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Centro Cultural Casarão será palco do Festival Arreuní! 2024

Campinas, por Kleber Patricio

João Arruda. Foto: Alik Wunder.

O Festival Arreuní! 2024 trará músicos, cantadores e compositores ao Centro Cultural Casarão, em Barão Geraldo, Campinas (SP) para uma série de apresentações a partir de 5 de maio (domingo), às 15h, com entrada gratuita. A proposta é divulgar as diferentes vertentes da música tradicional brasileira, reunindo artistas de culturas distintas para compartilhar a diversidade e versatilidade de suas composições e interpretações, valorizando a cultura interiorana em sua multiplicidade e fomentando o intercâmbio musical entre diferentes estados do país.

Cada músico, com seu estilo musical próprio, receberá um músico convidado para criar uma cantoria conjunta, apresentando composições e improvisando num clima descontraído de troca e cocriação. Entre canções e causos, o público recebe o convite para se ‘arreuní’ com músicos que apreciam e enriquecem a música tradicional e popular brasileira.

Kátya Teixeira. Foto: Fá Cabral.

Quem recebe os artistas no palco, mediando e coordenando a prosa, é João Arruda, violeiro e cantador da cidade de Campinas, idealizador, criador e curador do festival. No total, serão 8 encontros com 16 artistas de diferentes regiões do Brasil, entre maio e setembro de 2024, no Centro Cultural Casarão de Barão Geraldo. Todos os encontros se iniciarão às 15h, tendo cerca de 1h30 de duração, com entrada gratuita e livre para todos os públicos. O festival também oferecerá banheiros com acessibilidade, apoio de uma equipe de suporte para pessoas com necessidades especiais de mobilidade, e tradução em libras durante as apresentações.

O projeto Arreuní! tem o patrocínio do Governo do Estado de São Paulo, da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, do Governo Federal, do Ministério da Cultura e da Lei Paulo Gustavo.

Programação e artistas

Os artistas convidados têm em comum o fato de “beberem da fonte” e criarem composições que expressam as múltiplas identidades culturais brasileiras. Arreuní! propõe a união de diferentes influências em um mesmo tempo/espaço para oferecer ao público a oportunidade de viver uma experiência única e conhecer excelentes músicos que, apesar de consagrados, têm pouca circulação nas grandes mídias.

5/5 Kátya Teixeira e Consuelo de Paula (15h)

Kátya Teixeira é cantora, instrumentista e compositora paulistana, pesquisadora da cultura popular brasileira e com oito discos lançados. Traz em seu trabalho o resultado de suas andanças pelo Brasil, garimpando saberes e sonoridades que incorpora a sua musicalidade ao longo de 30 anos de carreira.

Consuelo de Paula é cantora, compositora, poeta e diretora artística mineira, produtora musical de seus próprios trabalhos e de outros artistas. Já teve composições gravadas por nomes como Maria Bethânia, Alaíde Costa e vários artistas da nova geração.

26/5 Déa Trancoso e Wilson Dias (15h)

Déa Trancoso é cantautora, atriz, escritora e pesquisadora. Doutora em Educação pela Unicamp, articula em suas produções arte, clínica, ciência, alegria e cura.

Wilson Dias é cantador e violeiro. Sua música propõe ressonâncias entre cosmologias rurais e urbanidades contemporâneas, abrindo derivas por onde transitam os fundamentos da cultura popular brasileira. Possui oito discos lançados pelo seu selo, Picuá Discos.

9/6 Ana Paula da Silva e Sinhá Rosária (15h)

Ana Paula da Silva é compositora, cantora e instrumentista com sete discos gravados. Bisneta de negros e de caboclos, retrata em sua obra o que carrega em ancestralidade, experiências musicais e vida. Tambores entrelaçados a melodias e corpo presente compõem sua música e suas interpretações ao longo de 27 anos de carreira.

Sinhá Rosária – Aos 88 anos, a cantora e compositora popular campineira Rosária Antônia preserva e divulga cantos, ritmos e danças do samba-de-bumbo campineiro, samba-de-lenço rural paulista, jongo, coco, maracatu, samba de roda, bumba-meu-boi, baião e lundu, entre outros. Acompanhada do violeiro e percussionista João Arruda, canta as músicas que compôs e aprendeu.

7/7 Titane e Maurício Tizumba (15h)

Titane – Beirando os 40 anos de estrada e intérprete por excelência, cultiva em seu repertório híbrido clássicos da MPB, compositores contemporâneos, anônimos e influências da música do interior do país, em especial do congado mineiro, manifestação da população de ascendência negra de Minas Gerais, seu estado de origem.

Maurício Tizumba – Ator, compositor, cantor, multi-instrumentista, diretor musical e capitão de congado, estabelece diálogo entre diversas linguagens e entre a arte e as manifestações populares tradicionais da cultura afro-brasileira e afro-mineira. Formado pelo Teatro Universitário da UFMG, transita por cinema, TV e teatro, tendo atuado em 28 espetáculos.

14/7 Déo Lopes e Victor Mendes (15h)

Déo Lopes começou sua carreira em 1980 no movimento do teatro Lira Paulistana, tocando em diversas casas e teatros. Nos últimos 30 anos, viajou por MG, MA, MS, BA, GO e SP, buscando em suas composições o que sempre acreditou, anseios, crenças, seu pensamento sobre ecologia, meio ambiente e amor, e o sentido do entendimento, do encontro e do desencontro.

Victor Mendes – Natural de São José dos Campos, seu primeiro disco foi ‘Puisia’ (2014) com o grupo Trio José, trabalho sobre a obra do poeta mineiro Juca da Angélica. Em 2017, lançou seu primeiro disco solo, ‘Nossa Ciranda’, ao lado de Paulo Nunes, poeta e letrista. Déo Lopes e Victor Mendes se aproximaram, iniciando uma amizade e parceria musical no disco ‘Concerto Sentido’ (2022).

4/8 Alessandra Leão e Sapopemba (15h)

Alessandra Leão é compositora, cantora, percussionista e produtora musical indicada ao Grammy Latino, com nove discos lançados. Em 25 anos de carreira, atuou e compôs ao lado de importantes músicos. Já se apresentou em países da Europa, América Latina e América do Norte. Ministra aulas de voz e de ilu (tambor usado nos terreiros de Xangô e Jurema em PE) e é curimbeira.

Sapopemba – Natural de Penedo (AL), migrou para São Paulo aos 14 anos. É percussionista, cantor, caminhoneiro e motorista, conhecendo o Brasil de norte a sul. Passou a vida pesquisando a cultura popular afro-brasileira, tendo um profundo conhecimento de tradições do coco beiradeiro, cantigas de Candomblé e samba de roda. Seu primeiro CD solo é ‘Gbọ́’ (2020).

25/8 Manu Saggioro e Levi Ramiro (15h)

Manu Saggioro – Cantora, compositora e instrumentista paulista, natural de Jaú (SP), trilha o caminho da música desde 2001. Gravou em álbuns de Déa Trancoso e Levi Ramiro. Estreou em 2019 com seu álbum ‘Clarões’. Manu também integra o Quarteto Caipira Paulista e o duo Dama Gaia ao lado, da cantora Daísa Munhoz.

Levi Ramiro – Violeiro e artesão conhecido por tocar nas violas que ele próprio constrói feitas com cabaça. Tem 11 álbuns gravados com músicas autorais e parcerias. Entre elas, canções e instrumentais que celebram a natureza e a poesia da vida interiorana. Lançou recentemente o livro: ‘Mãos que fazem, mães que tocam (partituras, tablaturas e uma breve história)’.

1/9 Nádia Campos e Marcílio Menezes (15h)

Nádia Campos – Cantadeira, multi-instrumentista, compositora, pesquisadora, educadora e produtora de Belo Horizonte (MG). Recorreu diversos rincões pesquisando ritmos, cantos e tradições raízes brasileiras e latinas. Se apresenta em diversos espaços e encontros de música e cultura popular no Brasil e no exterior. Tem três discos gravados.

Marcílio Menezes – Artista mineiro cujas composições retratam a pluralidade cultural brasileira, valorizando manifestações regionais, memórias e saberes, com reflexões sobre proteção ambiental, preservação do território indígena, igualdade social e respeito à ancestralidade. Traz em seu repertório canções inéditas e releituras de sucessos da música popular brasileira.

Serviço:

Festival Arreuní! 2024

Local: Centro Cultural Casarão

R. Aracy de Almeida Câmara, 291 – Barão Geraldo, Campinas (SP)

Encontros de maio a setembro de 2024 nos seguintes domingos:

5/5, 26/5, 9/6, 7/7, 14/7, 4/8, 25/8 e 1/9 – Horário: das 15h00 às 16h30

Entrada gratuita. Classificação livre para todos os públicos.

(Fonte: Quanta Cultura)