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Osesp será residente no Festival Internacional de Música Clássica de Bogotá

Bogotá, por Kleber Patricio

Osesp e Polistchuk em Floresta Villa-Lobos. Foto: Laura Manfredini.

Na próxima semana, entre quinta-feira (17/abr) e sábado (19/abr), a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp se apresentará pela segunda vez na Colômbia, desta vez como residente do VII Festival Internacional de Música Clássica de Bogotá. Serão três dias de concertos no prestigiado Teatro Mayor Julio Mario Santo Domingo, localizado na parte norte da capital colombiana.

Esta edição do festival, que é bianual, celebra a identidade musical do continente americano sob o tema ‘Bogotá É América: Séculos XX e XXI’. Os repertórios apresentados pela Osesp irão do Sul ao Norte, com uma parada especial na miríade de obras brasileiras do programa Floresta Villa-Lobos. Com essa residência, a Osesp reafirma seu compromisso de fortalecer laços com o cenário musical latino-americano, valorizando nossa rica herança cultural e projetando a arte feita por aqui para além das fronteiras brasileiras.

Realizado entre 16 e 19/abr no Teatro Mayor Julio Mario Santo Domingo e em outros palcos de Bogotá, o VII Festival Internacional de Música Clássica de Bogotá terá em sua programação dezenas de orquestras, solistas e intérpretes de música clássica, de dentro e fora da Colômbia. Além da Osesp, grupos como o Attacca Quartet e o Third Coast Percussion e as orquestras Sinfônica Nacional Colombiana e Sinfônica Nacional Checa fazem parte da programação, sem contar os numerosos solistas convidados.

Osesp e Polistchuk em Floresta Villa-Lobos. Foto: Laura Manfredini.

A Osesp apresenta três programas distintos e em diálogo com o tema do evento, todos no Teatro Mayor: um com foco especial na música latino-americana, outro dedicado a compositores dos Estados Unidos e o celebrado Floresta Villa-Lobos, que reúne 70 minutos ininterruptos de obras brasileiras, acompanhadas por uma poderosa narrativa visual da fauna e da flora do Brasil. Confira os programas completos logo abaixo.

Segundo a organização do Festival, “a questão da música nas Américas surge de uma reflexão sobre identidade. Os programas apresentados neste evento abrangem desde as escolas nacionalistas, que se fortaleceram em diversos países da América Latina, até a música de compositores norte-americanos que se tornou imortal em grandes produções cinematográficas. Nomes como dos norte-americanos Aaron Copland, Leonard Bernstein, Samuel Barber e John Williams; dos mexicanos Silvestre Revueltas, María Grever e Gabriela Ortíz; dos brasileiros Heitor Villa-Lobos e Hekel Tavares; dos argentinos Alberto Ginastera e Astor Piazzolla; e dos colombianos Jaime León, Juan Antonio Cuéllar e Carolina Noguera, apenas para citar alguns, estarão presentes”.

Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp

Osesp e Thierry Fischer. Foto: Mario Daloia.

Desde seu primeiro concerto, em 1954, a Osesp tornou-se parte indissociável da cultura paulista e brasileira, promovendo transformações culturais e sociais profundas. A cada ano, a Osesp realiza em média 130 concertos para cerca de 150 mil pessoas. Thierry Fischer tornou-se diretor musical e regente titular em 2020, tendo sido precedido, de 2012 a 2019, por Marin Alsop. Seus antecessores foram Yan Pascal Tortelier, John Neschling, Eleazar de Carvalho, Bruno Roccella e Souza Lima. Além da Orquestra, há um coro profissional, grupos de câmara, uma editora de partituras e uma vibrante plataforma educacional. A Osesp já realizou turnês em diversos estados do Brasil e também pela América Latina, Estados Unidos, Europa e China, apresentando-se em alguns dos mais importantes festivais da música clássica, como o BBC Proms, e em salas de concerto como o Concertgebouw de Amsterdam, a Philharmonie de Berlim e o Carnegie Hall em Nova York. Mantém, desde 2008, o projeto “Osesp Itinerante”, promovendo concertos, oficinas e cursos de apreciação musical pelo interior do estado de São Paulo. É administrada pela Fundação Osesp desde 2005.

Thierry Fischer regente

Desde 2020, Thierry Fischer é diretor musical da Osesp, cargo que também assumiu em setembro de 2022 na Orquestra Sinfônica de Castilla y León, na Espanha. De 2009 a junho de 2023, atuou como diretor artístico da Sinfônica de Utah, da qual se tornou diretor artístico emérito. Foi principal regente convidado da Filarmônica de Seul [2017-20] e regente titular (agora convidado honorário) da Filarmônica de Nagoya [2008-11]. Já regeu orquestras como a Royal Philharmonic, a Filarmônica de Londres, as Sinfônicas da BBC, de Boston e Cincinnatti e a Orchestre de la Suisse Romande. Também esteve à frente de grupos como a Orquestra de Câmara da Europa, a London Sinfonietta e o Ensemble intercontemporain. Thierry Fischer iniciou a carreira como Primeira Flauta em Hamburgo e na Ópera de Zurique. Gravou com a Sinfônica de Utah, pelo selo Hyperion, Des canyons aux étoiles [Dos cânions às estrelas], de Olivier Messiaen, selecionado pelo prêmio Gramophone 2023, na categoria orquestral. Na Temporada 2024, embarcou junto à Osesp para a turnê internacional em comemoração aos 70 anos da Orquestra.

Wagner Polistchuk regente

Wagner Polistchuk é trombone solista da Osesp, onde também atua como professor de trombone e regência de sua Academia de Música. Atual regente da Orquestra Experimental de Repertório, já esteve à frente da Sinfônica Municipal de São Paulo, da Filarmônica de Mendonza, na Argentina, da Sinfônica Nacional do Peru (OSN) e da Hermitage, na Suíça. Foi diretor artístico da tradicional Camerata Antiqua de Curitiba, entre 2009 e 2011, grupo com a qual gravou Versos Brasileiros [2007], e regente principal da Sinfônica da USP (OSUSP), de 2012 a 2014, à frente da qual lançou Carlos Gomes, Villa-Lobos, Omar Fontana, Guarnieri, Guerra-Peixe (Independente, 2013) e Pitombeira, Rachmaninoff e Strauss. Em 1998, obteve o 2º lugar no 5º Concurso Latino-Americano de Regência Orquestral da OSUSP. Em 2002, foi premiado no Concurso Internacional de Regência Prix Credit Suisse, na Suíça e no Concurso Nacional Eleazar de Carvalho para Jovens Regentes.

Guido Sant’Anna violino

Osesp, Fischer e Guido Sant’Anna. Foto: Laura Manfredini.

Natural de São Paulo, o violinista fez sua primeira apresentação solo com orquestra aos sete anos de idade e no ano seguinte foi finalista do Concurso Prelúdio (TV Cultura). Em 2018, então com 12 anos, tornou-se o primeiro sul-americano a ser selecionado para a Menuhin Competition, em Genebra (Suíça), recebendo o Prêmio Música de Câmara e de Público, além do apoio da Caris Foundation, com o empréstimo de um violino de Vicenzo Iorio, de 1833. Integrou o Perlman Music Program (EUA) de 2019 a 2021, ano em que venceu o Concurso Jovens Solistas da Osesp. Venceu, em 2022, o 10º Concurso Internacional de Violino Fritz Kreisler (Viena), feito inédito para um brasileiro. Em 2023, iniciou contrato com a agência KD Schmid e recebeu bolsa integral para estudar na prestigiada Kronberg Academy, na Alemanha. Atualmente é bolsista do Cultura Artística e toca em um violino Jean Baptiste Vuillaume [1798-1875], gentilmente cedido pelo Luthier Marcel Richters, de Viena.

Marc-André Hamelin piano

Reconhecido mundialmente por sua fusão excepcional de musicalidade e virtuosismo técnico, Hamelin se apresenta regularmente com algumas das principais orquestras do mundo e em prestigiadas salas de concerto e festivais internacionais. Na temporada 2024-2025, faz recitais na China, na Coreia do Sul e no Japão. Na Europa, apresenta-se em cidades como Varsóvia, Copenhague, Toulouse, Florença, Budapeste, Hamburgo e Londres. No Brasil, retorna à Osesp para concerto e recital. Na América do Norte, Hamelin se apresenta no Carnegie Hall e colabora com orquestras como as de Cleveland, Montreal, Atlanta, Quebec, Ottawa e Edmonton. Participa de festivais como Schubertiade, Banff Center e Lanaudière. Artista exclusivo da Hyperion Records, lançou quase 90 álbuns, com repertórios solo, sinfônico e de câmara. Nascido em Montreal, Hamelin já recebeu diversas honrarias, incluindo Juno Awards e indicações ao Grammy. É Oficial da Ordem do Canadá, Chevalier da Ordem Nacional do Quebec e membro da Sociedade Real do Canadá.

PROGRAMAS

17 ABR QUI 11H30

AMÉRICA LATINA

OSESP

THIERRY FISCHER regente

GUIDO SANT’ANNA violino

Heitor VILLA-LOBOS | Sinfonia nº 6 — Sobre as linhas das montanhas

Hekel TAVARES | Concerto para violino e orquestra em formas brasileiras

Silvestre REVUELTAS | La noche de los mayas

18 ABR SEX 18H30

AMAZÔNIA

OSESP

CORO NACIONAL DA COLÔMBIA

WAGNER POLISTCHUK regente

BETTY GARCÉS soprano

Floresta Villa-Lobos [Concierto Amazónico]

Clarice ASSAD | Nhanderú

Heitor VILLA-LOBOS | Choros nº 3 — Pica-Pau

Edino KRIEGER | Canticum Naturale: Monólogo das Águas

Heitor VILLA-LOBOS | Choros nº 5 — Alma Brasileira

Almeida PRADO | Sinfonia dos Orixás: Seleção

Heitor VILLA-LOBOS | Floresta do Amazonas: Cair da Tarde

Marco Antônio GUIMARÃES | Onze

Philip GLASS | Águas da Amazônia: Seleção

Antônio Carlos JOBIM | Boto e Passarim

Heitor VILLA-LOBOS

Bachianas Brasileiras nº 4: Seleção

Choros nº 10 — Rasga o Coração: Excerto

19 ABR SÁB 20H30

AMÉRICA DO NORTE

OSESP

THIERRY FISCHER regente

MARC-ANDRÉ HAMELIN piano

Leonard BERNSTEIN | Sinfonia nº 2 – The age of anxiety [A era da ansiedade]

George GERSHWIN | Rhapsody in blue

Leonard BERNSTEIN | West Side Story: Danças sinfônicas

Serviço:

Osesp no VII Festival Internacional de Música Clássica de Bogotá

Datas:

17 de abril, quinta-feira, 11h30

18 de abril, sexta-feira, 18h30

19 de abril, sábado, 20h30

Endereço: Teatro Mayor Julio Mario Santo Domingo – Calle 170 #67-51, Bogotá, Colômbia

Capacidade: 1.303 lugares

Ingressos: De R$ 42,00 a R$ 170,00

Bilheteria: https://teatromayor.checkout.tuboleta.com/list/events

Mais informações nos sites oficiais do Festival e da Osesp.

A Osesp e a Sala São Paulo são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.

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(Com Fabio Rigobelo/Fundação Osesp)