A Associação Sempre Amigos – Diabetes realiza no próximo domingo, dia 20, das 9h às 15h, no Espaço Ópera, em Indaiatuba, o evento Projeto Pic Nic Azul Saudável. O objetivo da ação é reunir colaboradores e a população em geral em evento descontraído, que envolverá a degustação de prato saudáveis e orientações com fisioterapeutas e farmacêuticos, além de massagens, exames de glicemia e aferição de pressão. Para participar, é necessário que cada participante leve um prato de salgado e se vista com a cor azul. O evento tem o apoio da Secretaria de Saúde e Faculdade Max Planck e Espaço Ópera Salão de Festa.
O presidente da associação, Edvaldo Apolinário, alerta que o diabetes é uma doença grave e pode matar se o paciente não seguir corretamente as orientações médicas. Destacou que 44% da população tem diabetes e não sabe – são 15 milhões de pessoas, entre adultos e crianças, afetadas pela doença.
Edvaldo explicou que todos podem participar do evento. “Também vamos conseguir agendar gratuitamente, para quem tem diagnóstico de diabetes, o exame gratuito de fundo de olho, pois um dos problemas de quem tem a doença é o comprometimento da visão.”
Edvaldo explicou ainda que no dia 18, às 16h, no Estacionamento do Parque Ecológico, haverá um movimento com os profissionais das Secretarias de Saúde e de Esportes e alunos da Max Planck para trabalhar com a população. “Haverá no Parque aulas de alongamento e zumba, além de aferição de pressão arterial”.
Indaiatuba ainda tem o grupo Diabetes no Controle, que se reúne há um ano, às segundas, quartas e sextas-feiras, das 18h às 19h, na Interclínicas da Faculdade Max Planck, para passar por atendimentos de enfermagem, psicologia, fisioterapia, nutrição e farmácia. Os pacientes passam por avaliação, acompanhamento e exames de sangue. “Em janeiro teremos também o acompanhamento de um cardiologista”. O grupo funciona há mais de um ano e 150 pessoas já participaram das reuniões; atualmente, 40 pessoas estão em acompanhamento.
Diabetes
O Diabetes Mellitus é uma doença caracterizada pela elevação da glicose no sangue (hiperglicemia). Pode ocorrer devido a defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas, pelas chamadas células beta. A função principal da insulina é promover a entrada de glicose para as células do organismo, de forma a que ela possa ser aproveitada para as diversas atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação resulta, portanto, em acúmulo de glicose no sangue, o que chamamos de hiperglicemia.
A grande maioria dos casos está dividida em dois grupos: Diabetes Tipo 1 e Diabetes Tipo 2.
Diabetes Tipo 1 – Essa forma de diabetes é resultado da destruição das células beta pancreáticas por um processo imunológico, ou seja, pela formação de anticorpos pelo próprio organismo contra as células beta, levando à deficiência de insulina. Em geral, costuma acometer crianças e adultos jovens, mas pode ser desencadeado em qualquer faixa etária.
O quadro clínico mais característico é de um início relativamente rápido (alguns dias até poucos meses) de sintomas como sede, diurese e fome excessivas, emagrecimento importante, cansaço e fraqueza. Se o tratamento não for realizado rapidamente, os sintomas podem evoluir para desidratação severa, sonolência, vômitos, dificuldades respiratórias e coma.
Diabetes Tipo 2 – Inclui a grande maioria dos casos (cerca de 90% dos pacientes diabéticos). Nesses pacientes, a insulina é produzida pelas células beta pancreáticas, porém, sua ação está dificultada, caracterizando um quadro de resistência insulínica. Isso vai levar a um aumento da produção de insulina para tentar manter a glicose em níveis normais. Quando isso não é mais possível, surge o diabetes. A instalação do quadro é mais lenta e os sintomas – sede, aumento da diurese, dores nas pernas, alterações visuais e outros – podem demorar vários anos até se apresentar. Geralmente está associado com aumento de peso e obesidade, acometendo principalmente adultos a partir dos 50 anos. Contudo, observa-se, cada vez mais, o desenvolvimento do quadro em adultos jovens e até crianças. Isso se deve, principalmente, pelo aumento do consumo de gorduras e carboidratos aliado à falta de atividade física.