, quando pouco se falava sobre o assunto, sendo pioneiros neste aspecto. A mudança de ambos para a cidade de Nova Viçosa, no sul da Bahia, teve grande influência nisso e foi um marco na produção de ambos.
Na exposição, serão apresentados relevos de parede de Frans Krajcberg, feitos a partir de madeiras provenientes de queimadas e desmatamentos, com pigmentos naturais criados por ele nas cores preto, branco e vermelho. Haverá, ainda, uma única e grande obra de chão, da série “Bailarinas”, da década de 1980, feita a partir de madeira queimada e pigmentos naturais, medindo 2,90m de altura. “Krajcberg tentou, com esta escultura, recriar a dança de sua namorada bailarina no mangue”, conta Liecil Oliveira.
Ainda de Krajcberg, haverá obras da “Série Sombra”, técnica que consiste em capturar a sombra projetada por algum elemento natural recortando em um suporte de madeira o desenho criado, que depois é fixado na peça, dando relevo e volume. “Era um projeto complicadíssimo no qual ele colocava no sol aquilo que ele queria criar uma sombra, mas nem sempre ficava como ele queria e ele ia desenhando na madeira o defeito que aparecia. Ficava horas fazendo isso. Algumas eram sem cor, madeira lavada, mas na grande maioria ele usava elementos da natureza, pigmentos que ele encontrava no minério ou na terra, e trabalhava este pigmento para criar essas cores, principalmente o preto, branco e vermelho, que ele amava, sempre tendo a natureza como fonte de inspiração”, afirma Liecil Oliveira.
De José Zanine Caldas serão apresentadas peças icônicas de mobiliário e design, conhecidos como “Móveis Denúncia”, que faziam um alerta sobre o desmatamento e o desperdício de matéria-prima na Mata Atlântica. Dentre elas, destacam-se uma mesa de jantar e a emblemática poltrona namoradeira. Será apresentada, ainda, uma escultura de Zanine em madeira. Apesar de ser mais conhecido por seu mobiliário, ao longo de sua trajetória, o arquiteto produziu algumas esculturas.
Nova Viçosa – Um marco nas trajetórias de Zanine e Krajcberg
José Zanine Caldas começou a frequentar a região de Nova Viçosa, no sul da Bahia, em 1968, onde se redescobre e modifica bastante sua produção, tanto arquitetônica quanto de mobiliário, passando a utilizar madeiras de resíduo florestal. Encantado com o lugar, sonhava em transformá-lo em uma capital cultural e levou diversos nomes para lá, como Chico Buarque, Oscar Niemeyer e os artistas Carlos Vergara e Frans Krajcberg, que morou na cidade até o final de sua vida, na famosa casa na árvore construída por Zanine. “Quando se fala de Nova Viçosa, pensa-se logo no Krajcberg, mas quem levou ele para lá foi o Zanine, que também tem uma passagem muito marcante pela cidade na questão urbanística e arquitetônica”, conta Flávio Santoro, sócio da Diletante42, que organiza a exposição junto com a Galeria Athena.
Foi em Nova Viçosa que o arquiteto produziu os “Móveis Denúncia”, reaproveitando materiais disponíveis como forma de protesto contra o desmatamento, característica que marcou toda a sua produção.
Em 1972, levado por Zanine, Krajcberg passa a residir em Nova Viçosa e sua obra tem uma definitiva mudança. Ampliando o processo de escultura iniciado anos antes em Minas Gerais, começa a trabalhar com vegetação danificada por queimadas e desmatamento, intervindo especialmente em troncos e raízes. O caráter de denúncia de suas obras fez com que o artista, que nasceu na Polônia e veio para o Brasil em 1948, naturalizando-se em 1957, seja mundialmente conhecido como um ecologista.
A exposição é organizada pela Athena – galeria que este ano comemora três décadas de atuação no mercado secundário de arte moderna e contemporânea e na representação de artistas brasileiros contemporâneos – e Diletante 42, galeria que se destaca por sua coleção 100% brasileira, com 20 anos de experiência em peças das décadas de 1940 a 1980. O projeto tem objetivo de unir artes visuais e design, valorizando o pensamento e a cultura brasileira.
Pandro Nobã
Paralelamente à exposição, também será inaugurada a mostra “Pandro Nobã: Caminho de volta”, na Sala Casa, com cerca de 15 trabalhos da produção recente do artista carioca, incluindo obras inéditas. “Suas obras revelam um imaginário ao mesmo tempo pessoal e popular, baseado em experiências ligadas à ancestralidade e à vivência do artista nos terreiros de religiões de matriz afro-brasileira. Ao mesmo tempo, suas pinturas usam como suporte telas e também elementos do seu cotidiano, como objetos de barro e tecidos rendados geralmente utilizados nos cultos sagrados de terreiro”, afirma a curadora Fernanda Lopes. Pandro Nobã (1984) é artista urbano autodidata nascido e criado no bairro da Penha, subúrbio do Rio de Janeiro. No início dos anos 2000, formou o coletivo Artistas Urbanos Crew e atuou como instrutor de grafite em escolas públicas, projetos sociais e dentro de instituições de medidas socioeducativas. Nas artes visuais, tem dedicado sua pesquisa em pintura, ganhando destaque em importantes exposições.
Serviço:
Krajcberg & Zanine
Abertura: 27 de março de 2024, às 18h
Exposição: até 18 de maio de 2024
Galeria Athena
Rua Estácio Coimbra, 50 – Botafogo – Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Telefone: (21) 2513-0703
De terça a sexta-feira, das 11h às 19h; sábados, das 12h às 17h
(Fonte: Midiarte Comunicação)