O artista plástico Márcio Rodrigues realiza a partir de 8 de março uma exposição individual no Espaço Cultural Marco do Valle, em Campinas (SP). A mostra, intitulada “Paisagens Flutuantes”, segue até 27 de abril e tem curadoria de Julyana Troya.
A exposição conta com cerca de 30 obras recentes em acrílico sobre tela e monotipia, ocupando todo o espaço expositivo da galeria, painéis e uma escultura de grande porte doada ao acervo do Museu de Arte Contemporânea de Campinas e gentilmente cedida pelo MACC para participar desta mostra.
O tema, “Paisagens Flutuantes”, convida o espectador para um passeio pela exposição, num mergulho na harmonia das formas e cores e, ao mesmo tempo em que transmite paz e emociona, também questiona a realidade do cotidiano das pessoas. A escultura “Cochicho”, por exemplo, questiona o relacionamento entre as pessoas.
“Constituída por três personagens – Maria, Marta e Mercedes – batizadas naturalmente ao longo da confecção da escultura, a obra, que representa três senhoras cochichando, é uma homenagem extensiva a todas as pessoas que, apesar de todo apelo da mídia e o advento da Inteligência Artificial, ainda conseguem arrumar um tempo para conversar – prática em extinção”, comenta o artista.
Sobre o artista
Marcio Rodrigues nasceu em Campinas, SP, em 1950, onde vive até hoje. É autodidata. Praticou desenho e pintura em diversos materiais desde criança. Aos 12 anos ganhou seu primeiro prêmio no colégio. O contato com o clássico artista campineiro Aldo Cardarelli o motivou a aperfeiçoar seu traço. Viveu durante 4 anos em El Salvador, onde ampliou suas ideias pintando com grandes nomes: entre eles, Maurício Puente – aquarelista, cuja influência o levou ao crescente aperfeiçoamento na concepção de seus temas preferidos –, além de Ruben Martinez, escultor e pintor. A pintora Julia Dias e M. Rivas, primitivista, entre outros, também foram muito importantes para a linguagem artística de Rodrigues.
O vínculo empregatício nas Nações Unidas contribuiu para a extensão de seus horizontes, evoluindo sua sensibilidade em manifestar diversas propostas artísticas por meio do manuseio de diferentes técnicas, como aquarela, óleo, acrílico e monotipia. Também responde por expansões estilísticas expressivas no desenho e na distribuição harmônica das cores, notável nas várias etapas de seu fazer artístico, uma vez que é constante na sua habilidade de pintar.
No retorno ao Brasil, voltou a morar em Campinas, conheceu e se tornou amigo de vários pintores campineiros, como Vanderlei Zalochi, Thomaz Perina e Dimas Garcia, entre outros, com quem teve a oportunidade de conviver e desenvolver diversos projetos e a organizar várias exposições simultâneas.
Nestes 40 anos de carreira, participou de dezenas de exposições individuais e coletivas no brasil e no exterior e foi premiado por diversas vezes em salões de artes plásticas.
As obras apresentadas nesta exposição são de produção recente, onde valoriza as cores, o movimento e os personagens, e dão nome à exposição.
Paisagens Flutuantes
Abertura: 8 de março de 2024 (sexta feira) – até 27 de abril de 2024
Horário: a partir das 19 horas
Local: Espaço Cultural Marco do Valle – R. Coronel Quirino, 1865 – Centro, Campinas – SP.