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Espaço Paiol recebe a 1ª Mostra Literária de Campinas (MOLI)

Campinas, por Kleber Patricio

Atriz e escritora Helena Agalenéa ministrará oficina ‘Mitologia Ficcional’. Imagem: Noelly Castro.

Com o objetivo de reunir e dar voz para a literatura independente, a 1ª Mostra Literária de Campinas (MOLI) será realizada nos dias 26, 27 e 28 de julho, no Espaço Paiol Arte e Cultura, localizado na região do Taquaral. O evento tem entrada gratuita durantes os três dias, e contará com feira literária (escritoras, escritores e expositores de diversos formatos de publicações como livros, livretos, zines, contos, romances, poesia, teoria, novela, ensaio, crônica, Haikai e dramaturgias, entre outros), oficinas de escrita, mesas de debates e sarau (confira abaixo programação completa e participe). As inscrições para as oficinas continuam abertas.

“A MOLI é um espaço democrático que quer promover a literatura, rompendo barreiras e popularizando o acesso à arte e à cultura. Por isso, nosso formato é dedicado a pessoas escritoras e editoras independentes que querem divulgar o seu trabalho”, explica Gabriela Guinatti, idealizadora do projeto, que nasce para fortalecer a rede de pessoas que escrevem literatura e que se interessam por essa linguagem.

Cocao Avoz. Foto: Paula Tonelotto.

Como as grandes feiras literárias e bienais costumam ser restritas e privilegiam os grandes grupos editoriais, a escritora decidiu criar a mostra e abrir espaço para a arte independente. “O aumento do consumo de livros e da busca por formas de publicação tem aumentado cada dia mais, mas de forma inversa a este crescimento, notamos um número reduzido de espaços de discussão desta linguagem”, afirma.

A MOLI nasce abrindo um espaço inovador de forma gratuita para expositores e para o público. Além da feira literária, a programação inclui quatro oficinas de escrita, um sarau literário e duas mesas de debate com profissionais dedicados à produção literária, desde o ponto de vista comercial e de publicação até as diversas etapas do processo criativo da escrita.

Metade das inscrições de expositores foi reservada a pessoas negras, indígenas, quilombolas, ciganas, transgênero, LGBTQIA+, pessoas com deficiência (PCD) e mães solo. Todo o valor das vendas será direcionado às pessoas escritoras e editoras. Não haverá qualquer retenção por parte dos organizadores do evento.

Serviço:

1ª Mostra Literária de Campinas (MOLI)

Data: 26 a 28 de julho

Local: Espaço Paiol Arte e Cultura

Endereço: Rua Doutor Carlos Mendes de Paula, 601 – Taquaral, Campinas – SP

*Evento gratuito para expositores e para o público

Insta: @moli.mostraliteraria@paiol.arteecultura

Inscrições abertas para oficinas

Programação completa 1ª Mostra Literária de Campinas (MOLI)

Dia 27/7 – Debora Rendelli com mediação de Gabriela Guinatti

Dia 28/7 – Cocão Avoz com mediação de Bárbara Prestes

Convidadas confirmadas:

27/7: Marcela Feriani, Marina Franco, Jhenifer Silva (mais algumas estão ainda em fase de confirmação)

28/7: Renan Inquérito e mais três que ainda não confirmaram.

Sexta – 26/7/2024

A partir das 18h

Feira de expositores, bar e show com o Duo Lucy Bananas

O Duo Lucy Bananas é formado pelos atores/musicistas Esteban Alvarez (bateria, guitarra e voz) e Gisele Nunes (guitarra e voz). Focado na simplicidade, o duo utiliza o recurso do loop station e articula as experiências musicais e teatrais dos integrantes para chegar a um estilo Rocktropical minimalista. As canções refletem sobre relações políticas e sociais, trazendo a mesma simplicidade que é revelada no fazer artístico para uma simplicidade no olhar sobre a experiência humana contemporânea.

Sábado – 27/7/2024

Durante o dia todo

Feira de expositores

9h às 12h

Oficina 1 – Poesia Griô

Ministrante: Nil Sena

A oficina visa apresentar aos seus participantes a construção de poesia a partir da realidade diária de cada um, de modo que as observações diárias das cenas do nosso contexto natural da vida transformam-se em poemas a partir da oralidade na contação de história que verbaliza cada cena e da oralidade à escrita. A goianense Nil Sena é palestrante motivacional, pedagoga, dramaturga griote, cantadeira, cordelista, compositora, bailarina popular, atriz, capoeirista, erveira, doula, além Agente Comunitária, Técnica de Saúde e Pós-Graduanda em Neurociências, Psicologia Positiva e Mindfulness.

Oficina 2 – Mitologia Ficcional: criação de personagens épicas

Ministrante: Helena Agalanéa

A oficina focará na criação de personagens a partir de elementos da natureza ou da vida/cotidiano de cada participante. Serão partilhadas ferramentas de construção de narrativa e caracterização de personagens, assim como serão compartilhados alguns mitos mesopotâmicos e gregos, para inspirar os participantes. Ao fim da oficina, cada participante terá criado pelo menos uma personagem, criando imagens para sua própria mitologia pessoal. Helena Agalenéa é atriz, escritora e bruxa travesti. Bacharel em Artes Cênicas pela Unicamp, co-fundou a coletiva teatral RAINHA KONG no ano de 2016, ao lado de suas amigas. Com o grupo já circulou pelos estados de RN, MG e por algumas cidades de SP. Autora do livro “É também amor, amor” e da peça de teatro “Eanna – Santuário Travesti”, que também estreou enquanto atriz. No cinema, é atriz do filme “Germino Pétalas no Asfalto”, do Laboratório Cisco.

Das 15h às 17h30

Roda de conversa: Mulheres no Mercado da Literatura

Das 18h às 21h30

Sarau Moli

*Atividade contará com interpretação em libras

Domingo – 28/7/2024

Das 9h às 12h

Oficina 3 – Cartas Para Si

Ministrante: Paloma Franca Amorim

O encontro se dedicará à discussão da forma epistolar como mediação entre o ficcional e a realidade experienciada; a dimensão das cartas como materiais simbólicos, intimamente ligados ao universo literário, será elemento disparador para que os participantes do encontro sejam estimulados ao exercício da criação literária a partir de relações concernentes às particularidades privadas, de outro lado, a crônica como gênero literário transpõe o olhar autoral para o mundo público, recortando gestos, movimentos, atitudes, acontecimentos anônimos passíveis de realização ficcional através das lentes de aumento da poesia e da experimentação. A crônica e a carta; portanto, são centelhas promotoras de debate, escrita e exercício crítico. Paloma nasceu em Belém do Pará, é escritora, dramaturga e ilustradora. Em 2017, lançou seu primeiro livro de contos ‘Eu Preferia Ter Perdido Um Olho’, pela Alameda Casa Editorial. Em 2021, seu primeiro romance ‘O Oito’ foi publicado pela mesma editora. Além disso, integrou antologias literárias como ‘O Amanhã Cheio de Histórias’, publicada pela FTD, e ‘Abrindo a Boca, Mostrando Línguas’, da editora Paralelo13s. Em 2022 foi parecerista do Prêmio Oceanos de literatura lusófona, bem como do prêmio CEPE de literatura, e também participou de outras bancas públicas de seleção de projetos envolvendo literatura, teatro e cinematografia. Seu último trabalho no campo da dramaturgia foi no de 2021 quando escreveu a peça ‘7PISOS’, apresentada pelo grupo paulistano Folias d’Arte em 2022. Atualmente é integrante da equipe de coordenação da Escola Livre de Teatro de Santo André e prepara seu primeiro livro de ensaios.

Das 9h às 12h

Oficina 4 – Oficina de Slam Voz e Arte

Ministrante: Miguel Passará

A oficina de Slam tem como objetivo principal proporcionar às pessoas uma experiência educativa e cultural única, promovendo o desenvolvimento da habilidade de escrita criativa, confiança na expressão verbal e conscientização social por meio da poesia falada e da participação em atividades relacionadas ao Slam. Miguel Passará lidera diversas iniciativas culturais, tendo fundado a Batalha do VPA e hoje coordena o movimento cultural Slam Voz e Arte. Como educador, organiza oficinas e cursos, abrangendo desde rap até meditação, atuando em escolas públicas e ONGs. Desenvolveu o jogo de cartas ‘Oráculo da Autenticidade’ que promove reflexões em performances nas ruas da cidade. É cantor, rimador e possui diversos lançamentos de singles, e suas músicas possuem narrativas sobre autoconhecimento, consciência social, ambiental e espiritualidade.

15h às 17h30

Roda de conversa: A Construção Poética dentro do Hip Hop

Com Cocão Avoz

Das ruas do Jd. Miriam para as ruas do Jd. São Luiz, onde reside nos dias de hoje, atuante no movimento Hip Hop desde 1999, juntamente com Leandrão ajudou a fundar o grupo de rap Versão Popular, grupo originário da Cohab Jd. são Luís. Com o grupo, se apresentou em vários lugares da periferia; como todo grupo de início, suas primeiras apresentações foram nas Escolas, aos finais de semana, campos de futebol, eventos organizados nas praças e ruas das quebradas por onde andou. Ajudou na Produção e execução do Primeiro CD do grupo Quem Viu, Viu (2010), continuou circulando com o rap, Casas de cultura, Mostras Culturais, fábricas de cultura, entre outros espaços, dividiu palco com artistas da sua área musical, como Criolo, Racionais, Consciência Humana, GOG, RZO, Emicida e Ndee Naldinho, entre outros. Cocão Avoz também está à frente do coletivo Cooperifa há 19 anos; junto com todo o time, nas Escolas circula também com o Projeto a Poesia do Rap. Acompanhou também o poeta Sérgio Vaz no projeto ‘Poesia contra A violência’, que também circula nas Escolas da periferia. É um dos organizadores do Encontro Rap, um evento que de 2012 até 2017 deu oportunidade a vários grupos iniciantes e já atuantes da cena; cerca de 300 grupos participaram. Junto com os demais organizadores (DJ Zeca , DJ Ney, Alx, Zói e Taty Botelho), em 2015 deu início à sua carreira solo, lançando músicas como Diaristas, No Último Vagão, A Caminhada, De Volta Pra Casa e Ganhe o Mapa, músicas que trabalha em seus shows até hoje. Em 2019 lançou seu primeiro livro, ‘Pra Não Dizer que Não Falei das Ruas’, um livro que contém as poesias do seu rap, letras que escreveu ao longo dos anos, com prefácio do poeta Sérgio Vaz e posfácio do DJ KL Jay ,dos racionais Mc’s. Atualmente trabalha seu rap com seus companheiros de palco, Joh Contenção, DJ Chefão e Henrique Damas. Planos na carreira do artista é o que não falta: o rapper e poeta também lançou sua logo marca, A V O Z, Vestuário ao estilo da quebrada, camisetas, bonés, toucas, moletons, jaquetas, óculos, pochetes, shoulderbas e relógios, entre outros artigos são pensados pelo artista e, no passar dos dias, organiza sua carreira musical e empreendedora, sempre valorizando a arte da quebrada.

(Fonte: Marina Franco Assessoria de Imprensa)