O teatro é, essencialmente, a arte do encontro. E a CTI – Cia. Teatro da Investigação – Teatro-Baile evoca esse sentimento acolhedor no espetáculo “A Casa da Farinha do Gonzagão – 10 anos de chão!”, que faz seis apresentações gratuitas em espaços da cidade – CEU Parque Anhanguera, CIEJA Perus, CEU Parque Bristol, Espaço Cultural Inventivos, Teatro Arthur Azevedo (no estacionamento), CEU Tremembé e Parque Raul Seixas, em entre 5 de maio e 25 de junho.
O trabalho estreou em 2012 para celebrar o centenário de nascimento de Luiz Gonzaga e, ao longo dessa década, já participou de 35 mostras e festivais pelo Brasil. “Estamos sempre repensando esse texto para nos adequarmos aos questionamentos do nosso tempo. Por ter protagonismo feminino, queremos evitar falas machistas, por exemplo”, conta Edu Brisa, diretor e dramaturgo da peça.
A obra define-se como um teatro-baile, pois envolve música, dança e culinária. Os espectadores são convidados a experimentar diferentes sensações por meio das canções e das comidas típicas do Nordeste servidas durante a apresentação. Toda a experiência é acolhedora e procura despertar uma memória afetiva no público.
Sobre a história
O ponto de partida da encenação são canções eternizadas por Gonzagão. “Entendemos que, para homenagear o Rei do Baião, precisávamos homenagear os fãs dele, que gostam de dançar forró e de comer uma paçoquinha e um baião de dois. E esses elementos estão no espetáculo. Então, criamos personagens ficcionais a partir das letras desse grande compositor”, detalha o dramaturgo.
Essas figuras são transportadas para uma casa de farinha – espaço considerado a cozinha do sertão – e se sentem livres para compartilhar as suas histórias. A peça é uma maneira de o grupo investigar o modo de vida do brasileiro comum, gerando uma forte identificação com a plateia.
“Apresentamos muitas vezes espetáculo ‘A Casa da Farinha do Gonzagão – 10 anos de chão!’ em ruas e praças pelo país. E é muito legal ver como as pessoas se envolvem com o trabalho. Elas se sentem representadas e importantes. Um dos depoimentos mais bonitos que recebemos foi sobre o baião de dois. Em uma apresentação em São José dos Campos, um espectador veio nos agradecer, porque o baião de dois de verdade precisa ter coentro e pimenta e nós fizemos certo”, lembra-se o diretor.
Por retratar de maneira singular os desejos, infortúnios e a labuta cotidiana de quem vive no Brasil, Gonzagão tem uma obra atemporal. Para a companhia, suas canções têm uma alegria que renova, em cada um, a esperança de dias melhores.
Dessa maneira, o espetáculo configura-se como uma grande festa. “É um momento de comunhão, em que o público se converte automaticamente em atuador”, completa Brisa.
Sinopse | Teatro-Baile baseado na obra de Luiz Gonzaga. Os personagens das músicas do Rei do Baião são transportados para uma casa de farinha, a cozinha do sertão, e lá, em sua intimidade criativa, têm a chance de contarem seus “causos” e suas vidas.
FICHA TÉCNICA
Dramaturgia e direção: Edu Brisa
Atuadores: Cris Camilo, Beto Bellinati, Juliana Grifes, Odília Nunes, Val Ribeiro e Edu Brisa
Músicos: Bia Nascimento, Fefê Camilo e Harry De Castro
Cenário: Thapióca
Figurinos: Ana Cristina Ramos, Selma Paiva e Samara Neves
Direção musical: Harry de Castro
Sonoplastia: Samara Neves
Preparação musical: Fernando Alabê
Preparação corporal e vocal: Carlos Simioni – Lume Teatro
Treinamento de máscaras: Cida Almeida
Orientação em Teatro Popular: Ednaldo Freire.
Serviço:
“A casa de farinha do Gonzagão – 10 anos de chão!”
Duração: 65 minutos | Classificação: Livre
12/5, sexta-feira, 19h
CIEJA Perus – Rua Francisco José de Barros, 160 – Vila Inácio, São Paulo – SP
19/5, sexta-feira, 19h
CEU PQ Bristol – Rua Prof. Artur Primavesi, s/n – Parque Bristol, São Paulo – SP
28/5, domingo, 16h | Virada Cultural
Estacionamento do Teatro Arthur Azevedo – Av. Paes de Barros, 955 – Alto da Mooca, São Paulo – SP
2/6, sexta-feira, 19h
CEU Tremembé – Rua Adauto Bezerra Delgado, 94 – Parque Casa de Pedra, São Paulo – SP
25/6, domingo, 14h
PQ Raul Seixas – Rua Murmúrios da Tarde, 211 – Conj. Res. José Bonifácio, São Paulo – SP
Sempre uma hora antes das apresentações terá compartilhamento de processo com o público.
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(Fonte: Canal Aberto Assessoria de Imprensa)