Um levantamento realizado no início do mês pela Tembici, líder em tecnologia para micromobilidade na América Latina, com mais de mil pessoas, trouxe dados relevantes que reforçam o aumento do interesse e da aderência das pessoas ao uso da bicicleta. A pesquisa mostrou que 50% dos entrevistados passaram a pedalar mais desde o início da pandemia e 83% querem utilizar ainda mais o modal em 2022. Desde que a vida passou – e vem passando – pela montanha russa da pandemia, as pessoas têm analisado ainda mais seus hábitos. Nesse período, assuntos importantes começaram a ter um foco maior como cuidado com o bem estar, alta dos combustíveis, crise financeira e futuro do planeta. Com isso, a forma de se locomover pelas cidades também ganhou destaque.
Os motivos que levaram as pessoas a pedalarem mais também foram mapeados no estudo: 40% dos respondentes utilizam o sistema de bike compartilhada pelo menos três dias na semana, sendo que 35% deles pedalam para ir ao trabalho ou faculdade. “Apesar do crescimento de adeptos da bike como meio de transporte, ainda enfrentamos uma indústria muito forte e sustentada por uma cultura de uso do automóvel particular. Lançamos recentemente uma ferramenta que calcula e compara o gasto de todos os modais com base nas distâncias – um trajeto diário de 20 km, por exemplo, sai por mais de R$1.200 no mês, quando feito de carro, enquanto no transporte público o gasto é em média R$230 e com a bike compartilhada fica em torno de R$29,90, a depender da cidade”, explica Mauricio Villar, COO e co-fundador da Tembici.
De acordo com o executivo, a ferramenta é um convite para que as pessoas repensem seus hábitos de deslocamento. “A maioria dos trajetos em São Paulo, por exemplo, são de cerca de 5 km, distância perfeitamente ciclável. Precisamos começar a ter noção que não é preciso tirar o carro da garagem para ir à padaria, na casa do parente que mora perto ou à academia. A McKinsey também realizou uma pesquisa nos últimos dias e descobriu que 70% dos entrevistados gostariam de ir e voltar do trabalho pedalando uma bike elétrica. Caminhando, pedalando ou integrando com transporte público, contribuímos para cidades mais sustentáveis e eficientes, com redução de emissão de CO2 e congestionamento”, completa.
Segundo a pesquisa, 32% dos usuários já utilizam a bicicleta para pequenos trajetos do dia a dia e 38% dos entrevistados acreditam que em 2022 a opção será o meio de transporte mais utilizado. No entanto, o investimento em mais infraestrutura cicloviária ainda aparece como item relevante para a decisão de pedalar. Aproximadamente 52% das respostas na pesquisa afirmam que a bike faria mais parte de suas vidas se houvessem mais e melhores ciclovias e ciclofaixas.
Sobre a metodologia | A Tembici realizou a pesquisa entre a penúltima semana de novembro e segunda de dezembro. As respostas foram coletadas de forma online em um questionário enviado a usuários (58% dos respondentes) e não usuários do sistema. No total foram mais de mil respondentes dos estados: RJ, SP, PE, RS, DF, BA e ES.
(Fonte: VCRP Brasil)