A intensa jornada de cinco meses de itinerância pelo país – que começou em 20 de junho e já passou por 30 cidades das cinco regiões – será celebrada no dia 30 de outubro no Espaço Tápias, no Rio de Janeiro, cidade-sede do Dança em Trânsito, com um programa duplo apresentado pelas companhias coreanas Goblin Party e Art Project BORA com entrada gratuita. O festival ainda segue por algumas cidades do interior do estado do Rio até 3 de novembro. Ao todo, 33 companhias de 13 países se apresentaram para um público de aproximadamente 40 mil pessoas, com entrada gratuita ou a preços populares. O 22º Dança em Trânsito é apresentado pelo Ministério da Cultura, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, e conta com patrocínio master do Instituto Cultural Vale e patrocínio da Volkswagen Caminhões e Ônibus e Engie Brasil Energia.
“Encerramos mais uma edição com números expressivos e nada melhor do que celebrar aqui no Rio, nossa base e onde tudo começou, com um programa especial no Espaço Tápias reunindo duas companhias coreanas convidadas em um programa duplo”, comemora Giselle Tápias, diretora artística e curadora do festival, ao lado de Flávia Tápias.
Quarta – 30/10
O programa começa às 19h, com o espetáculo Once upon a time, da cia coreana Goblin Party. No palco, três bailarinos e um músico fazem uma reverência ao passado e à tradição, seja nos trajes, canções, aparência e contos folclóricos apresentados, ao mesmo tempo em que introduzem elementos contemporâneos.
Na sequência, seis bailarinos e um músico do Art Project BORA ocupam o palco do Espaço Tápias com Somoo, que assim como a Goblin Party, também une a cultura tradicional coreana com elementos contemporâneos. A obra é inspirada na máscara tradicional coreana Somoo e, por meio desse símbolo e de outros elementos da cultura coreana, fazem a ponte entre o passado e o presente.
O festival este ano passou por Belo Horizonte (MG), Brumadinho (MG), Coronel Fabriciano – Timóteo (MG), Ipatinga (MG), Governador Valadares (MG), Baixo Guandú (ES)/Aimorés (MG), Vila Velha (ES), Vitória (ES), Entre Rios do Sul (RS), Alto Bela Vista (SC), Florianópolis (SC), Curitiba (PR), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Ilha do Combú (PA), Belém (PA), Parauapebas (PA), Canaã dos Carajás (PA), Curionópolis (Serra Pelada) (PA), Brasília (DF), Imperatriz (MA), Açailândia (MA), Pindaré-Mirim (MA), Itapecuru-Mirim (MA), São Luís (MA), Quatis (RJ), Resende (RJ), Volta Redonda (RJ) e Mangaratiba/Itaguaí (RJ).
Dança em Trânsito
Criado em 2002, o Dança em Trânsito é um festival internacional de dança contemporânea que tem por objetivo valorizar, promover e democratizar esta expressão artística, seja pelo intenso intercâmbio entre artistas e companhias do Brasil e do exterior, como também pela itinerância, percorrendo desde as grandes cidades até pequenas localidades no interior do Brasil em teatros ou espaços públicos. Sua atuação abrange ainda residências artísticas, com oficinas de criação e workshops abrindo canais para novos talentos da dança e a formação de plateias, estimulando o interesse pelas artes e pela dança. O festival é parte do projeto Ciudades Que Danzan, que reúne 41 cidades em diversas partes do mundo com o intuito de difundir a dança contemporânea. Desde a sua criação, em 2002, o Dança em Trânsito já apresentou mais de 1.272 apresentações, com cerca de 114 companhias de 21 países, envolvendo mais de 43 cidades das cinco regiões do Brasil e exterior, para um público de mais de 100 mil pessoas. Em 2020, durante a pandemia, realizou uma versão online, indicada ao Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), na categoria Difusão, e, em 2021, a primeira edição híbrida, que envolveu 25 cidades.
Sobre o Instituto Cultural Vale
O Instituto Cultural Vale parte do princípio de que viver a cultura possibilita às pessoas ampliarem sua visão de mundo e criarem novas perspectivas de futuro. Tem um importante papel na transformação social e busca democratizar o acesso e fomentar a arte, a cultura, o conhecimento e a difusão de diversas expressões artísticas do nosso país, ao mesmo tempo em que contribui para o fortalecimento da economia criativa. Em 2021, são mais de 150 projetos criados, apoiados ou patrocinados em 24 estados e no Distrito Federal. Dentre eles, uma rede de espaços culturais próprios, patrocinados pela Vale via Lei Federal de Incentivo à Cultura, com visitação gratuita, identidade e vocação únicas: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), Centro Cultural Vale Maranhão (MA) e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA). Visite o site do Instituto Cultural Vale para saber mais sobre sua atuação: institutoculturalvale.org.
DANÇA EM TRÂNSITO – 22ª edição | Programação completa e inscrições para oficinas: www.dancaemtransito.com.br.
Serviço:
Dia 30 de outubro
Espaço Tápias
Local: Sala Maria Thereza Tápias
Capacidade: 80 lugares
Horário: a partir das 19h
Classificação indicativa: livre
Endereço: Rua Armando Lombardi, 175 – 2º andar
Informações: (21) 97279-9684 | contato@espacotapias.com.br
Ingressos: gratuitos com retirada de senha 1h antes do início (sujeito à lotação da casa)
Ficha Técnica
Direção geral: Giselle Tápias
Direção artística: Giselle Tápias e Flávia Tápias
Curadoria: Giselle Tápias, Flávia Tápias, Luciana Ponso e Jacqueline Bonelli
Assistentes de direção: Sandra Queiroz e Renata Marques
Direção de Produção: Lilian Bertin
Produção executiva: Calu Tornaghi e Liliane Xavier
Contatos Artísticos: Lia Meirelles
Identidade visual, Web design: Fernanda Valois | TRUQUE
Design gráfico: Fernanda Valois | TRUQUE e Thales Ferreira
Coordenação técnica e de palco: Katia Muniz e Louis Radavelli
Vídeos e streaming: Thales Ferreira e Luciana Ponso
Revisão de textos: Renata Marques e Sandra Queiroz
Fotografia e vídeo: Fernanda Valois I TRUQUE
Redes Sociais: DIEGO GERMANO
Assessoria Contábil: Fóres Contábil
Equipe de apoio: Spectaculu Escola de Arte e Tecnologia
PROGRAMAÇÃO RIO DE JANEIRO – 30 DE OUTUBRO DE 2024
1 – Criação da Goblin Party (Coreia do Sul)
Once upon a time
Artistas: 3 dançarinos, 1 músico
Duração: 20min
Vídeo completo: https://youtu.be/08svwLKD8-Y?si=c5oyI1XWSnDaRbkb
Teaser: https://youtu.be/eglZHkQj7DY?si=Yg0S3D_kw86nQ5K0
“Esses instrumentos sempre apanham. Eles não parecem nada bonitos para mim. Senti pena e raiva deles, então os trouxe para mostrá-los ao mundo todo.”
Esta peça procura uma forma de herdar a tradição por meio das ideias dos jovens artistas de hoje. Com trajes tradicionais, canções tradicionais (Pansori), aparência tradicional coreana e contos folclóricos, conta histórias de tempos antigos, quebrando a tradição e adicionando imaginação. Ao mesmo tempo, serve de cerimônia de dança contemporânea para os nossos antepassados. Pessoas, tempos e materiais tradicionais foram reinterpretados e recriados através de diversas ferramentas de expressão: movimentos, canções e discursos. As tradições foram abordadas de novas maneiras com o esforço de atribuir vitalidade. Nosso objetivo é trazer histórias tradicionais ao palco para revisitar os velhos tempos junto com o público. Once Upon a Time é uma peça que consegue trazer risadas alegres através de performances de dançarinos cheios de talentos e imaginação, ajudando o público a redescobrir a tradição.
2 – ART Project Bora (Coreia do Sul) – SOMOO
Criação de Art Project Bora
Artistas: 6 bailarinos, 1 músico
Duração: 40min
Mais informações: https://www.borarts.com/somoo
Video: https://vimeo.com/507870623/545ee19cc5?share=copy
Teaser: https://youtu.be/2MMFbNodSWo
Sobre o grupo:
Art Project BORA é uma equipe criativa focada na dança contemporânea. Trabalha a partir dos conceitos de gênero e espaço tendo o corpo como tema principal, focando no processo criativo para descobrir imagens e sensações originais por meio da transformação do corpo. A identidade deste grupo é revelada através de ‘ideias não ditas’. As ideias existem como imagens abstratas e imaginativas, mesmo sem uma estrutura definida pela linguagem. É resultado de um foco na exploração do próprio corpo, ao invés de criar movimentos que consideram aspectos narrativos. A fisicalidade do corpo passa a ser ‘design’; ou seja, ‘imagem’ e depois ‘mensagem’, o que mostra claramente a identidade do grupo. Portanto, encaram o processo criativo a partir da dança como uma narração de imagens do corpo. Estiveram em diversas ocasiões em festivais nacionais e internacionais em 38 cidades de 24 países, incluindo o Festival de Artes Cênicas de Seul (SPAF, Coreia do Sul), o Festival Cervantino (México), The Place (Reino Unido), o Festival de Saint-Denis (França), NDT Korzo (Holanda), Theatre Varia (Bélgica), Tanzmesse (Alemanha), SESC Biennale (Brasil), alcançando resultados de desempenho impressionantes.
Criação do Art Project Bora
Artistas: 6 dançarinos, 1 músico
Duração: 40 minutos
Sobre o trabalho:
A obra, inspirada em uma máscara tradicional coreana chamada ‘Somoo’, incorpora elementos da elegância e beleza coreanas, como roupas de cânhamo, melodias de Arirang e performance ao vivo de instrumentos tradicionais coreanos (como ajaeng e geomungo). Também inclui movimentos derivados da tradicional saudação de reverência coreana jeol. Além do seu encanto coreano, é uma obra contemporânea que aborda e transcende as fronteiras do ‘feminismo’, criando um espaço de empatia partilhada. O uso de elementos coreanos na obra se manifesta de duas maneiras. Primeiro, através de elementos internos que representam a coreanidade na temática espiritual e nos materiais que formam o pano de fundo da obra; e segundo, através de elementos externos como movimentos, trajes e objetos típicos coreanos, todos imbuídos de simbolismo e significado coreanos. Musicalmente, a obra combina o ritmo da música tradicional coreana com a performance ao vivo de instrumentos de cordas tradicionais coreanos, como o geomungo e o ajaeng, e os funde com sons eletrônicos modernos para acompanhar os movimentos. A obra foi convidada para vários festivais internacionais de prestígio, incluindo o Festival Saint-Denis (antigo Bagnolet), na França, o teatro The Place, em Londres, o teatro Varia, na Bélgica, a Bienal do SESC, no Brasil, o Festival de Dança Contemporânea, em Buenos Aires, na Argentina, e o Teatro Nacional do Uruguai, e continua recebendo constante interesse internacional.
Sobre o Centro Cultural Espaço Tápias
O Centro Cultural Espaço Tápias, inaugurado em 30 de abril de 2022, na Barra da Tijuca, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro, nasce com o propósito de transformar vidas, dar oportunidades e realizar sonhos. Além da programação artística com espetáculos para todos os públicos, sob a curadoria da Direção do Espaço Tápias, a Sala Maria Thereza Tápias é palco, durante o ano inteiro, das mais diferentes ações ligadas às artes cênicas. O foco principal é o intercâmbio entre culturas, linguagens, expressões e técnicas, em suas diferentes formas de traduzir múltiplas visões de mundo – sem ‘pré’ conceitos, com liberdade para a inovação e oferecendo o máximo de apoio para a criação de novos conceitos. Ou seja, um lugar perfeito para fortalecer e divulgar a dança contemporânea e todas as suas vertentes.
O Espaço Tápias conta com o patrocínio da Brasilcap e do Instituto Cultural Vale por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
(Fonte: Com Cláudia Tisato)