Relatório executivo do Instituto Alana realizado em cooperação com a Unesco traz análise de políticas públicas e ferramentas para apoiar gestores, diretores e comunidades escolares
São Paulo
O Cine São Pedro, um dos ícones culturais da cidade de São Paulo, passará por uma importante expansão. Em uma colaboração inédita, o cinema se unirá à Cinemateca Brasileira, que detém o maior acervo de filmes da América do Sul, criando uma sinergia única entre cinema e música. O Cine São Pedro é um projeto do Theatro São Pedro, um equipamento da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo.
O objetivo dessa parceria é proporcionar uma experiência inovadora ao público combinando a sétima arte com trilhas sonoras ao vivo. O programa incluirá a criação e apresentação de músicas para filmes mudos, clássicos e títulos brasileiros. A Orquestra do Theatro São Pedro, sob a regência do maestro Marcelo Falcão – fundador e regente titular da Babylon Orchester Berlin, residente no lendário cinema Babylon na capital alemã –, será a protagonista desses espetáculos.
Confira a programação da parceria:
1 – O Gabinete do Dr. Caligari (1920)
Data: 9 a 12 de maio
Horário: quinta a sábado, 20h; domingo, 17h
Classificação etária: 12 anos
Ingressos: R$70 (inteira) / R$35 (meia)
Uma compilação com música original de Giuseppe Becce e outros compositores, como Berlioz, Schumann, Wagner, entre outros. Arranjo próprio.
Este filme faz parte do acervo da Friedrich-Wilhelm-Murnau-Stiftung em Wiesbaden.
2 – Caiçara (1950)
Data: 5 a 8 de setembro
Horário: quinta a sábado, 20h; domingo, 17h
Classificação etária: 18 anos
Ingressos: R$70 (inteira) / R$35 (meia)
Trilha sonora de Francisco Mignone.
O Ensaio Geral Aberto para ambos os programas ocorrerá um dia antes das apresentações oficiais, proporcionando uma prévia emocionante para os amantes do cinema e da música.
(Fonte: Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo)
O ano de 2024 marca as celebrações dos 70 anos da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp, além dos 30 anos de atividades do Coro da Osesp e dos 25 anos da Sala São Paulo – a casa da Osesp, dos Coros e de seus Programas Educacionais, inaugurada em 1999 no edifício onde antes funcionava a Estrada de Ferro Sorocabana.
Nesta semana, entre quinta-feira (21) e sábado (23), a Osesp se apresenta com o virtuoso pianista brasileiro Cristian Budu, sob a batuta do regente britânico Alexander Shelley. O repertório reúne as obras “Malabares”, da compositora brasileira Silvia Berg; o impressionante Concerto para piano nº 1 de Sergei Prokofiev e o celebrado balé “O Pássaro de Fogo”, de Igor Stravinsky.
A apresentação de sexta (22) marca a estreia da nova série Osesp duas e trinta. Ao longo de nove sextas-feiras do ano, a Orquestra fará apresentações às 14h30 e a preço único de R$39,60 (valor inteiro) – a transmissão do concerto de sexta-feira pelo canal da Osesp no YouTube continua acontecendo às 20h30.
Sobre o programa
Começa com “Malabares”, da compositora paulista Silvia Berg (1958-). Depois de viver por mais de 20 anos em Copenhagen atuando como professora, regente e compositora, Berg retornou ao Brasil como docente do Departamento de Música da USP em Ribeirão Preto. “Malabares” foi escrita em 2009 por encomenda da Sinfônica de Ribeirão Preto e homenageia a arte circense e um dos seus maiores expoentes: Abelardo Pinto (1887–1973), que deu vida ao lendário Palhaço Piolin, nascido nos arredores dessa cidade do interior paulista.
Em 1914, o jovem estudante Sergei Prokofiev (1891–1953) surpreendeu a banca de um importante concurso de piano do Conservatório de São Petersburgo ao apresentar seu primeiro Concerto para piano. Era esperada a apresentação de uma obra consagrada, mas seu inegável virtuosismo lhe rendeu o primeiro lugar. Os três curtos movimentos da peça formam um arco de andamentos rápido-lento-rápido, estrutura tradicional do gênero. O que chama a atenção é a ousadia de Prokofiev, que se deixa ouvir em inúmeras passagens carregadas da ironia e que se tornaria marca de suas composições posteriores.
Baseado em lendas do folclore russo, o balé “O Pássaro de Fogo”, de Igor Stravinsky (1882–1971), narra a história do príncipe Ivan Tsarévitch, que captura o Pássaro de Fogo enquanto passa pelo jardim do castelo do Rei Kastchei, um feiticeiro maligno. Em troca de libertação, o Pássaro lhe oferece uma pena para ser usada em momentos de apuro. Ivan se apaixona por uma das princesas mantidas prisioneiras pelo feiticeiro quando esta aparece para brincar no jardim, mas logo elas são ordenadas a retornar ao castelo. O protagonista, decidido a resgatar sua amada, chama o Pássaro de Fogo para ajudá-lo e a ave lhe revela que a alma de Kastchei está contida em um ovo. O príncipe destrói esse ovo, liberta os prisioneiros do castelo e a história se encerra com o casamento de Ivan e da princesa, que se tornam czar e czarina.
Alexander Shelley | Diretor artístico e musical da National Arts Centre Orchestra (Ottawa, Canadá) e regente principal da Filarmônica Real de Londres, Alexander Shelley foi recentemente nomeado para a Artis – Naples (Flórida, EUA), onde lidera a Filarmônica e os eixos multidisciplinares dessa instituição. Ele também é diretor artístico do projeto Zukunftslabor, da Filarmônica de Câmara Alemã de Bremen, ganhador dos prêmios ECHO e Deutsche Gründerpreis. Entre 2009-17, foi regente titular da Sinfônica de Nuremberg. Vencedor do Concurso de Regentes de Leeds [2005], desde então ele trabalha regularmente com orquestras da Europa, América do Norte, Ásia e Oceania, como as Sinfônicas de Gotemburgo, Milwaukee, Melbourne e Nova Zelândia, a Orquestra do Gewandhaus de Leipzig, a Sinfônica Alemã de Berlim e a da Rádio de Frankfurt, a Orquestra NDR Hannover, a Orquestra da Suíça Romanda, a Orquestra Nacional da Bélgica e as Filarmônicas de Estocolmo e de Hong Kong.
Cristian Budu | O brasileiro filho de romenos é vencedor do Primeiro Prêmio e do Prêmio do Público no Concurso Internacional de Piano Klara Haskil (Suíça). A revista Gramophone o incluiu em sua lista dos “10 melhores registros recentes de Beethoven”, dos “10 melhores registros de Chopin” e, em 2019, seus 24 prelúdios de Chopin figuraram na histórica lista dos “50 melhores registros de Chopin de todos os tempos”. Algumas das orquestras nas quais atuou como solista convidado incluem a Sinfônica de Lucerna, a Orquestra da Suíça Romanda, a Sinfônica da Rádio de Stuttgart, a Filarmônica de Minas Gerais e a própria Osesp, além de salas de concerto como os Theatros Municipais do Rio de Janeiro e de São Paulo, o Ateneu de Bucareste, a Sala Jordan e Festivais como o de Música de Rockport e de Zermatt, La Roque D’Anteron e Verbier.
PROGRAMA
O VIRTUOSISMO DE BUDU EM PROKOFIEV
ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
ALEXANDER SHELLEY REGENTE
CRISTIAN BUDU PIANO
SILVIA BERG Malabares
SERGEI PROKOFIEV Concerto para piano nº 1 em Ré bemol maior, Op. 10
IGOR STRAVINSKY O Pássaro de Fogo – Balé completo.
Serviço:
21 de março, quinta-feira, às 20h30
22 de março, sexta-feira, às 14h30 (Concerto Digital às 20h30)
23 de março, sábado, às 16h30
Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16
Taxa de ocupação limite: 1.484 lugares
Recomendação etária: 7 anos
Ingressos: entre R$39,60 e R$271,00 [Osesp] e R$39,60 [Osesp duas e trinta]
Bilheteria (INTI)
(11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h
Cartões de crédito: Visa, Mastercard, American Express e Diners
Estacionamento: R$28,00 (noturno e sábado à tarde) e R$16,00 (sábado e domingo de manhã) | 600 vagas; 20 para pessoas com deficiência; 33 para idosos.
*Estudantes, pessoas acima dos 60 anos, jovens pertencentes a famílias de baixa renda com idade de 15 a 29 anos, pessoas com deficiências e um acompanhante e servidores da educação (servidores do quadro de apoio – funcionários da secretaria e operacionais – e especialistas da Educação – coordenadores pedagógicos, diretores e supervisores – da rede pública, estadual e municipal) têm desconto de 50% nos ingressos para os concertos da Temporada Osesp na Sala São Paulo, mediante comprovação.
A Osesp e a Sala São Paulo são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.
(Fonte: Fundação Osesp)
O uso de ferramentas de DNA identificou no comércio nacional 64 das 203 espécies de tubarões e raias presentes no Brasil. Destas 64 espécies, 83% estão ameaçadas de extinção. Os dados foram publicados nesta segunda (18) na revista científica “Biological Conservation” por pesquisadores de instituições brasileiras, como a Universidades Federais do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Ceará (UFC), e estrangeiras, como a Universidade do Porto, de Portugal.
As espécies comercializadas em maior número foram aquelas reclassificadas recentemente pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) para categoria de ameaça mais alta. O resultado ratifica a necessidade urgente de adotar medidas de conservação diante do crescente comércio de espécies em perigo de extinção.
A pesquisa analisou os dados de detecção molecular para espécies de 36 tubarões e 28 raias comercializadas no Brasil disponíveis em 35 artigos publicados entre 2008 e 2023. A equipe avaliou as técnicas estabelecidas de análise de DNA e as novas metodologias desenvolvidas para a detecção rápida das espécies pescadas. A maioria das pesquisas está concentrada nos estados do Pará, de São Paulo e de Santa Catarina, e há escassez de estudos provenientes da região Nordeste.
A pesquisadora Marcela Alvarenga, uma das autoras do artigo, explica que, diante do crescente consumo global das carnes de tubarão, a identificação molecular através do DNA ajuda a avaliar a pressão sobre as espécies ameaçadas. “O modo de venda tradicional de peixes em filés ou posta, dificulta o conhecimento de qual espécie exatamente estamos consumindo. Esta situação é agravada pelo rótulo abrangente cação, que engloba todas as espécies de tubarões e até raias. A identificação molecular – utilizando DNA – é uma grande aliada para verificar a autenticidade dos peixes que nós consumimos”, aponta.
O trabalho revelou desafios na identificação molecular, incluindo recursos limitados e distribuídos equitativamente ao longo da costa brasileira, além de lacunas nos bancos de dados moleculares para espécies do litoral brasileiro. Pesquisas futuras devem contribuir para o acúmulo de dados genéticos especialmente das raias, que são menos estudadas do que os tubarões.
O artigo alerta para a necessidade de legislações mais robustas para aprimorar o manejo e a rotulagem dos pescados, por exemplo. O monitoramento rigoroso das atividades de pesca e de comercialização, além da colaboração entre governo, pesquisadores e partes interessadas, também contribuirão para a proteção dos tubarões e raias no Brasil.
(Fonte: Agência Bori)
Uma pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) analisou, pela primeira vez, a influência do ambiente alimentar sobre as escolhas dos moradores de favelas brasileiras. O estudo, publicado na segunda (18) na revista “Cadernos de Saúde Pública”, observa a dificuldade de acesso dos moradores a alimentos saudáveis. Entre as limitações destacadas, estão a falta de informação sobre alimentação adequada, restrições de renda e número reduzido de estabelecimentos que oferecem alimentos saudáveis a preços acessíveis.
As autoras do estudo realizaram dois grupos focais online de duas horas de duração com dez moradores de favelas de diferentes cidades do país em novembro de 2022. A maioria era do sexo feminino (80%) com idades entre 18 e 30 anos (60%) e representação racial diversa – 90% dos participantes se distribuem igualmente entre brancos, pretos e pardos. A maioria residia em favelas do Sudeste do Brasil (60%).
O trabalho indica que os moradores enfrentam desafios significativos em seu ambiente alimentar. A falta de acesso físico e financeiro à comida saudável, juntamente com a alta disponibilidade e promoção intensiva de produtos ultraprocessados, dificulta a adoção de uma dieta nutritiva e leva a escolhas alimentares confusas. O transporte entre casa, trabalho ou local de estudo também reduz o tempo disponível para comprar e preparar alimentos, segundo aponta o estudo do Grupo de Estudos, Pesquisas e Práticas em Ambiente Alimentar e Saúde (GEPPAAS) da UFMG, coordenado pela professora Larissa Loures Mendes.
Para Luana Lara Rocha, pesquisadora da UFMG e autora do artigo, a maioria dos participantes mencionou a importância de integrar diariamente verduras, legumes, frutas, carnes, arroz e feijão em sua alimentação. Alguns observaram que os preços elevados desses alimentos representam um obstáculo para sua inclusão regular. “Eles expressaram o desejo de aumentar o consumo e a variedade de frutas, alimentos orgânicos, peixes e castanhas, desde que suas condições financeiras permitam. Além disso, destacaram a falta de tempo como uma barreira para diversificar a alimentação e preparar refeições de melhor qualidade”, observa Rocha.
A autora explica que a condução de estudos específicos para áreas de comunidades é importante para captar suas particularidades. Cerca de 16 milhões de brasileiros moram em favelas, segundo dados do Censo 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – o que corresponde a 7,4% da população brasileira. Esse conhecimento auxilia a elaboração e o aprimoramento de políticas públicas e programas que incentivem a oferta de alimentos saudáveis a preços acessíveis, bem como estratégias e ações concretas relacionadas ao transporte, à segurança e ao ambiente desses locais que interferem no acesso aos alimentos. “A complexidade dos problemas relacionados à vida urbana na favela exige soluções específicas e integradas”, aponta.
A identificação dos fatores que impactam o acesso aos alimentos em favelas levou os pesquisadores a desenvolverem um instrumento para avaliar a percepção desse acesso. Agora, a pesquisadora planeja conduzir uma pesquisa de campo com esta ferramenta, em Belo Horizonte, para coletar informações sobre o ambiente alimentar, a segurança alimentar e nutricional e o estado nutricional das crianças das favelas do município. “Os dados obtidos serão reunidos e apresentados aos gestores responsáveis pelas políticas públicas de alimentação, nutrição e segurança alimentar e nutricional”, conclui Rocha.
(Fonte: Agência Bori)
Na manhã da última quarta-feira (13) foram apresentados os dados da pesquisa turística realizada pela Fundação Instituto de Administração (FIA) em parceria com o programa Sebrae Turismo, por meio da Secretaria de Cultura e do Departamento de Turismo. A abertura do evento foi realizada pela secretária de Cultura, Tânia Castanho, que também representou o prefeito Nilson Gaspar. Na sequência, a explanação dos resultados foi feita pela coordenadora da área de Turismo, Gesiane Zanella. A pesquisa, realizada com 162 pessoas, teve como metodologia a técnica de pesquisa de abordagem das pessoas nas ruas e os pesquisadores permaneceram durante três dias espalhados em vários pontos da cidade com o objetivo de identificar os diferentes públicos que passeiam pelo município.
De acordo a secretária de Cultura Tânia Castanho, houve uma mudança de comportamento e é preciso estimular o público que procura o município para que os recursos fiquem aqui e que as pessoas não precisem procurar serviços fora. “Antes as pessoas vinham para Indaiatuba apenas a negócio e isso tem mudado com o trabalho cultural realizado aqui. Hoje as pessoas que vem apenas a negócio estão estimadas em 33% e as que buscam a cidade a turismo representam 43% dos entrevistados. Por isso, temos que não apenas fazer cultura, mas dar ajuda para a divulgação dos estabelecimentos, pois com a união de todos é possível manter os recursos no município, gerar novos empregos e a economia estará em ascendência. Todos saem ganhando”, pontua.
Na análise da pesquisa foi observado que 45% das pessoas que visitam a cidade permanecem apenas um dia no município e apenas 15% ficam durante o fim de semana. “O intuito aqui hoje é mostrar que esse cenário pode mudar se os donos de hotéis, pousadas e shoppings informarem sobre os eventos que acontecem na cidade. Todos serão beneficiados, pois os estabelecimentos terão mais dias de consumo e as pessoas poderão prestigiar as atrações e atividades locais. Esses dados podem nortear a demanda e o crescimento na área de turismo”, explica a coordenadora da área de Turismo, Gesiane Zanella.
O evento foi destinado para donos de hotéis, pousadas, shoppings e estabelecimentos de modo a criar políticas para melhorar as ações e para que os locais participantes da palestra possam divulgar os eventos locais a fim de permanecer a demanda local. Na ocasião, estiveram presentes o secretário de Governo, Sérgio Wolf e o vereador Alexandre Peres. A pesquisa contou com o apoio do Conselho Municipal do Turismo (Comtur), que estava representado pelos conselheiros Gesiane Zanella, representando a Secretaria de cultura; Elaine Gomes de Castro e Ana Canton, representando o Departamento de Turismo; Guilherme Bergamo, da Secretaria de Esportes; Valdir Carvalho, da Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente; Lucas Mello, representante de bares e restaurantes; Patrícia Lisboa e Nilda Takeuti, representantes da imprensa ; Elaine Pires Bonfim e Francisco Carlos dos Santos, representantes do artesanato local; Fernando Mota, representante de hotéis e agências de viagens, e Luciana Ap. dos Santos, representante da Associação Comercial e área rural.
(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)