No mês de março, um movimento global se forma para conscientizar as pessoas sobre o que é a endometriose. Mas você sabe o que é essa doença? O fato de se reservar um mês para a mobilização social em torno da endometriose é de suma importância, pois atrai a atenção da sociedade para a doença. Embora pouco conhecido, o problema afeta cerca de 176 milhões de mulheres no mundo.
Entre os principais sintomas estão dor durante as relações sexuais, cólica menstrual intensa, alterações no hábito intestinal (diarreia ou obstipação) e dificuldade para engravidar. “Endometriose quer dizer ‘endométrio fora do lugar onde ele deveria estar’ – no ovário, no intestino, perto da bexiga – e causa basicamente dois problemas: muita dor e dificuldade para engravidar”, explica o Dr. Carlos Alberto Petta, um dos maiores especialistas em reprodução humana e saúde da mulher e presidente da Associação Brasileira de Endometriose.
Além da falta de conhecimento sobre a doença por parte das mulheres, a carência de centros de atendimentos especializados dificulta ainda mais a busca por diagnóstico preciso e tratamento eficaz. Uma pesquisa realizada com 956 médicos em dez estados brasileiros revelou que, embora a maioria dos profissionais conheça os principais sintomas (78%) e saiba como identificar a endometriose (82%), 67% dos médicos acreditam que os centros disponíveis para o tratamento da doença não são capazes de atender à demanda brasileira e 93% gostariam que houvesse mais centros de tratamento.
Saiba mais sobre a endometriose
Todos os meses, o endométrio fica mais espesso para que um óvulo fecundado possa se implantar nele. Quando não há gravidez, esse endométrio que aumentou descama e é expelido na menstruação. Em alguns casos, um pouco desse sangue migra no sentido oposto e cai nos ovários ou na cavidade abdominal, causando a lesão endometriótica.
As causas desse comportamento ainda são desconhecidas, mas sabe-se que há um risco maior de desenvolver endometriose se a mãe ou irmã da paciente sofrem com a doença.
É importante destacar que a doença acomete mulheres a partir da primeira menstruação e pode se estender até a última. Geralmente, o diagnóstico acontece quando a paciente está na faixa dos 30 anos.
Hoje, a doença afeta cerca de seis milhões de brasileiras. De acordo com a Associação Brasileira de Endometriose, entre 10% a 15% das mulheres em idade reprodutiva (13 a 45 anos) podem desenvolvê-la e 30% tem chances de ficarem estéreis.
Quem é o Dr. Carlos Alberto Petta?
Dr. Carlos Alberto Petta, CRM 53 635, é um especialista na saúde feminina e na medicina reprodutiva.
Tendo iniciado seus estudos no ano de 1980 na Unicamp, onde se graduou e fez mestrado e doutorado, é hoje um dos médicos mais renomados nos tratamentos da fertilidade e da reprodução humana.
Dr. Carlos Alberto Petta exerce suas atividades médicas e profissionais em duas das maiores clínicas de fertilidade do estado de São Paulo: a clínica associada ao Hospital Sírio Libanês e a Clínica Fertilidade e Vida, o seu mais novo projeto, que trará a Campinas o que há de mais moderno em técnicas de fertilização in vitro e no tratamento de endometriose, além de ter sido diretor médico por mais de 15 anos no Centro de Reprodução Humana de Campinas (CRHC).
O especialista ainda tem participado de inúmeros eventos nacionais e internacionais do segmento da fertilidade, participando como membro de destacadas entidades como a Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva, Núcleo Médico Científico do Instituto de Apoio e Pesquisa à Endometriose, The International Society for Gynecologic Endoscopy e World Endometriosis Reserch Foundation, entre outras.