O município de Indaiatuba mais uma vez é destaque em Gestão Fiscal. A edição 2016 do Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF), divulgado na quinta-feira, dia 28, mostra que Indaiatuba atingiu o índice de 0,8516 e, com isso, fica estre as 23 cidades do País que alcançaram o nível de excelência (indicador acima de 0,8). Dessa maneira, Indaiatuba é 1º lugar da Região Metropolitana de Campinas (RMC), a 3ª do Estado São Paulo e em 8º lugar no Brasil
Construído exclusivamente com base em estatísticas oficiais declaradas pelos próprios municípios – o IFGF é composto por cinco indicadores: Receita Própria, Gastos com Pessoal, Investimentos, Liquidez e Custo da Dívida2. A leitura dos resultados é bastante simples: a pontuação varia entre 0 e 1, sendo que, quanto mais próximo de 1, melhor a gestão fiscal do município no ano em observação. Os resultados de Indaiatuba dentro dos indicadores foram: Receita Própria (0,9328); Gastos com Pessoal (0,8045); Investimentos (0,6418); Liquidez (1,0000) e Custo da Dívida (0,9127).
Esta edição do IFGF analisou as contas do ano de 2015 de 602 dos 645 municípios do estado de São Paulo, onde vivem 43,2 milhões de pessoas – 97,3% da população. Na comparação com 2014, o número de prefeituras paulistas em situação fiscal difícil ou crítica (conceitos C e D) aumentou e atingiu 87,4% do total do estado – são 354 prefeituras com conceito C e 172 com conceito D. Apenas São Pedro, Louveira, Indaiatuba, Ilhabela e Ilha Comprida presentaram gestão de excelência (conceito A) e 71 prefeituras foram avaliadas com conceito B (indicativo de uma boa situação fiscal).
A análise dos indicadores de gestão fiscal mostrou que os municípios paulistas apresentaram desempenho superior à média nacional no IFGF Receita Própria (0,3870), IFGF Gastos com Pessoal (0,5737) e IFGF Custo da Dívida (0,8540). No primeiro, a nota média é 52,9% superior à nacional, indicando a maior capacidade de arrecadação própria dessas cidades – o estado de São Paulo apresentou o maior número de prefeituras com nota máxima nesta variável (18 prefeituras que geram mais de 50% de suas receitas). Por outro lado, o IFGF Investimentos (0,3961) médio do estado é 7,4% inferior ao nacional, em 2015 os municípios paulistas investiram em média 8,1% do orçamento, frente a 12,2% apurados em 2014 e à média nacional de 9,0%. A média do IFGF Liquidez (0,3453 pontos) é 22,0% inferior à nacional, indicando maior comprometimento das prefeituras paulistas com restos a pagar.
Na parte inferior do ranking, entre os dez piores resultados do estado, predominou a baixa liquidez e o elevado comprometimento das receitas com gastos de pessoal. No IFGF Liquidez, nove cidades desse grupo receberam nota zero por terminarem 2015 com mais restos a pagar do que recursos em caixa. No IFGF Gastos com Pessoal, oito cidades receberam zero por registrarem gastos de pessoal acima do teto de 60% estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Baixo nível de investimentos também foi característica comum – oito cidades receberam conceito D nesse indicador por investirem menos de 8% das receitas; as exceções foram Pedranópolis e Guarani d’Oeste, que ficaram com conceito C. Na comparação com 2014, todas essas as cidades registraram piora da situação fiscal. O município de Restinga teve o maior recuo (-74,1%), reflexo da queda expressiva no IFGF Investimentos e do IFGF Gastos com Pessoal.
Avaliação Tribunal de Contas de SP
É importante ressaltar que em outubro de 2015 a Prefeitura de Indaiatuba também recebeu do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (Tcesp) o Índice de Efetividade da Gestão Municipal (IEGM), segundo o qual o município ficou entre as melhores avaliadas do Estado e RMC. A cidade alcançou a nota B+, a maior atribuída a um município. Isso significa que a política pública aplicada pelo prefeito licenciado Reinaldo Nogueira (PMDB) frente à Prefeitura foi considerada “Muito Efetiva”. Levando em consideração os índices de educação e saúde Indaiatuba é a única cidade da RMC com nota ‘A’ nas duas vertentes.
A avaliação do Tcesp foi formatada com as seguintes notas: A (Altamente efetiva) – IEGM com pelo menos 90% da nota máxima e, no mínimo, 5 índices com nota A; B+ (Muito efetiva) – IEGM entre 75,0% e 89,9% da nota máxima; B (Efetiva) – IEGM entre 60,0% e 74,9% da nota máxima; C+ (Em fase de adequação) – IEGM entre 50,0% e 59,9% da nota máxima e C (Baixo nível de adequação) – IEGM menor ou igual a 49,9%.
Nas áreas de Educação e Saúde, Indaiatuba foi considerada “Altamente Efetiva”, com nota “A”. O município também obteve três conceitos B+, sendo classificada como muito efetiva nas áreas Fiscal (i-Fiscal); Tecnologia da Informação (i-Gov) e de Proteção dos Cidadãos (i-Cidade). Recebeu nota B (efetiva) na área ambiental (i-Amb) e encontra-se em fase de adequação nota C+ na área de planejamento (i-Planejamento).
O Tcesp considerou Indaiatuba como um município de grande porte na região administrativa de Campinas, tendo mais de 231 mil habitantes, receita total de R$836.153 mil; despesa total de R$781.966 mil e resultado orçamentário de R$54,187 milhões. Outras cidades de grande porte da RMC e suas classificações são Americana (C+); Campinas (C+); Hortolândia (B+) e Sumaré (B+).