O escritor Rendrik F. Franco lançou seu novo livro Quando as cores do sétimo dia. Com prefácio da renomada crítica literária Noemi Jaffe, a obra reúne 34 poemas em 96 páginas. Esse é o terceiro livro do escritor, que também publicou Nossas pálpebras (2010) e Casas Geraes (2016), todos pela Editora Iluminuras.
Segundo o escritor, o que o inspira a escrever poemas são “as pequeninas e aparentemente invisíveis frestas do quotidiano que todo poeta tenta, incansavelmente, acessar”. Rendrik conta ainda que seu projeto foi parcialmente desenvolvido em uma das oficinas literárias da Fundação Ema Klabin, em São Paulo.
Sobre o título do novo livro, Rendrik F. Franco explica que os títulos são sínteses imagéticas dos poemas. “No caso, além de ser o título de um desses poemas, este pretende espelhar também a alma do livro em seu conjunto. Torço para que cada leitor possa senti-lo de forma única e que possa buscar suas próprias respostas (ou perguntas) sobre ele”, diz.
O livro pode ser encontrado nas principais livrarias do país e no site da Editora Iluminuras.
Sobre o escritor:
Rendrik F. Franco é escritor e bibliófilo. Entre 2007 e 2015, frequentou as Oficinas de Criação Literária do Museu Lasar Segall e da Fundação Ema Klabin. Reside em Toronto, Canadá.
Serviço:
Livro Quando as cores do sétimo dia – Rendrik F. Franco
Onde encontrar: Principais livrarias do país e no site da Editora Iluminuras: http://www.iluminuras.com.br.
Confira a poesia Fotógrafo do Livro Quando as cores do sétimo dia, de Rendrik F. Franco, Editora Iluminuras:
Fotógrafo
Uns tantos outonos
e nenhum cinzeiro no retrato.
Fiz oferendas, reguei o sertão com sedas
e rosa nenhuma pra me abençoar.
O tio foi tocar piano
a lagartixa se lixou
o cortejo pegou cárie
a maldita carregou o cão
e me deixaram sem gás.
Não aguento mais vernissage
lançamento promoção curso de Lacan.
Confessei ao preso:
peço só sossego
limão e um pouco de cal,
por mim o futuro esqueço
devolvo as circunstâncias
voo só na outra mão.