O Instituto de Arte Contemporânea (IAC) apresenta a exposição ‘Modus Operandi’ da artista Regina Silveira a partir do dia 22 de março de 2025 (sábado), das 11h às 16h, na Consolação, em São Paulo.
A mostra – que tem curadoria Agnaldo Farias, professor da FAU-USP e crítico de arte – apresenta os processos criativos e desenvolvimento de algumas de suas obras de diferentes períodos, além de maquetes, desenhos preparatórios e mesmo documentários em vídeo. O conjunto ocupa duas salas expositivas e a área do café da instituição. Alguns dos trabalhos expostos no IAC já foram vistos no Brasil, mas outros foram obras site specific instaladas temporariamente em outros países, como Bélgica, Estados Unidos, México, Chile e Japão. A visitação gratuita segue até o dia 26 de julho de 2025.
O evento também celebra a doação dos arquivos e documentos da artista para o IAC, tendo como maior função a sua disponibilização para a pesquisa. A intenção primeira é mostrar como cada ideia foi desenvolvida e formulada, além de explicitar suas sucessivas derivações, apontando similaridades e diferenças, ou o modo como se constitui cada série de trabalhos. “Acredito que essa exposição, sem ser uma retrospectiva, pode dar uma visibilidade pontual às diversas direções de meu percurso, desde a etapa multimídia e, passando de distorções e projeções de sombra, alcança a memória ao meu salto íconceitual e técnico), ao campo aberto das possibilidades digitais, em obras que puderam ser totalmente feitas por outros e à distância, em fachadas e interiores de espaços públicos”, conclui a artista. O título da mostra toma como base a expressão em latim que significa ‘modo de operar’, utilizada para designar uma maneira de agir, operar ou executar uma atividade seguindo geralmente os mesmos procedimentos.
“A artista empreende o cálculo metódico, diligente, exato do discurso visual; toma para si o papel milimetrado, um dos suportes preferenciais do desenho mecânico e civil, para traduzir ao plano bidimensional excertos do mundo tridimensional. Revira, ajusta o desenho, como que vai testando sua plasticidade até chegar ao ponto que lhe satisfaz. Uma vez atingido, o trabalho muda de estado: tendo partido da compreensão da profundidade do mundo, posteriormente reduzido a dimensão planar, o desenho cresce novamente, agora transposto para um tapete, para um desenho despejado pelo chão capaz de atacar uma parede, até aqueles que recobrem o volume de um prédio. Nesse processo, as ausências convertem-se em presenças maiúsculas, tão ou mais impactantes e convincentes do que os objetos, corpos humanos, bichos e insetos que lhes serviram de fontes”, afirma o curador Agnaldo Farias em seu texto.
A exposição é uma realização do Instituto de Arte Contemporânea. O educativo é apoiado pelo Instituto Galo da Manhã. As atividades do IAC são amparadas pela Lei Federal de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura, Governo Federal.
Sobre a artista
Regina Silveira, Porto Alegre, RS, Brasil, 1939. Bacharel em Belas Artes pelo Instituto de Artes da UFRGS (1959), Mestre (1980) e Doutora (1984) pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, Brasil. Desde a década de 60, a artista tem uma extensa carreira docente, no Brasil e no exterior.
Participou de diversas bienais, como Bienal de São Paulo (1981, 1983, 1998, 2022), Bienal Internacional de Curitiba (2013, 2015) Bienal do Mercosul (2001, 2011), Porto Alegre, Brasil; Bienal de La Habana, Cuba (1986, 1998 e 2015); Médiations Biennale, Poznan, Polônia (2012); 6ª Bienal de Taipei, Taiwan, (2006); 2ª Trienal de Setouchi, Japão (2016); Bienal Sur, Argentina (2017) e Riad (2019). Algumas das suas exposições coletivas mais recentes são: Sous les Pixels, la Matière, Pont du Gard, França, 2024; Walking through Walls, Martin Gropius Bau, Berlim, Alemanha, 2019; Die Macht der Vervèelfältigung, Leipziger Baumwollspinnerei, Leipzig, Alemanha 2019; Radical Women: Latin American Art, 1960-1985, Hammer Museum, Los Angeles, EUA, 2017; Brooklyn Museum, NY, EUA, 2018, Pinacoteca do Estado, SP, Brasil, 2018; Mixed Realities, Kunst Museum, Stuttgart, Alemanha, 2018; Imprint, Academy of Fine Arts, Varsóvia, Polônia, 2017; Future Shock, Site Santa Fe, Novo México EUA, 2017 e Consciência Cibernética (?), Itaú Cultural, São Paulo, Brasil, 2017.
As últimas exposições individuais de Regina são Destructures For Power, La Virreina, Centre de la Imatge, Barcelona, Espanha, 2024-2025; Regina Siveira: Other Paradoxes, Museu de Arte Contemporânea – MAC/USP , São Paulo, Brasil, 2021-22; Limiares, Paço das Artes, São Paulo, Brasil 2020; Up There, Farol Santander, São Paulo, Brasil, 2019; EXIT, Museu Brasileiro da Escultura – MuBE, São Paulo, Brasil, 2018; Unrealized /NãoFeito, Alexander Gray Associates, NY, USA, 2019, Todas As Escadas, Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto, Brasil, 2018; Regina Silveira ‘Crash’, Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, Brasil, 2015; El Sueño de Mirra y Otras Constelaciones, Museo Amparo, Puebla, México, 2014; 1001 Dias e Outros Enigmas, Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre Brasil, 2011; Abyssal, Galeria Atlas Sztuki, Lodz, Polônia, 2010 e Lumen, Museo Nacional de Centro de Arte Reina Sofia, Madri, Espanha, 2005.
As bolsas internacionais recebidas foram das John Simon Guggenheim Foundation (1990), Pollock-Krasner Foundation (1993) e Fulbright Foundation (1994).
O seu trabalho está representado em muitos acervos públicos, entre outros: Banco de la República de Bogotá, Bogotá, Colombia; Coleção Itaú, São Paulo, Brasil; Coleção SESC, São Paulo, Brasil; El Museo del Barrio, New York, USA; Museum of Fine Arts, Houston, TX, USA; MAC – Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, Brazil; MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand – São Paulo, Brazil; MAM – Museu de Arte Moderna de São Paulo, Brasil; MAM – Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Brasil; Pinacoteca do Estado de São Paulo, Brazil; Agnes Etherington Art Centre, Kyngston, Canada; San Diego Museum of Contemporary Art, La Jolla, USA; Taipei Fine Arts Museum, Taiwan; The Museum of Modern Art, New York, USA ; Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto, Brasil; Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madrid, Spain. https://reginasilveira.com
Sobre o IAC
Raquel Arnaud fundou o Instituto de Arte Contemporânea em 1997 visando preservar e disponibilizar para pesquisa uma ampla coleção de documentos relacionados à trajetória e à obra de artistas visuais brasileiros.
Com cerca de 100 mil itens atualmente, a coleção se compõe de estudos, cadernos de anotações, projetos, protótipos, fotografias, fotogramas, cartas, documentos pessoais e materiais gráficos, entre outros formatos que compõem o arquivo de artistas, arquitetos e galerias de arte. Um vasto conjunto que permite ao público conhecer a vida e o processo de criação desses artistas, bem como suas relações com os movimentos artísticos em diferentes períodos.
Os artistas Amilcar de Castro, Antonio Dias, Carmela Gross, Hermelindo Fiaminghi, Iole de Freitas, Ivan Serpa, Lothar Charoux, Luiz Sacilotto, Paulo Bruscky, Regina Silveira, Rubem Ludolf, Sergio Camargo, Sérvulo Esmeraldo, Ubi Bava, Waltercio Caldas e Willys de Castro; os arquitetos Jorge Wilheim e Gregori Warchavchik; a Petite Galerie de Franco Terranova e a Galeria Raquel Arnaud são os acervos que fazem parte do IAC até o momento. A cada ano, novas coleções são incorporadas. Além de ser um centro de documentação e pesquisa, o IAC oferece ao seu público exposições, cursos, seminários, ações educativas voltadas para escolas públicas com enfoque em inclusão social e acessibilidade, bolsas de formação em conservação, pesquisa e educação patrimonial. https://www.iacbrasil-online.com/
Serviço:
Mostra Modus Operandi – Regina Silveira
Curadoria e texto crítico Agnaldo Farias
Visitação: 25/3 a 26/7/2025
Horários de visitação: terça a sexta-feira, 11h às 17h, e sábados e feriados, 11h às 16h
Valor: entrada gratuita
Instituto de Arte Contemporânea – IAC
Avenida Dr. Arnaldo, 120/126 – Consolação, São Paulo, SP
Tel: + 55 (11) 3129-4973
E-mail: contato@iacbrasil.org.br
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(Com Erico Marmiroli/Marmiroli Comunicação)