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Projeto Olhos da Serra forma brigadistas florestais para atuar na Serra do Japi

Jundiaí, por Kleber Patricio

Curso faz parte da segunda fase do projeto e foi realizado em parceria com o Programa Suindara, do Instituto Cerrados. Fotos: Flávio Grieger.

O projeto Olhos da Serra, em parceria com o Programa Suindara, do Instituto Cerrados, promoveu o Curso de Formação de Brigadistas Florestais na Serra do Japi. Realizado entre os dias 27 de novembro e 1º de dezembro, em Jundiaí (SP), a capacitação contribui para a prevenção e combate a incêndios no território que insere os municípios de Cabreúva, Cajamar, Jundiaí e Pirapora do Bom Jesus e é reconhecido como um dos últimos trechos de floresta contínua do Estado de São Paulo. Com informações técnicas, aulas teóricas e atividades práticas, envolvendo representantes da Guarda Municipal, de servidores da Defesa Civil, da Fundação Serra do Japi e outros agentes, o curso orientou-se pelas formações oficiais do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).

Em sua segunda fase, o projeto Olhos da Serra é uma iniciativa do Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Consórcio PCJ), com o patrocínio da Coca-Cola Brasil e da Coca-Cola FEMSA Brasil, e tem como foco prioritário preservar a Serra do Japi.

Para Águeda Lourenço, coordenadora do Programa Suindara, do Instituto Cerrados, o Curso de Formação de Brigadistas Florestais é fundamental para capacitar as pessoas a prevenir e combater os incêndios em vegetação nativa de forma correta e segura. “Na parceria com o Olhos da Serra, o treinamento foi planejado para atender especificamente a Serra do Japi, que se estende por quatro municípios paulistas”, destaca.

Multiplicadores

Curso totalizou 40 horas e seguiu os moldes das formações oficiais de combate a incêndios do ICMBio.

O Curso de Formação de Brigadistas Florestais na Serra do Japi totalizou 40 horas e seguiu os moldes das formações oficiais de combate a incêndios do ICMBio. Todos os participantes realizaram Teste de Aptidão Física (TAF) e Teste no Uso de Ferramentas Agrícolas (THUFA).

As aulas teóricas foram ministradas pelos instrutores Fernando Tizianel e Raoni Japiassu, analistas ambientais do ICMBio, na sede do Cream (Centro de Referência de Educação Ambiental), em Jundiaí.

“Ao longo dos anos, o ICMBio acumula uma grande expertise no combate de incêndios florestais”, afirma Fernando Tizianel. De acordo com o analista ambiental, diante do aumento no número de incêndios em áreas de floresta, motivado por fatores que incluem as mudanças climáticas, a capacitação oferecida pelo ICMBio permite que os participantes entendam o manejo integral do fogo. “A pessoa passa a ter uma leitura não só do comportamento fogo na paisagem, mas também amplia seu entendimento sob os aspectos cultural, social, econômico e ambiental daquela região, com o propósito de se tornar um articulador e um multiplicador de conhecimento”, diz.

A formação e a multiplicação de conhecimentos, segundo Rodrigo Gustavo Lopes, guarda municipal da Divisão Florestal e aluno do Curso de Formação de Brigadistas Florestais na Serra do Japi, têm importância fundamental para a preservação do território. “Saímos do curso com uma bagagem mais técnica e estamos mais preparados para contribuir na prevenção e no combate aos incêndios na área da floresta”, afirma.

Integração

Superintendente da Fundação Serra do Japi, Vânia Plaza Nunes lembra que, neste ano, um incêndio importante na Serra do Japi devastou uma área de vegetação que havia sido recomposta há pouco tempo. “Os incêndios afetam severamente a biodiversidade, com perda de flora e fauna, e comprometem o sistema mais importante da Serra do Japi que tem características únicas”, destaca.

Todos os participantes realizaram Teste de Aptidão Física (TAF) e Teste no Uso de Ferramentas Agrícolas (THUFA).

Nos municípios inseridos na Serra do Japi, observa Vânia, há uma lacuna de agentes preparados e treinados para a ação contra incêndios florestais, “especialmente diante das mudanças climáticas que estamos enfrentando. Não somente o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil precisam estar preparados para os incêndios florestais, mas também a sociedade civil. É preciso que haja o envolvimento da comunidade, e sempre que possível, a participação em atividades como este curso promovido pelo Olhos da Serra.”

Para a superintendente, a equipe do ICMBio trouxe relevantes contribuições técnicas, teóricas e práticas para todos os participantes. “Quando temos pessoas preparadas em todos os municípios para adotar medidas preventivas e combater incêndios florestais, a integração para preservar a Serra do Japi faz toda a diferença”, conclui.

Projeto Olhos da Serra | Conduzido pelo Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Consórcio PCJ), com patrocínio de Coca-Cola Brasil e Coca-Cola FEMSA Brasil, o Olhos da Serra tem o propósito de conservar os recursos hídricos na região. Como prioridade total no projeto, a preservação dos recursos naturais compreende, entre outras atividades, o combate a incêndios, com formação de brigadistas e aplicação de curso de capacitação profissional pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), a educação ambiental, o monitoramento de invasões humanas, a promoção de ações de reflorestamento e saneamento rural, com a implantação de uma propriedade modelo com tratamento de efluentes, gestão de resíduos e de água cinza. O Olhos da Serra também conta com a parceria das seguintes instituições: Prefeitura Municipal de Jundiaí (Diretorias de Meio Ambiente, de Agronegócios e de Parcerias Estratégicas, Guarda Municipal – Divisão Florestal e Defesa Civil), Fundação Serra do Japi, DAE Jundiaí, Fundação Florestal, Embrapa, Instituto Cerrados, Associação dos Amigos dos Bairros de Santa Clara, Vargem Grande, Caguassu e Paiol Velho (SAB Santa Clara), Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Comdema), Conselho Gestor da Serra do Japi (CGSJ), Companhia de Informática de Jundiaí (Cijun) e Aliados pela Água.

(Fonte: MXP Comunicação)