Em suas semelhanças e diferenças, dois universos musicais serão unidos no palco do Theatro Municipal de São Paulo. O primeiro, o Maracatu de Chico Rei, bailado afro-brasileiro com coro composto pelo brasileiro Francisco Mignone em 1933 inspirado na lenda de Chico Rei, à qual se atribui a origem das festas de congado. Já o segundo, Carmina Burana, uma cantata cênica composta pelo alemão Carl Orff, composição extremamente popular por seu movimento de abertura e pelo de fecho, intitulado “O Fortuna”.
O espetáculo será apresentado pela a Orquestra Sinfônica Municipal, Coro Lírico Municipal, Coral Paulistano e Coro Infanto Juvenil da Escola Municipal de Música de São Paulo, nos dias 21 (quinta) e 22/12 (sexta), às 20h. O concerto, intitulado Maracatu e Burana, tem a regência de Roberto Minczuk e conta com Mário Zaccaro como regente do Coro Lírico e Maíra Ferreira como regente do Coral Paulistano. Os solistas incluem Maria Carla Pino Cury (soprano), Jabez Lima (tenor) e David Marcondes (barítono). Os ingressos variam de R$12 a R$64, a classificação é livre e a duração é de 120 minutos.
De acordo com o maestro titular, Minczuk, ambas as obras são celebradas por seu impacto musical e popularidade. “Francisco Mignone é um dos mais espetaculares compositores brasileiros, um compositor nacionalista, que se utiliza de danças e ritmos brasileiros em uma música de uma energia vital que se assemelha muito a Carmina Burana. São composições muito rítmicas e que utilizam o coro de uma maneira muito impactante”, pontua.
O Maracatu Chico Rei traz como personagem o rei de uma tribo africana aprisionada e enviada ao Brasil onde seus componentes foram vendidos como escravos em Minas Gerais. Heroicamente, com seu trabalho, Chico Rei conseguiu se alforriar e alforriar membros da tribo com quem formou em Ouro Preto a Confraria do Rosário, ligando-se à Igreja de Nossa Senhora do Rosário. O bailado modifica essa tradição destinando-se o ouro à alforria de seis membros da tribo que continuavam escravos.
Em Carmina Burana, o público poderá assistir a um concerto de exuberante vigor rítmico-dramático e fortes acentos eróticos. Inicialmente destinada à representação como ópera, a obra ganhou popularidade como uma cantata para grande coro, tanto adulto quanto infantil, e solistas. Essa cantata é emoldurada por um dos mais valiosos símbolos da Antiguidade, a Roda da Fortuna, eternamente girando, trazendo alternadamente boa e má sorte.
Para mais informações sobre os espetáculos, confira a programação completa abaixo, ou acesse o site oficial do Theatro.
Serviço:
Theatro Municipal de São Paulo
Praça Ramos de Azevedo, s/nº – Sé – São Paulo, SP
Capacidade Sala de Espetáculos: 1503 pessoas.
(Fonte: Assessoria de Imprensa/Theatro Municipal de São Paulo)