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SESC Avenida Paulista recebe artistas que expõem seus trabalhos nas ruas de seu entorno na feira ‘Artesanias da Avenida’

São Paulo, por Kleber Patricio

Xilogravura de Luciano Ogura. Foto: Alisson Sbrana.

Nos dias 18 e 25 de março, sábados, a partir das 11h, a praça (térreo) do SESC Avenida Paulista recebe a feira Artesanias da Avenida como parte do projeto ‘Territórios do Comum’. Nela, alguns artesãos selecionados que atuam na Avenida Paulista e ali compartilham suas experiências e saberes e comercializam suas obras. Além da exposição dos trabalhos, o DJ Anderson Farias, um dos primeiros DJs cegos do país, apresenta o seu set durante a feira. O evento é aberto, gratuito e todos os artistas expõem seus trabalhos nos dois sábados, 18 e 25 de março.

A iniciativa tem o objetivo de sensibilizar o público para trabalhos realizados no território da Avenida, trazendo alguns artistas e artesãos, cuja experiência de expor e vender seu trabalho na rua os expõe a diferentes situações e inspirações para suas criações. A diversidade de técnicas está contemplada na seleção de expositores.

O projeto ‘Territórios do Comum’ chega à sua segunda edição em 2023 com uma programação voltada à construção de modos de viver mais sustentáveis, economicamente justos e com acessibilidade a todos os públicos, em atividades distribuídas por 22 unidades do SESC no Estado de São Paulo. A programação completa está disponível aqui e foi pensada com o objetivo de construir e fortalecer vínculos entre os participantes, na medida em que aproxima as pessoas que residem numa mesma região ou pessoas de outras localidades, mas com interesses e propósitos semelhantes.

ARTISTAS SELECIONADOS  

Yureth Rosales e Jorge – Esculturas em madeira | Nascido em 1979 em Santiago de Cuba, é formado em Engenharia Florestal e ali começou o interesse por esculturas em madeiras. Em Havana, também atuou na área florestal e, paralelamente, também com esculturas. Mudou-se para o Brasil em 2018 e se dedicou ao trabalho artesanal. Hoje trabalha num atelier na Zona Norte, mudou um pouco a técnica do Caribe, desenvolve objetos de decoração minimalista e, visando o reaproveitamento de materiais, sempre utilizando madeiras sobras de obras e podas.

Davi Rodrigues – Serigrafia, ilustração e encadernação | Ilustrações utilizando as técnicas de serigrafia e xilogravura como ferramentas de reprodução em tecido (camisetas/ecobags etc.) e papel (posters). Os temas transitam entre um espectro mais político, no caso, antifascismo e anarquismo e também um outro espectro mais voltado a natureza, animais, literatura e música.

Saboaria Amor Natural | Sabonetes artesanais, produtos de cuidado natural. Trabalha com sabonetes artesanais, hidratantes, sais de banho, escalda pés, desodorantes naturais.

Janaluh – Bolsas | Em 2015 começaram a jornada com acessórios devido a uma transição capilar. Na mesma época começaram a expor na Avenida Paulista e ficaram nesse produto por um ano. Sentiram a necessidade de oferecer algo a mais e então começaram a estudar e se especializaram na área de bolsas. Hoje são mais de 5 mil bags espalhadas pelo mundo. Janaluh é uma marca autoral familiar. Tudo é produzido pela família, desde a modelagem, corte e confecção das peças. E o nome Janaluh foi inspirado nos nomes Janaína e Ana Luiza, filhas.

Fátima Bonecos – Bonecos de pano | Fátima é uma artesã de 68 anos e que faz bonecos há 28 anos. Todas as peças são criações da artesã e confeccionadas por ela. O seu lema é “pano vira boneco, boneco vira história, história vira memória”.

Fernanda Izake – Biojoias | Trabalho artesanal com biojoias, incluindo desidratação das flores, encapsulamento na resina e lapidação das peças transformando em pingentes delicados.

Dona Bete – Bolsas, cachepôs, carteiras | Trabalham com a técnica upcycling, com uma proposta de reutilizar e transformar algo existente em algo novo. Desta forma, contribuem para diminuição do lixo têxtil, já que não necessita de extração de matéria-prima para construção de novos produtos. A principal matéria-prima é o jeans (peças usadas), além de saco de café de juta e também camisetas, que se tornam bolsas, carteiras, cachepô, aventais e nécessaires, entre outros.

Guere-Guere – Brincos, pulseiras e colares | Uma marca independente de acessórios artesanais criada, constituída e produzida por mulheres, que vem ocupando diversos espaços desde 2013, começando pelos lugares públicos e espaços alternativos e independentes. Suas criações e (re)invenções vêm da ideia de reutilizar materiais como tecidos, madeira, concreto, polímero, vidro, azulejo, papel, linhas e cordas, muitos desses descartados pela indústria, assim os transformam em acessórios artesanais com design.

José Claudio – Esculturas e miniaturas | Seu trabalho é realizado a partir de madeiras e materiais reciclados, caixotes de sobra de feiras livres, pallets doados por empresas e sobras de fiações; com muita imaginação e nenhum curso de especificação, tudo nasce da criatividade. O artista é autodidata e trabalha com óleo sobre madeiras, argila, madeira, esculturas em tamanho natural ferro e cimento e em pedra sabão.

Jardim Mundo – Terrários | A ideia surgiu inicialmente como um processo terapêutico para cura da depressão. E não só curou o artista, como lhe presenteou com a possibilidade de trabalhar com o que ele ama. Jardim Mundo é uma marca que compõe pequenos ecossistemas em potes popularmente conhecidos como terrários, mas que aqui são chamados de santuários, produzidos com o máximo de respeito e dedicação com cada plantinha. São peças decorativas ricas em potencial energético, positivo e natural.

Luciano Ogura – Xilogravura | Luciano Ogura é arquiteto e urbanista, vive e trabalha em São Paulo. Gravador contemporâneo, há mais de 20 anos lida com a linguagem da xilogravura, onde seu foco está na produção dos mais variados temas, pesquisando e retratando “as coisas do mundo”. Sua marca consiste em um olhar delicado e minucioso sobre as coisas, desenvolvendo uma poética única que trabalha a forma e a cor.

Leila Garcia Acessórios – Acessórios e bolsas | Leila Garcia Acessórios é uma marca de bolsas e acessórios voltada para o público que gosta de criatividade e ousadia. Trabalham com bolsas em tecido sintético, couro e bijuterias de MDF, cordões, resina e couro.

Katia Del Giorno – Ilustração | Kátia Del Giorno, é artista visual, artesã e educadora. Seu percurso nas artes visuais começou desde bem cedo ainda na infância. É graduada em Pedagogia, atuou muito anos na educação infantil e seu percurso formativo e experimental em arte se deu de forma múltipla, por meio de cursos livres de arte, investigações com crianças na educação infantil e alguns trabalhos de ilustração.

Fábio José Arte Única – Biojoias | Com um trabalho totalmente manual, utilizam o reaproveitamento/reciclagem da madeira, acrílico e resina para a confecção de acessórios, como colares, brincos e anéis chamados biojoias. O tempo de fazer depende de cada peça de duas horas até três dias.

Roberval Rodan – Xilogravuras | Roberval é desenhista, pintor, restaurador, gravurista, nascido em 1959, Recife-PE. Vive e trabalha em São Paulo. A exemplo da maioria dos xilogravuristas, Roberval utiliza apenas goiva, buril, formão, canivete ou faca doméstica (bem amolados) e talha em madeiras da Cajazeira e Jequitibá. Para a impressão, utiliza prensa ou colher de pau, papel opaline e tinta cromo offset.

Marcelo Takada – Caleidoscópios, prismas e jogos | Desde pequeno se interessa por desenho e habilidades manuais. Quando adolescente se aficcionou pela ideia de pintar camisetas, o que levou a encontrar o produto inicial e a técnica de pintura: aerografia em luminárias de vidro. Deste desenvolvimento o percurso da trajetória o levou ao artesanato que foi propiciando as técnicas e manejos, resultando no trabalho com vidros, espelhos e outros materiais como acrílico, plásticos e recicláveis.

Tamie Cerâmicas – Cerâmicas (travessas, cumbucas e pratos) | Sua proposta com a cerâmica de alta temperatura é proporcionar aprendizado e apreciação a esta arte milenar oriental, que integra a natureza, arte e paz. Revela que ver a matéria-prima sem forma se transformar em um objeto que você idealizou artisticamente, que você mesmo fez, é muito gratificante.

Meu Universo – Bonecas de pano inclusivas | A artista trabalha com artesanato há mais de 30 anos, passando por vários segmentos e produtos. Decidiu se dedicar aos estudos e desenvolveu a criação das bonecas inclusivas. Feitas de tecido, seu carro-chefe são as bonecas negras e as com vitiligo. A artista prioriza a representatividade, para que todas as crianças possam se reconhecer em seus brinquedos.

FC Moda Trans – Roupas | Em 2015, Fernanda participou do Programa Transcidadania da Prefeitura de São Paulo, onde retomou os estudos e realizou o curso de corte e costura. Montou um pequeno ateliê em casa e começou a produzir suas peças. Fabrica calças, vestidos e camisas. Procura usar tecidos de algodão, viscose e tecidos não sintéticos, visando a sustentabilidade. Hoje empreende de forma independente e sobrevive por meio da costura.

Ateliê Lamuja Cerâmica | O ateliê Lamuja Cerâmica surge na periferia de São Paulo, com alguns aprendizados que a artista vem coletando e desenvolvendo em seu trabalho. A cerâmica é a matéria-prima de estudo, no qual são desenvolvidos utensílios, como xícaras, canecas, tigelas e objetos de estudo. O foco é a produção artesanal em seu processo todo manual, com queima a gás e modelagem sem torno.

Serviço:

Feira |Artesanias da Avenida

Quando: 18 e 25 de março de 2023. Sábado, das 11h às 16h

Onde: Praça – térreo

Classificação etária: Livre

Gratuito. Sujeito à lotação

SESC Avenida Paulista

Avenida Paulista, 119, São Paulo (SP)

Fone: (11) 3170-0800

Transporte Público: Estação Brigadeiro do Metrô – 350m

Horário de funcionamento da unidade:

Terça a sexta, das 10h às 21h30.

Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30.

Horário de funcionamento da bilheteria:

Terça a sexta, das 10h às 21h30.

Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30.

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(Fonte: SESC Avenida Paulista)