O Theatro São Pedro apresenta o recital de gala da Academia de Ópera do Theatro São Pedro no sábado, 7 de dezembro, às 20h, no encerramento da temporada de música de câmara. Na ocasião, os cantores da Academia, um dos grupos de formação ligados ao teatro, estarão acompanhados dos pianistas Daniel Gonçalves e Michiko Licciardi em uma noite que apresenta ao público diversas composições marcantes da ópera mundial. O programa inicia com Cantos 63.7 e 16, de Hildegard Von Bingen (1098–1179), tendo na sequência A Flauta Mágica KV 620, de Wolfgang Amadeus Mozart (1756–1791) e Cinderela, de Pauline Viardot (1821–1910).
O concerto terá duas obras de Georges Bizet (1838–1875), O Pescador de Pérolas e Carmen, assim como as peças Guillaume Tell, de Gioachino Rossini (1792–1868), Lakmé, de Léo Delibes (1836–1891) e Candinho, do brasileiro João Guilherme Ripper (1959-). No encerramento, destaque para as composições La montagne noire, de Augusta Holmès (1847–1903) e Le Nozze di Figaro, de Mozart.
Por meio de conteúdo programático ligado ao gênero operístico, a Academia promove oportunidades práticas de desenvolvimento artístico aos jovens cantores com a realização de espetáculos encenados com orquestra e formações de câmara. A proposta pedagógica contempla uma grade contínua de atividades, como aulas, workshops, concertos cênicos e montagens líricas, a fim de preparar os alunos para o mundo profissional.
A temporada da Academia de Ópera do Theatro São Pedro conta com patrocínio do Bank of America (Master), Crédit Agricole (Prata) e Cultura Inglesa (Bronze), com apoio cultural Haganá, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e é uma realização da Santa Marcelina Cultura, Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas de São Paulo, Governo do Estado de São Paulo, Ministério da Cultura e Governo Federal.
Serviço:
Recital de Gala – Academia de Ópera do Theatro São Pedro
Academia de Ópera do Theatro São Pedro
Daniel Gonçalves, piano
Michiko Licciardi, piano
HILDEGARD VON BINGEN (1098–1179)
Cantos 63.7 e 16
Deus enim rorem / Caritas
WOLFGANG AMADEUS MOZART (1756–1791)
A Flauta Mágica KV 620
Zuhilfe, zuhilfe!
WOLFGANG AMADEUS MOZART (1756–1791)
A Flauta Mágica KV 620
Bei Männern, welche Liebe fühlen
PAULINE VIARDOT (1821–1910)
Cinderela
Nous sommes assaillis par cette vile engeance
GEORGES BIZET (1838–1875)
O Pescador de Pérolas
Léïla! Léïla!…Dieu puissant, le voilà! Ton coeur n’a pas compris le mien
GIOACHINO ROSSINI (1792–1868)
Guillaume Tell
C’est lâ, cet archer redoutable
LÉO DELIBES (1836–1891)
Lakmé
Dôme Épais (Dueto das Flores)
GEORGES BIZET (1838–1875)
Carmen
Nous avons en tete une affaire
JOÃO GUILHERME RIPPER (1959-)
Candinho
Será que ela vem?
AUGUSTA HOLMÈS (1847–1903)
La montagne noire
Aslar, vous a sauvés
WOLFGANG AMADEUS MOZART (1756–1791)
Le Nozze di Figaro
Finale Atto Secondo
Concerto: 7 de dezembro | sábado, 20h
Classificação etária: Livre
Ingressos: R$20 (meia) e R$40 (inteira)
Acesse aqui.
Theatro São Pedro
Com mais de 100 anos, o Theatro São Pedro, instituição do Governo do Estado de São Paulo e da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, gerido pela Santa Marcelina Cultura, tem uma das histórias mais ricas e surpreendentes da música nacional. Inaugurado em uma época de florescimento cultural, o teatro se insere tanto na tradição dos teatros de ópera criados na virada do século XIX para o XX quanto na proliferação de casas de espetáculo por bairros de São Paulo. Ele é o único remanescente dessa época em que a cultura estava espalhada pelas ruas da cidade, promovendo concertos, galas, vesperais, óperas e operetas. Nesses mais de 100 anos, o Theatro São Pedro passou por diversas fases e reinvenções. Já foi cinema, teatro, e, sem corpos estáveis, recebia companhias itinerantes que montavam óperas e operetas. Entre idas e vindas, o teatro foi palco de resistência política e cultural e recebeu grandes nomes da nossa música, como Eleazar de Carvalho, Isaac Karabtchevsky, Caio Pagano e Gilberto Tinetti, além de ter abrigado concertos da Osesp. Após passar por uma restauração, foi reaberto em 1998 com a montagem de La Cenerentola, de Gioacchino Rossini. Gradativamente, a ópera passou a ocupar lugar de destaque na programação do São Pedro, e em 2010, com a criação da Orquestra do Theatro São Pedro, essa vocação foi reafirmada. Ao longo dos anos, suas temporadas líricas apostaram na diversidade, com títulos conhecidos do repertório tradicional, obras pouco executadas, além de óperas de compositores brasileiros, tornando o Theatro São Pedro uma referência na cena lírica do país. Agora o Theatro São Pedro inicia uma nova fase, respeitando sua própria história e atento aos novos desafios da arte, da cultura e da sociedade.
(Com Julian Schumacher/Santa Marcelina Cultura)