Sombra ou sol? Úmido ou seco? Pequeno ou grande porte? Para cada ambiente, um tipo de planta. Partindo desta premissa, diversos aspectos devem ser observados ao planejar um jardim ou decorar usando espécies vegetais. Segundo o agrônomo e paisagista Bob Trapé, alguns detalhes que devem ser observados. “A escolha correta das espécies levará a um jardim ainda mais bonito, mantendo a harmonia com a arquitetura ao longo dos anos”, ressalta. Então, fique por dentro das orientações e bom trabalho.
Luminosidade
Ao iniciar um projeto paisagístico, é preciso identificar onde está o norte para saber como a luz solar incidirá sobre as áreas do jardim. Desta forma, já pode determinar uma gama de plantas aptas para cada local.
As plantas de sombra são espécies que sobrevivem em áreas de menor incidência de luz solar ou apenas uma claridade. Elas podem ser utilizadas em áreas claras, corredores de casas, jardim de inverno, varandas e demais espaços sombreados. Ex: Marantas, Samambaias, Lírio da paz, Costela de Adão, Chamedória e Singônio, entre outras.
Já as plantas de sol são as que se adaptam a áreas com pelo menos meio período do dia de sol pleno, ou que tenha bastante incidência de luz. Podem ser utilizadas em espaços externos de lazer, fachadas de casas e comércio. Ex: Palmeira Carpentária, Palmeira imperial, Grama amendoim, Grama esmeralda, Capim do Texas, Bulbine e Mini ixora, entre outras.
Umidade do solo
As condições do solo e localização da propriedade também podem ser avaliadas para a escolha certa das espécies. Dependendo da região, há solos mais pedregosos e áridos com pouca chuva e, em outras, podemos ter solos mais úmidos, com mais matéria orgânica e ocorrência de precipitações.
As plantas de local úmido sobrevivem em locais molhados ou até em locais encharcados e se utilizam desta condição para um crescimento pleno. Podem ocorrer em áreas de várzeas, próximo a lagos, rios e onde se tem uma reserva natural de mata. Ex: Eritrina, Orelha de elefante, Sombrinha chinesa, Taboa, alguns Filodendrons e Copo de leite, entre outras.
De outro modo, as plantas de local seco são mais adaptadas a solos com pouca matéria orgânica. Podem ocorrer em qualquer local da casa com estas condições, inclusive em vasos e jardins sobre lajes. Ex: Dracena draco, Yuca rostrata, Dasilirium, Mandacarú, Palito de fogo e Agave atenuata, entre outras.
Porte das plantas
É importante saber qual o porte de cada planta quando elas ficam adultas, pois dependendo do local elas podem atrapalhar ou até causar um transtorno ao longo dos anos. Com esse conhecimento, podemos utilizá-las em qualquer ambiente da casa, para ornamentação do paisagismo interno ou externo.
As plantas de grande porte são as que podem atingir 20 m de altura e até 10 m de comprimento lateral. Frequentemente, vemos as mudas jovens com 1,2 m de altura plantadas em locais pequenos, muito próximas umas das outras ou perto de estruturas que no futuro serão danificadas. Ex: Palmeira azul, Palmeira imperial, Pau ferro, Paineira, Palmeira washingtônia, Cipreste italiano e Kaisuca, entre outras.
Já as plantas de pequeno e médio porte são aquelas que não crescem muito e/ou podem ser facilmente podadas. Normalmente, são espécies utilizadas para renques, cercas vivam, maciços ou canteiros. Também são usadas para compor com plantas maiores e rasteiras. Ex: Flamboyant de jardim, Ipê de jardim, Manacá da serra anão, Clusia, Murta, Jasmim amarelo e Espirradeira, entre outras.
Bob Trapé Paisagismo
A empresa é fruto da experiência do agrônomo e paisagista formado pela USP, Bob Trapé. Os 12 anos nesta área possibilitou a Bob a participação em mais de 300 atividades, entre projetos e obras de implantação, tanto em grandes construtoras e empreendimentos como em residências. A empresa oferece consultoria técnica, mão de obra treinada e conta com um viveiro próprio, com produção e o cultivo de plantas ornamentais.