No feriado prolongado de 21 e 22 de abril (quinta e sexta-feira), o rock vai rolar solto na Praça Arautos da Paz, com o Festival Campinas Chama Rock. Dois gigantes da história do rock brasileiro farão um duelo de guitarras: de um lado, o Sepultura, considerado a banda brasileira de maior repercussão no mundo, com 30 anos de trajetória; do outro, o CPM 22, com suas duas décadas de hardcore melódico. Para incendiar ainda mais o festival, o evento contará com a apresentação das bandas campineiras Mortage (death/thrashmetal), RagaR (punkrock/hardcore), Cardiac (thrash metal) e Muzzarelas (punk rock/hardcore). A entrada é gratuita. Nos dois dias, os portões serão abertos às 15h com discotecagem dos DJs Daniel Ete e Riva Rock.
O festival terá praça de alimentação com 12 food trucks. Para a segurança, as bebidas somente serão comercializadas em copos descartáveis e não será permitida a entrada de bebida alcoólica. O público menor de 14 anos de idade deve estar acompanhado por pais ou responsáveis, portando documento de identificação.
Crédito da foto: Melissa Castro.
Sepultura
Poucas são as bandas no mundo que influenciaram tantos gêneros musicais quanto o Sepultura. Ao longo de seus 30 anos, estes brasileiros saídos de Minas Gerais tiveram como marca a vanguarda na música pesada mundial. Thrash metal, death metal, black metal, groove metal, nu metal, hardcore e metalcore. No transcorrer das últimas três décadas que marcam a passagem de sua carreira, a cada nova geração de headbangers, o Sepultura se constituiu como referência.
Dos tempos mais inóspitos do underground brasileiro, de álbuns ríspidos e crus como Bestial Devastation e Morbid Visions, passando pela chegada de Andreas Kisser, no lugar de Jairo Guedes, e a evolução técnica do Schizophrenia até estourar, definitivamente, nas paradas internacionais. Primeiro com o Beneath the Remains, depois os discos de ouro que se sucederam com Arise, Chaos AD e Roots.
Em dezembro de 1996, o vocalista Max Cavalera deixa a banda. Um norte-americano se juntou a estes brasileiros na persecução de continuar a carregar o peso do seu som mundo afora. Derrick Green trouxe ao Sepultura a versatilidade de sua amplitude vocal. E com o Fumaça à frente dos microfones, o grupo seguiu adiante: Against, Nation, Roorback e Dante XXI.
Com Jean Dolabella nas baquetas, A-Lex e Kairos ecoaram o nome do Sepultura nos quatro cantos do mundo. O ano de 2011 se aproximava do fim quando Jean deixou a banda. Em seu lugar, entrou o pequeno prodígio de nome Eloy Casagrande, que deu um novo gás ao Sepultura.
Dez anos depois da partida de Max, nova saída. Igor Cavalera, cofundador do grupo, deixava o Sepultura.
Lançado em 2013, The mediator between head and hands must be the heart é o álbum de estúdio que traz a banda ao seu 30º aniversário. Um petardo, variando entre canções rápidas, agressivas e brutais com outras em que o peso do groove forma um verdadeiro paredão sonoro. Um trabalho que mostra ao mundo que o Sepultura segue firme e forte.
Foto: divulgação.
CPM 22
Nestes 20 anos de estrada, o CPM 22 vem construindo uma história singular, seja pelos inúmeros hits, pelos milhares discos vendidos, por ser a primeira banda de punkrock/hardcore a emergir ao mainstream, seja pelos VMB’s, Grammy e todos os outros prêmios.
No palco, a banda se encontra na sua formação mais concisa até hoje e o tempo na estrada só trouxe melhorias ao grupo. Badauí, Luciano, Japinha, Heitor e Phil se mostram músicos seguros, de grande calibre, donos do palco e totalmente entrosados.
Agora, depois da bem-sucedida turnê do Acústico CPM22, que percorreu mais de 100 cidades brasileiras, passando pelos principais festivais do país, como Festival de Verão de Salvador, João Rock, Sampa Music Festival e muitos outros, a banda volta ao formato elétrico que a consagrou para uma turnê comemorativa de 20 anos de existência e promete continuar surpreendendo em mais uma temporada.
Crédito da foto: Ludsan.
Mortage
Banda formada em 1998, em Campinas, por Daniel Beraldo (bateria). Após muitas mudanças de formação, o grupo se estabilizou com os integrantes Fábio Lupus (voz), Adriano Justino (guitarra), André Boonen “Zoinho”(guitarra), Hélio Brandão (baixo), além do fundador.
O Mortage ao longo dos anos foi moldando seu estilo de som que gira em torno do thrash/death/black metal, com muita personalidade. A banda foi lançada pela Kill Again Records, tanto no primeiro álbum quanto no segundo, como também no DVD. Após 10 anos, Raphael “Lumbriga” deixa a banda, onde foi substituído por Fábio Lupus. Atualmente, a Mortage prepara novas composições para a lançamento de um terceiro full length previsto para início de 2017.
Crédito da foto: César Augusto Fabbri.
RagaR
A banda RagaR surgiu em 2012, em Campinas, com som agressivo e melódico. Logo nos primeiros meses de carreira lançou o EP Provando do seu Próprio Veneno, com o hit Criança Bipolar, que marcou o EP e esteve entre as 10 mais tocadas de uma rádio na cidade do México por quase um mês. A faixa Lutador, que compõe o EP American Bar, agita com seu ritmo dançante e som pesado dos integrantes Rodrigo Pinguim detonando na guitarra e vocal, Nino Fonseca no baixo, JP Ignácio também na guitarra e Gabriel Napô no ritmo frenético da bateria.
Crédito da foto: Danilo Corleone.
Cardiac
Formada em 2007, em Campinas, com diferentes vertentes musicais vindas de cada integrante, a Cardiac já completou mais de 450 apresentações em sete anos de carreira em vários estados brasileiros. Esteve ao lado de bandas de renome internacional, como Killswitch Engage, Underoath, Sepultura, Rufio, Silverstein, Eyes Set to Kill, Love Hate Hero, Longing for Tomorrow, Boom Boom Kid e Reason to Kill, e acompanhou a turnê brasileira da banda Blessthefall, em 2009, como banda de apoio oficial da turnê.
Possui um EP demo lançado no ano de 2007 com cinco faixas, que repercutiu bastante chegando a receber o prêmio de 4ª melhor demo nacional de 2007 pelo site ZonaPunk. Recebeu também o prêmio de melhor Presença de Palco no ano de 2008 no Dia Municipal do Rock em Campinas.
Lançou um videoclipe e dois singles virtuais em 2008, e saiu na coletânea ZonaPunk Compilation-X neste mesmo ano.
Em 2009 lançou seu primeiro CD produzido por Ricardo Piccoli no Piccoli Studio. Em 2010 lança seu novo single Abiose, produzido por Ricardo Piccoli. Nos anos seguintes, realizou shows de divulgação do primeiro álbum. Em 2014 lançou virtualmente seu segundo e mais novo disco A Vida é um Sopro, fazendo em outubro sua primeira turnê na Europa. A banda é formada por Rodrigo Couto (bateria), Renne Duarte (baixo), Francisco Pazetti (guitarra), Gustavo Ramos (guitarra), Jura (vocal).
Crédito da foto: Júlia Magalhães.
Muzzarelas
Em meados de 1991, em Campinas, cinco amigos se juntam para tocar covers de Ramones e montar uma banda sem nenhuma pretensão. Após alguns ensaios, as primeiras músicas próprias estavam prontas. Os temas abordados nas letras tornam-se uma espécie de marca registrada do grupo. Um universo trash e muito peculiar, repleto de histórias sobre estranhas criaturas, pizza, cerveja e influenciado por bandas de metal/punk/garage rock, resultando em uma mistura de bandas como Ramones, KISS e Motorhead. A partir daí, os Muzzarelas percorreram quase todo o Brasil e Argentina, onde realizaram quatro shows em julho de 2008. Houve a participação no Festival Juntatribo e também em outros festivais como Campari Rock (SP), Big (PR) e National Garage (PR), entre outros. Com uma discografia repleta de sucessos em quase duas décadas e meia de existência, a banda é formada por Stenio na guitarra, Alex Video (vocal), Flávio (guitarra), Daniel E.T (baixo) e Marcel (bateria).
Serviço
Festival Campinas Chama Rock
Quando: Dia 21 (quinta)
15h – discotecagem Daniel Ete
17h – Mortage
18h – RagaR
19h30 – Sepultura
Dia 22 (sexta)
15h – discotecagem Daniel Ete
17h – Cardiac
18h – Muzzarelas
19h30 – CPM 22
Onde: Praça Arautos da Paz (Campinas)
Entrada gratuita
O público menor de 14 anos de idade deve estar acompanhado dos pais ou responsáveis, portando documento de identificação.