O Programa de Controle da Dengue, vinculado à Secretaria Municipal de Saúde, orienta a população a intensificar os cuidados e prevenir a proliferação do Aedes Aegypti no período de férias, principalmente quando a família deixa a residência para viajar. No período que compreende os meses de janeiro a maio, é registrado o maior número de casos de dengue durante o ano. As condições climáticas do verão, com chuvas e altas temperaturas, aliadas ao deslocamento de pessoas nesta época, são fatores que influenciam os altos índices da doença.
Em caso de sintomas das arboviroses dengue, chikungunya e zika durante a viagem ou no retorno, é necessário procurar uma Unidade de Saúde para atendimento, não tomar medicamentos sem orientação médica e informar ao profissional de saúde a localidade onde se esteve nos últimos 14 dias.
As pessoas que têm viagem planejada devem ficar atentas para locais onde há concentração de número de casos de dengue, zika vírus e febre chikungunya. A recomendação é que busquem informações com a Vigilância em Saúde do município de destino e adotem métodos de prevenção destas doenças; entre eles, o uso de repelentes aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de acordo com as instruções descritas no rótulo da embalagem, a eliminação de possíveis criadouros no local de hospedagem e também manter portas e janelas fechadas, usar calça e camisa de manga comprida, de preferência de cores claras.
Além da prevenção no deslocamento, devem-se ter cuidados com a residência durante a ausência dos moradores. “A orientação é não deixar objetos que acumulem água na casa fechada, nem expostos à chuva”, comenta o coordenador do Programa de Controle da Dengue, Ulisses Bernardinetti. Outro alerta é direcionado aos moradores de imóveis com piscinas – nesse caso, devem solicitar a parentes e pessoas de confiança que tratem a piscina com cloro semanalmente.
Quem possui animais de estimação também precisa ter atenção redobrada. Caso não possa deixá-los aos cuidados de outro responsável, o responsável deve recorrer a alguém de confiança para visitas em dois períodos diários para alimentação e higienização dos recipientes de comida e água, além do recolhimento de fezes do espaço dos animais.
Aos moradores que ficarão em Indaiatuba durante as férias, é importante reforçar as orientações de verificar o imóvel 10 minutos por semana e fazer a eliminação dos criadouros, manter as calhas limpas, manter ralos limpos e/ou fechados, tampar tonéis e caixas d’água, não descartar materiais em terrenos baldios e não manter pratos embaixo de vasos de plantas.
Dengue, zika e chikungunya são doenças causadas por vírus e transmitidas pelo mesmo mosquito, o Aedes Aegypti. Apesar de terem a mesma origem, as três têm alguns sintomas diferentes e é muito importante saber identificá-los, pois eles podem se confundir se não forem analisados com cuidado.
Sintomas da dengue
A infecção por dengue pode ser assintomática, leve ou causar doença grave, levando à morte. Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele.
Perda de peso, náuseas e vômitos são comuns. Na fase febril inicial da doença, pode ser difícil diferenciá-la e sua forma grave inclui dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, sangramento de mucosas, entre outros sintomas.
Sintomas da febre chikungunya
Os principais sintomas são febre alta de início rápido e dores intensas nas articulações dos pés e mãos, além de dedos, tornozelos e pulsos. Podem ocorrer ainda dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele. Não é possível ter chikungunya mais de uma vez; depois de infectada, a pessoa fica imune pelo resto da vida. Os sintomas se iniciam entre dois e doze dias após a picada do mosquito. O mosquito adquire o vírus CHIKV ao picar uma pessoa infectada durante o período em que o vírus está presente no organismo infectado. Cerca de 30% dos casos não apresentam sintomas.
Sintomas da zika
Cerca de 80% das pessoas infectadas pelo vírus zika não desenvolvem manifestações clínicas. Os principais sintomas são dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Outros sintomas menos frequentes são inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos. No geral, a evolução da doença é benigna e os sintomas desaparecem espontaneamente após 3 a 7 dias. No entanto, a dor nas articulações pode persistir por aproximadamente um mês. Formas graves e atípicas são raras, mas quando ocorrem podem, excepcionalmente, evoluir para óbito, como identificado no mês de novembro de 2015, pela primeira vez na história.
Zika e microcefalia
O Ministério da Saúde confirmou a relação entre o vírus zika e a microcefalia. O Instituto Evandro Chagas, órgão do ministério em Belém (PA), encaminhou o resultado de exames realizados em um bebê nascida no Ceará com microcefalia e outras malformações congênitas. Em amostras de sangue e tecidos, foi identificada a presença do vírus zika. Essa é uma situação inédita na pesquisa científica mundial. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos também confirmam a relação.
As investigações sobre o tema, entretanto, continuam em andamento para esclarecer questões como a transmissão desse agente, sua atuação no organismo humano, a infecção do feto e período de maior vulnerabilidade para a gestante. Em análise inicial, o risco está associado aos primeiros três meses de gravidez. O achado reforça o chamado para uma mobilização nacional para conter o mosquito transmissor, o Aedes Aegypti, responsável pela disseminação da doença.
(Fonte: http://www.combateaedes.saude.gov.br)