MATA ATLÂNTICA – Foi prorrogado até o dia 29 de fevereiro a primeira fase do edital da Fundação SOS Mata Atlântica que destina um total de R$1 milhão para apoiar a criação e implementação de Unidades de Conservação (UCs) Municipais. O objetivo é estimular os municípios a fortalecer a gestão ambiental de seus territórios, investindo no planejamento e na execução de medidas que assegurem proteção e uso sustentável do ambiente natural. O edital é um presente pelos 30 anos da Fundação e conta com o patrocínio de Bradesco Cartões, Bradesco Seguros e Repsol Sinopec Brasil.
O processo seletivo é dividido em duas etapas. Na primeira, deve ser feito o envio de cartas-consultas até o dia 29 de fevereiro de 2016. A comunicação das propostas aprovadas na primeira fase permanece até o dia 5 de março de 2016. Após o resultado, as propostas completas poderão ser encaminhadas até o dia de 15 de abril de 2016.
As propostas terão quatro linhas de apoio, que são específicas para UCs reconhecidas no âmbito municipal:
Habitam os municípios da Mata Atlântica 72% da população brasileira. São 145 milhões de pessoas que dependem do bioma para os serviços ambientais essenciais, como a regulação do clima e o abastecimento de água em quantidade e qualidade. E boa parte do que restou da Mata Atlântica está próximo ou inserido em regiões altamente urbanizadas.
“Esta agenda é uma nova prioridade institucional e, com o edital, queremos colaborar com o fortalecimento desse importante mecanismo de conservação da biodiversidade local na Mata Atlântica”, diz Marcia Hirota, diretora-executiva da Fundação SOS Mata Atlântica. Para marcar também o aniversário de 30 anos, a ONG lançou um selo comemorativo, que será usado ao longo de todo o ano de 2016.
Atualmente, a cobertura florestal da Mata Atlântica foi reduzida a 12,5% da extensão original, sendo que somente 8,5% estão em bom estado de conservação. Entre as principais motivações para a criação de UCs nos municípios estão a proteção da paisagem natural, a promoção de atividades de lazer, recreação, ecoturismo e educação ambiental. Além disso, as UCs podem permitir a realização de atividades de pesquisa e ampliação do conhecimento científico, a proteção de recursos hídricos para o abastecimento das cidades como, por exemplo, bacias e mananciais.
Segundo Erika Guimarães, coordenadora de Áreas Protegidas da SOS Mata Atlântica, o presente não poderia ser mais oportuno, uma vez que a criação de UCs é considerada uma das principais ferramentas para assegurar a proteção da paisagem natural, a conservação da biodiversidade, de ecossistemas e espécies raras ou ameaçadas de extinção, bem como para conciliar conservação, expansão e o desenvolvimento local.
Vale destacar que a intenção também é apoiar áreas em ambientes costeiros e marinhos. “Atualmente, temos apenas 1,57% de áreas marinhas brasileiras protegidas na forma de Unidades de Conservação. Precisamos ampliar esse número com urgência”, afirma o biólogo Diego Igawa Martinez, do programa Costa Atlântica da Fundação.
(Via SOS Mata Atlântica)