O Theatro São Pedro encerra a temporada lírica 2025 com uma apresentação inédita no Brasil: a ópera O Conde Ory, de Gioachino Rossini (1792–1868), nos dias 6, 8, 11, 13 e 15 de dezembro. A montagem terá Ira Levin na direção musical, à frente da Orquestra do Theatro São Pedro, e Pablo Maritano na direção cênica.
Estreada em Paris em 1828, O Conde Ory é uma ópera cômica em dois atos, com libreto de Eugène Scribe e Charles-Gaspard Delestre-Poirson. Baseada em uma balada medieval, a trama narra as sagas do libertino Conde Ory atrás de mulheres, brigas e festividades. A montagem do Theatro São Pedro mescla o mundo medieval fantástico com elementos contemporâneos e ambiguidades, que reforçam a potência criativa e inventiva da obra de Rossini, um mestre do gênero operístico.
As récitas terão no elenco os cantores Daniel Umbelino (Conde Ory), Igor Vieira (Raimbaud), Fellipe Oliveira (Tutor), Maria Carla Pino Cury (Condessa Adèle), Fernanda Nagashima (Ragonde), Luisa Francesconi (Isolier) e Janaína Lemos (Alice).
Transmissão ao vivo | A récita de 13 de dezembro, sexta-feira, às 20h, será transmitida ao vivo gratuitamente pelo canal de YouTube do Theatro São Pedro, disponível aqui.
O CONDE ORY
GIOACHINO ROSSINI (1792–1868)
[ópera cômica em dois atos, com libreto de Eugène Scribe e Charles-Gaspard Delestre-Poirson]
Orquestra do Theatro São Pedro
Ira Levin, direção musical
Pablo Maritano, direção cênica e figurino
Desirée Bastos, cenografia
Aline Santini, iluminação
Malonna, figurino e caracterização
Fabio Bezuti, preparador vocal e dicção
Bruno Costa, preparação de coro
Leonardo Labrada, assistente de direção musical
Daniel Umbelino, tenor (Conde Ory)
Vitor Bispo, barítono (Raimbaud)
Fellipe Oliveira, baixo (Tutor)
Maria Carla Pino Cury, soprano (Condessa Adèle)
Fernanda Nagashima, mezzo-soprano (Ragonde)
Ana Lucia Benedetti, mezzo-soprano (Isolier)
Janaína Lemos, soprano (Alice)
Ensaio geral aberto e gratuito: 4 de dezembro, quarta-feira, 19h
Récitas: 6, 8, 11, 13 e 15 de dezembro
Quartas e sextas-feiras, 20h; domingos, 17h
Classificação etária: 16 anos
Ingressos: Plateia: R$120/ R$60 (meia)
1º Balcão: R$100/ R$50 (meia)
2º Balcão: R$80 / R$40 (meia)
Acesse aqui os ingressos.
THEATRO SÃO PEDRO
Com mais de 100 anos, o Theatro São Pedro, instituição do Governo do Estado de São Paulo e da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, gerido pela Santa Marcelina Cultura, tem uma das histórias mais ricas e surpreendentes da música nacional. Inaugurado em uma época de florescimento cultural, o teatro se insere tanto na tradição dos teatros de ópera criados na virada do século XIX para o XX quanto na proliferação de casas de espetáculo por bairros de São Paulo. Ele é o único remanescente dessa época em que a cultura estava espalhada pelas ruas da cidade, promovendo concertos, galas, vesperais, óperas e operetas. Nesses mais de 100 anos, o Theatro São Pedro passou por diversas fases e reinvenções. Já foi cinema, teatro, e, sem corpos estáveis, recebia companhias itinerantes que montavam óperas e operetas. Entre idas e vindas, o teatro foi palco de resistência política e cultural, e recebeu grandes nomes da nossa música, como Eleazar de Carvalho, Isaac Karabtchevsky, Caio Pagano e Gilberto Tinetti, além de ter abrigado concertos da Osesp. Após passar por uma restauração, foi reaberto em 1998 com a montagem de La Cenerentola, de Gioacchino Rossini. Gradativamente, a ópera passou a ocupar lugar de destaque na programação do São Pedro, e em 2010, com a criação da Orquestra do Theatro São Pedro, essa vocação foi reafirmada. Ao longo dos anos, suas temporadas líricas apostaram na diversidade, com títulos conhecidos do repertório tradicional, obras pouco executadas, além de óperas de compositores brasileiros, tornando o Theatro São Pedro uma referência na cena lírica do país. Agora o Theatro São Pedro inicia uma nova fase, respeitando sua própria história e atento aos novos desafios da arte, da cultura e da sociedade.
(Com Julian Schumacher/Santa Marcelina Cultura)